De: António Alves - "O Metro Ocidental"

Submetido por taf em Quinta, 2007-09-06 17:50

"o projecto/ plano/ loteamento parece (também) mesmo à espera do metro ocidental, tão caro ao Dr. Rui Rio"

O Professor Rio Fernandes parece ter uma embirração particular com o "metro ocidental". O contrário não se pode afirmar acerca de propostas tão esotéricas como aquelas que os socialistas nos brindaram em que propunham metros no separador central da Circunvalação, em túnel da Senhora da Hora até ao Hospital de S. João e, mais recentemente, autoria do distinto militante socialista, Presidente da Câmara de Matosinhos, entre Leça da Palmeira e a Senhora da Hora, passando mesmo à porta da loja da IKEA.

Outra coisa com que embirro particularmente é a permanente, deliberada ou não, confusão do Porto Ocidental com Nevogilde. O Porto Ocidental não se reduz a Nevogilde, nem a Nevogilde mais a Foz. O Porto Ocidental é também, e sobretudo, a Pasteleira, os Bairros Sociais de Lordelo do Ouro, o Aleixo, o Campo Alegre, Massarelos, os estudantes da Universidade Católica e Faculdades de Letras e Arquitectura, as pessoas que trabalham na Boavista, no Bom Sucesso, no Campo Alegre, etc. Só a população residente, segundo o censo de 2001 (números que já devem pecar por defeito porque, ao contrário doutras zonas onde diminui acentuadamente, a população nesta área cresce) representa 18% da população total da cidade (47460 pessoas). Se juntarmos o número, incomparavelmente maior, de população flutuante que para esta zona aflui diariamente, de passagem para a Baixa, para aqui trabalhar, ou para lazer (não nos esqueçamos que é no Porto Ocidental que ficam o mar, as praias, Serralves e o Parque da Cidade), temos justificações mais do que suficientes para o "metro ocidental". O Metro na Boavista é um erro. Mas aproveitar a futura Via Nun'Álvares para dotar esta parte da cidade com um meio de transporte público moderno será, pelo contrário, uma esclarecida visão de futuro.

Para os que estarão presentes, apelo a que não se esqueçam de reivindicar, como aliás já aqui fez o Arquitecto Pedro Aroso, espaço para os modernos veículos que circulam sobre carris.

António Alves