De: Alexandre Gomes - "Os Aliados sempre..."
Ora vivam! Esta por variada vai em pontos,
- A Nuno Quental: Quando pensei em fazer um comentário à sua contribuição lembrei-me da piada do outro, quando ainda tinha graça, na rádio, «Não é falastes, é dissestes!». Neste caso não é a uniformização, é a moda! E como todas as modas, antes de deixar de ser moda - e talvez por isso mesmo - vai ao exagero. E daí parte-se para o oposto...
- Eu sempre defendi incluindo neste blog que «if it ain't broke, don't fix it» e que o novo - a moda do momento - tem o seu lugar lá onde se faz de novo, sejam eles edifícios, casas ou monumentos. Que diabo, deixem o que está, estar. Esta mania das mudanças / arranjos / reforma dos espaços públicos que dá pelo já temível nome de REQUALIFICAÇÃO era, no passado, moderada pela falta de recursos (quem não se lembra do «Fazia-se pouco, mas fazia-se bem»?). Pois agora não. Há dinheiro barato e bastante. Mas a oferta é temporária que há que aproveitar rapidinho (br). O resultado é esse de que fala. Na ânsia de se fazer muito em pouco tempo, corta-se nos concursos, vai-se de acordo com o estilo que está em vigor: para o justificar contrata-se os arquitectos de nome (na moda) que sempre têm projectos na gaveta. O resultado? Faz-se muito, provavelmente não tão bem assim, mas estraga-se o que já estava feito.
- A Pedro Menezes Simões: Este assunto já nos ocupou espaço neste blog. Lembrar-se-ão da ideia de imitar a Fonte dos Medicis do Jardin du Luxembourg em Paris: Meu Deus, como é possível dizer-se estas coisas em público?! Eu sempre preferi a justificação mais prosaica de quenão há eira sem tanque.
- A Lino Cabral que escreve «A novíssima Praça da Liberdade»(...), agora, «um aborto de avenida»(...) antes, e «Retiraram-se as floreiras e plantaram-se árvores. Devolveu-se dignidade e grandeza ao coração do burgo»: A dignidade e a grandeza já lá estavam. E havia árvores. E bancos para sentar. E fontes. A iluminação essa - há que dizê-lo - está melhor, se bem que a outra, a de estádio, bem forte e do alto, dava mais nas vistas, concordo...
Abraços que eu também fico por cá.
Alexandre Borges Gomes
Bruxelas