De: TAF - "Artur Santos Silva na Câmara do Porto"
foto BPI
É a altura adequada de voltar ao assunto: a candidatura independente de Artur Santos Silva à Câmara Municipal do Porto, apoiada simultaneamente pelo PSD e pelo PS.
A ideia deste nome para Presidente da Câmara não é minha, é de Belmiro de Azevedo. O Porto tem hoje uma classe política desqualificada, dividida, quezilenta, preguiçosa. Santos Silva é a opção óbvia para quem pretende um nome consensual que ultrapasse os vícios da pequena intriga partidária. O seu curriculum profissional é mais do que adequado a esta missão, o seu envolvimento na defesa activa da cidade é amplamente reconhecido desde há muitos anos, o seu prestígio nacional inquestionável.
Avançando-se com o nome de Artur Santos Silva, quem no PSD se atreveria a fazer-lhe frente? E no PS? Aos dois maiores partidos não restaria alternativa a não ser oferecer-lhe o seu apoio. Talvez o "aparelho" refilasse, mas as bases (e eventualmente as estruturas nacionais) fariam valer certamente a sua força. Mais: se Santos Silva está ou não interessado em candidatar-se, é até relativamente irrelevante... Sendo-lhe proposta uma situação de eleição absolutamente garantida, ele não terá como recusar! ;-)
Artur Santos Silva não é, contudo, o "salvador" do Porto. Apesar do seu evidente valor intrínseco, ele será principalmente o catalisador da acção da sociedade civil. Num cenário em que os políticos locais deixam de estar em permanente guerrilha, haverá enfim condições para se pensar a sério em qual o papel da autarquia, qual a vocação do Porto inserido na sua região, quais os meios para alcançar objectivos em grande parte partilhados por todos os quadrantes políticos. Com a contribuição de todos, não será difícil encontrar um programa de candidatura ambicioso, realista e competente.
O Porto é muito mais do que apenas o concelho, tem que ser também a marca e o motor da Região Norte. Temos que agarrar as nossas oportunidades, aproveitar o património (em todos os sentidos) que herdámos. Por isso não podemos esperar pelo Poder Central, por decisões eternamente adiadas. Façamos aquilo que está ao nosso alcance. Por exemplo: decidamos que uma das prioridades do próximo Presidente da Câmara vai ser a integração de Gaia no Porto, sem nos fiarmos numa eventual Regionalização de contornos mais que duvidosos.
Por isso, caro leitor, se acha que este texto faz sentido, cumpra a sua obrigação: trabalhe, tal como eu me esforçarei, para que esta possibilidade se concretize. Não se desculpe com "esta gentinha dos partidos" nem com a "inércia dos cidadãos". Faça já aquilo (pouco ou muito, não interessa) que estiver ao seu alcance. Por si, pelo Porto.