De: Manuel Leitão - "Mais do mesmo..."

Submetido por taf em Quarta, 2009-12-02 14:33

Quando não são “cobardias” são “faltas de coragem”. Vou fazer por crer que isto é apenas um “estilo” peculiar de debitar sentenças e dar mais “duas de troco” a António Alves: já que o truque para fazer passar profundos desejos (ou mesmo frustrações) por realidades passa simplesmente por clicar, vou então retribuir o conselho e o método para uso do próprio A. A., através do que poderá ele mesmo responder sobre a idoneidade dos órgãos de informação e personalidades que invoca para tentar sustentar as suas afirmações.

Relativamente à extinta ADETURN, sob o título “Adeturn, história de uma morte (tardiamente) anunciada”, poderá ler isto:

“Há histórias muito mal contadas e a da Associação para o Desenvolvimento do Turismo da Região Norte (Adeturn) é uma delas (…) Cabia a este organismo a promoção externa da região, com mais de metade do seu orçamento a ser assegurado pelo Turismo de Portugal mediante prévia contratualização por objectivos. Em Junho deste ano os associados reunidos em assembleia-geral da Adeturn aprovaram a sua dissolução e pedido de insolvência, tendo nomeada uma comissão liquidatária. Em Julho, notícias vindas a lume davam conta de um passivo de 1,2 milhões de euros, mas a notícia desta semana de um diário de economia dava conta que as dívidas já somavam 2,3 milhões de activos. Entretanto, a assembleia de credores da Adeturn foi adiada para 29 de Janeiro, isto porque ainda está a decorrer o período para a reclamação de créditos. O que, traduzido para miúdos, quer dizer que a dívida tem fortes probabilidades de crescer. À cabeça dos credores apresenta-se já o Porto Convention Bureau, exigindo o pagamento de cerca de meio milhão de euros. A história dos factos é esta, mas pelo meio há muitas outras “estórias” que cheiram realmente mal e que são caso de polícia e não de editorial. Mas o que realmente me espanta neste descalabro é que, que eu saiba, não tenha ainda sido deduzida acusações aos responsáveis por este afundanço. Não sei quem são mas tendo em conta que estão em causa dinheiros, instituições e fins públicos é o mínimo que se exige.”

Tudo isto e muito mais (e bonito…) clicando aqui. Curiosamente, é aquela mesma “defunta” que revela que:

“De carro, comboio ou avião, os turistas espanhóis "invadiram" o Porto e a região norte dinamizando o comércio e a actividade hoteleira, revelou o presidente da Adeturn, Jorge Osório. "Espanha descobriu o Norte de Portugal", acrescentou o responsável pelo turismo nortenho. De acordo com números fornecidos pela Adeturn, com os voos de baixo custo os aviões chegam ao Porto cada vez com mais espanhóis. Segundo Jorge Osório, em Julho, por via aérea, vindos de Madrid, chegaram 26 mil pessoas, de Barcelona, 20 mil e de Palma de Maiorca 10 mil.”

Ou seja, em Julho, tendo em conta apenas voos low cost e aqueles três pontos de origem, 3.000 espanhóis chegaram ao Porto, em média, por dia. Que tem de espantoso que nos dias do Red Bull também cá tenham estado alguns (e ingleses também, em grande parte presumivelmente via Ryanair), dormindo em hotéis, se o fazem durante os todos os outros 363 dias do ano? É mesmo difícil tapar o sol com peneiras… Quanto aos 137 países em todo o mundo “para onde a prova é transmitida em directo”, não vale a pensa sequer cansar-se a clicar: é mesmo mentira. Se não, diga-me em que canais de TV isso se passa e eu como o meu chapéu. Resta o “famoso” estudo da Faculdade de Economia do Porto, ao qual - tenha paciência! - nem clicando se chega: só pela boca de Rui Rio, posteriormente citado por diversos órgãos de informação. Mas se se trata de falta de habilidade minha para lá chegar, desde já muito lhe agradeço se tiver a gentileza de me informar como posso ter acesso a esse documento para a sua necessária análise.

P.S. Relativamente aos comentários de Rui Moreira sobre este tema, sendo de fôlego e argumentação diferentes, por me encontrar fora do Porto até ao final desta semana e com menos disponibilidade, procurarei opinar posteriormente.

Cumprimentos.
Manuel Leitão