De: TAF - "Apontadores e comentário"
- Azul FBAUP pinta Metro do Porto
- Revista americana põe Porto no top do Mundo
- Videovigilância com "patrulhas" automáticas e filtros para as janelas
- Mercadinho dos Clérigos em 31 de Outubro, Sábado, sugestão do Plano B
- AmbiCidades - A resposta das cidades às alterações climáticas, 3 de Novembro, 14h30, Rivoli Teatro Municipal, sugestão de Andreia Ferraz
- Em 2008, a pontualidade do Alfa-Pendular caiu de 80% para 60%, sugestão de Rui Rodrigues: "O Governo que hoje toma posse vai ter de decidir as grandes obras públicas relacionadas com os transportes: comboio de alta velocidade (TGV) e construção, mais ou menos faseada, do aeroporto internacional em Alcochete. O ministro indigitado, António Mendonça, substitui Mário Lino, com quem partilhou militância no PCP, e terá de decidir também a construção ou não de uma nova linha ferroviária do Norte. Por aí também se verá se a aposta passará a ser mais em meios que consomem menos energia (marítimo e ferroviário), ou se vamos continuar a investir quase só na rodovia."
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1) Caro Nuno Carvalho, não acredito na viabilidade da existência de uma sociedade organizada sem autoridade. Portanto para mim anarquia implica caos a não ser em situações concretas de escala muito reduzida, com poucas pessoas.
2) N'A Baixa do Porto a "autoridade" pode ser discreta e, tento eu, sensata. Mas existe, e é exercida quando avalio ser imprescindível.
3) Está a assumir dois pressupostos errados:
- - o de que todas as pessoas estariam de boa-fé, e portanto assumiriam sempre uma postura consciente e responsável;
- - e o de que essa "consciência individual", mesmo de boa-fé, era suficiente para chegar a uma situação equilibrada e harmónica.
Um exemplo: se eu, "em consciência", achar que a fachada de sua casa deve ser do domínio público e que a devo decorar com tags, mas o Nuno, também "em consciência", não concordar, como resolvemos a questão? Temos duas alternativas: ou recorremos à força bruta para ver quem vence, ou então aceitamos a existência de regras de convivência em sociedade garantidas por uma autoridade estabelecida democraticamente. É que as pessoas felizmente são diferentes umas das outras e nem sempre é possível chegar a consensos. A Democracia foi a melhor maneira que se encontrou para evitar a guerra civil quando estamos a tratar de comunidades com dimensão acima de algumas dezenas ou centenas de pessoas. Tão simples quanto isso. Para pequenas comunidades situações de quase-anarquia* são de facto viáveis (e até muito interessantes, diga-se), mas não é o caso aqui.
* "Quase-anarquia" porque há sempre implícita alguma autoridade da maioria (capacidade de impor comportamentos) em casos extremos de discordância ou comportamento anti-social.