De: Emídio Gardé - "Ainda sobre o «ainda sobre a linha da Boavista»"

Submetido por taf em Domingo, 2008-10-12 22:08

Ontem de manhã tive o cuidado de responder, de uma forma que julgo cortez e logo que os li, a uma série de mails que Nuno Gomes Lopes me tinha enviado directamente para o meu e-mail, a propósito do meu post:

«Sobre o troço subterrâneo: concordo c/ o facto de uma escavação "mexer" com muita coisa. Mas em termos de transporte, e sem qualquer sombra de dúvida, é a melhor solução de todas. Mas muito cara, por isso na maior parte das vezes preterida por uma solução à superfície. Ou aérea (vou ver se descubro um link para lhe enviar sobre isto). Mas é dito nos textos sobre transportes que um aumento de velocidade comercial de 1 km/h reduz os custos de operação de um sistema de transportes na ordem dos 6 %. Se a velocidade comercial de um sistema ferroviário à superfície for da ordem dos 15 km/h (o normal) e passar para os 25 ou mesmo 30 km/h (subterrâneo), já viu os ganhos que isso significa? E os transtornos que evita a quem tem de circular à superfície? Aliás, uma das razões para a escolha da linha do Campo Alegre em detrimento da da Boavista foi justamente o evitar dos inconvenientes que iria causar à circulação automóvel na zona.

Por último: sim, como dá para perceber, sou contra o metro na Av. da Boavista. Acho que o corredor poderia ser servido com um eléctrico tradicional (não necessariamente os velhinhos que circulam na marginal, mas também), articulado ou com atrelado, que, além de utilizar as infraestruturas existentes (sim, estas estão em parte do traçado), poderia constituir uma (outra) atracção turística da cidade, além de escoar o tráfego de passageiros entre Matosinhos e a Rotunda. E, sendo ligeiro, poderia passar no actual viaduto e terminar circundando a estátua da Rotunda. Barato e eficiente.»

Não entendo, pois, a linguagem utilizada no seu posterior post: além de eu não ser (nem muito menos me sentir) um "sr. dr. excelentíssimo" acho, no mínimo, deselegante a tirada "e rever o conceito de respeito". Não creio ter faltado a ele - ao contrário de Nuno Gomes Lopes que, sem não me conhecer de lado algum, se me dirige por e-mail tratando por tu. Mas como este blogue tem valores maiores para discutir, dou aqui por encerrada a minha troca de posts sobre este assunto.

Grato,
Emídio Gardé