De: TAF - "Dos dinheiros públicos e do jornalismo"
Caro João
Começo pelo fim: o que escrevi aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui, entre inúmeros outros exemplos, não bate muito certo com a "tese dos tiques laranjinhas", pois não? ;-)
Quanto à propaganda, telegraficamente.
1) Seja neste caso ou noutro qualquer, não considero aceitável que se minta. É grave que um Governo (de qualquer cor) o faça, é grave que jornalistas sejam coniventes (senão mesmo colaboradores activos), é mais grave quando a RTP é paga com dinheiros públicos. "Propaganda" aceitável será "ver as coisas pelo melhor prisma possível", não é equivalente a mentir.
2) Eu nunca disse que tudo era mau no Magalhães. Ler aqui, por exemplo. O que critico nem é a iniciativa em si, mas toda a farsa que a rodeia. Transformou-se uma medida que tem aspectos positivos num péssimo exemplo de desrespeito pelos cidadãos. Se há vantagens que merecem realce, por que razão não se sublinham apenas essas, em vez de inventar milagres inexistentes?
3) Falta explicar outro aspecto importante: por que razão não houve concurso público e se fez o negócio por ajuste directo?