2007-08-12
Exposição de algumas obras do consagrado artista, no recuperado Palácio do Freixo. Arrepiante ver as fotos do estado em que se encontrava o Palácio. Local interessante para brincar com a máquina.
Abraço,
Rui Oliveira
Nota adicional, os aviões estão a chegar, as regras da corrida, para quem estiver interessado.
Caro Arqº Pedro Aroso
No tocante à minha crítica injusta, remeto o assunto "a posteriori". Estou somente interessado, por ora, em "construtivamente" debater e combater a edificação de tamanha Auto-Pista porquanto entristece-me, efectivamente, ver a Foz dividida em duas (Foz Este - Foz Oeste), com 2 formas/vida totalmente distintas, instituídas por decreto-lei, de uma aberrante e descaracterizada UOPG.
Menciona que, em 22 de Agosto de 2007, haverá uma reunião da comissão de acompanhamento (desconhecia) criada pela Junta de Nevogilde. Pergunta-se: essa reunião é extensiva aos munícipes recenseados em Nevogilde? E, se afirmativo, qual o local/hora dessa reunião.
Cumprimentos,
António Dário Ramos
A Campo Aberto distribuiu ontem (16 de Agosto) um comunicado à imprensa sobre o projecto da Av. Nun'Álvares e as suas previsíveis (e funestas) consequências para o Parque da Cidade. O comunicado foi referido hoje no Jornal de Notícias e no Primeiro de Janeiro. O texto integral do comunicado pode ser lido aqui.
Saudações,
Paulo Araújo
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Nota de TAF: Ao contrário do que está indicado no aviso da CMP sobre o assunto, a proposta ainda não está disponível para consulta no local indicado do site da Câmara. Contudo, o Alexandre Burmester já a tinha enviado aqui para o blog e portanto temos uma via alternativa de acesso a ela. ;-)
Hoje é, seguramente, um dos dias mais tristes da minha vida. Desapareceu aquele que era actualmente o meu melhor amigo.
O Luiz (com z, como sempre fazia questão de sublinhar) teve o privilégio de trabalhar com alguns dos arquitectos mais carismáticos ligados à nossa cidade: Viana de Lima, Fernando Távora, Álvaro Siza e Robert Auzelle. Mais tarde teve sociedade com o Arq.º Marques de Aguiar, tendo ainda partilhado, durante alguns anos, o escritório com o Arq.º António Pinheiro e a sua filha Paula.
Apesar de desenhar lindamente, em 1997, então com 68 anos, resolveu “converter-se” aos computadores, por isso ligava-me a toda a hora a fazer perguntas. Sugeri então que trouxesse o PC para o meu escritório porque, desse modo, tornava-se mais fácil dar-lhe umas “dicas”. Assim nasceu a nossa “sociedade” e, sobretudo, uma profunda amizade. Apesar da diferença de idades (eu tenho 54 e o Luiz tinha 78), existia entre nós uma imensa afinidade na forma de encarar a Vida e a Arquitectura, por isso a sua perda é irreparável.
Para a Gerda, que foi a mulher da sua vida, envio um grande beijinho. Para o Luiz, onde quer que ele esteja, vai o meu agradecimento por tantos momentos bons que gozámos juntos e um eterno abraço meu e dos meus filhos Miguel e Gustavo.
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Nota de TAF: é estranho quando parte um dos participantes do blog (já tinha acontecido antes, também). Apesar de mal o conhecer, fica-me a impressão de uma pessoa muitíssimo simpática e a certeza de que terá sido um bom amigo. Um abraço solidário.
Para quem ainda não conhece, fica aqui uma apresentação do projecto do Campus da Justiça na Quinta de Santo António (fonte: site do Ministério da Justiça). Sobre este assunto ainda não sei o que pensar ao certo. Se por um lado, a poupança de 2.400.000,00 euros/ano em rendas, o encaixe resultante da alienação de 17 edifícios espalhados pela cidade e a possível (mas não certa) melhoria dos serviços da justiça tornam este projecto simpático aos olhos do contribuinte (e em abono da verdade, devo acrescentar que a concentração dos serviços de justiça nesta área da cidade me beneficiará directamente porque vejo assim a minha propriedade valorizada), já por outro lado constato com apreensão que os edifícios que vão ficar para trás (arrendados ou propriedade do ministério) localizam-se sobretudo na baixa. Mais uma machadada? E depois fico a pensar que neste país nada se faz sem que o diabo do betão não ganhe a sua parte: A educação vai mal? Durante duas décadas construiram-se escolas que agora se encerram sem pompa nem circunstância e a educação ficou na mesma ou pior; A Cultura vai mal? Venha a Porto2001 e a caterva de arquitectos e empreiteiros que da cultura logo se falará; O desporto vai mal? É construir estádios! Quantos são? Quantos são? E até sobrou um estádio-fantasma para o Allgarve e tudo!; A justiça vai mal? Então que se construam as Cidades da Justiça! Toda a gente sabe que o problema da nossa justiça reside no facto dos serviços andarem por aí tresmalhados. É o betão que comanda a vida. É curioso que a apresentação omita o custo da construção desta pequena pólis... Por último, fico com pena de ver a Quinta de Santo António ser vítima desta operação de urbanização. Talvez a última grande operação do género no Porto porque depois disto não existirá mais área verde disponível.
PS: Recomendo vivamente que comprem esta Sexta-Feira o jornal PÚBLICO porque o suplemento «ípsilon» dá destaque ao «Mapa da nova cena artística da cidade». Vale a pena reproduzir o excerto que serve de promoção desta edição:
Alguém falava na perda do espírito do Norte? Está reencontrado neste «Não podíamos estar à espera».
David Afonso
attalaia@gmail.com
Caro António Dário Ramos
A sua crítica é manifestamente injusta porque, no caso da Junta de Freguesia de Nevogilde, este assunto tem sido acompanhado com a maior apreensão. Basta consultar as notícias saídas nos jornais e todos os posts publicados aqui na "Baixa", a propósito da Via Nun’Álvares.
Aproveito para informar que, no dia 22 de Agosto, a Comissão de Acompanhamento criada pela Junta de Nevogilde, vai reunir mais uma vez. No entanto, a avaliar pelo Aviso n.º 14 213/2007, da C.M.P., sobre a discussão pública da delimitação da unidade de execução da UOPG 1, publicado no Diário da República de 6 de Agosto, aquilo que está em causa nesta fase é a violação do Plano Director Municipal (ver abaixo). Isto, porque a delimitação da área de intervenção proposta é superior àquela que está definida no Plano Director Municipal. É uma forma subtil de aumentar o número de proprietários que vão custear a construção da auto-pista.
Auto-Pista da Foz
Nem por ingenuidade, aparente ou consentânea, se duvida que a Avª Nun'Álvares conforme foi apresentada a 26/07/07 pela C.M.do Porto na Fundação Cupertino de Miranda, não deixará de ser uma autêntica auto-pista com início no Castelo do Queijo e termo na Pr.ª do Império, ida e volta, para total satisfação dos "aceleras", pois nem portagens pagarão, porque os Promotores Imobiliários, c/sentido de gula afiado, pagaram na altura devida a pista na sua totalidade.
Entristece-me, como Tripeiro genuíno, ouvidos moucos, ausência activa de intervenção, com divulgação vigorosa, que o assunto merece, dos senhores Presidentes das Juntas de Freguesia assim desventradas (Nevogilde e Foz do Douro). Há, eu conheço, outras intervenções urbanísticas, muito mais consentâneas e equilibradas com a realidade paisagística e mística da nossa Foz.
António Dário Ramos
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Nota de TAF: para quem não viu, estão aqui os documentos da proposta completa.
- Novas esplanadas convidam a sentar no centro da cidade - ver também isto
- "Look" aproveita os fiéis de "Jesus Cristo"
- Festas populares em S. Roque e na Vitória
- TAP reforça oferta a partir do Porto
- Espanhóis invadem o Norte
- Lancha faz travessia do Douro até ao festival desta noite na praia do Areinho
- Quando os jornais eram compostos à mão
“Este” é na Oliveira Monteiro.
Victor Sousa
Caro Rui Cunha
Trabalho no "Les Palaces" e tenho lá um lugar de estacionamento. Para entrar na garagem, vindo da Galiza e devido à impossibilidade de "cortar" a Júlio Dinis, tenho que subir a Rua da Torrinha até à Maternidade e entrar em D. Manuel II por Adolfo Casais Monteiro - andar às voltas no Mota Galiza não é solução para quem quer ir para qualquer um dos edifícios do lado da Repsol.
Como a Torrinha esteve recentemente em obras (não sei se já terminaram), a solução para chegar ao Les Palaces vindo da Galiza era contornar o Hospital ou ir à Igreja de Cedofeita. A maioria dos condutores optou por cortar directo ou por ir dar a volta ao tracejado em frente à saída do Palácio... coisa semi-legal, muito perigosa e uma arrelia para os autocarros que têm paragem uns metros atrás.
Concordo em absoluto com a necessidade de uma solução que resolva o problema. E podiam aproveitar para arranjar aquela Rua, que consegue ser simultaneamente uma das mais bem conservadas em termos de edificado e uma das mais feias da cidade (passeios de cimento com guardas para os peões, buracos, total ausência de arborização - excepção óbvia para o Palácio).
O Governo cortou a verba que estava destinada ao “Porto Feliz“, cujos resultados francamente positivos estavam à vista de todos mas, em contrapartida, lançou o programa “Seringas a pedido do preso” aberto a “todos os reclusos, consumidores de drogas por via endovenosa, que voluntariamente queiram aderir”.
Eu só gostava que me explicassem uma coisa (como se eu fosse muito burro):
- 1. O Governo também vai oferecer a droga?
- 2. E, se não vai, a droga pode ser vendida dentro das cadeias?
Deparei recentemente na Av. da Boavista com mais um belíssimo outdoor, daqueles que - como o do "Porto a ler", as "Praias que veremos com outros olhos" ou "A nova Baixa que vai nascer" - vão marcando o espaço comunicacional que a CMP insiste em ocupar, numa lógica de trombone imparável, sinfonia desconcertante quando contraposta à inacção e morbidez torpe em tomar decisões concretas e estratégicas ao invés de solucionar milagrosamente males fomentados "em casa". O problema é que a música nos sai do bolso, e o "cego que canta" cobra caro. Reza o dito outdoor, se não me falha a memória: "conheça a cidade das pontes". Em português e mais nada, que as hordas de turístas - aposta da CMP para este ano, enquanto 2008 não traz outras inflexões políticas - têm é de fazer um esforço pela língua de Camões.
Da minha curta experiência como empresário na área da comunicação, diria que é uma espécie de "vá para fora cá dentro" ingénuo, não estivesse o "gato com o rabo de fora". No meu caso, como no da esmagadora maioria dos Portuenses, a publicidade é redundante; digo redundante porque conheçemos as pontes e a nossa estima pela cidade onde vivemos não vive das "luzes" que a máquina da CMP decida sobre ela apontar. (Não é trocadilho com a recente iluminação da Ponte da Arrábida com que o Dr. Menezes nos prendou.)
Protagonista do postal mais bonito, D. Luís I ostentou as letras "Porto Património Mundial", agora arquivadas no coração de muitos de nós, mas não esquecidas; rio acima, São João (já lá vamos, Eng. Edgar Cardoso) e Freixo abrem as portas ao tráfego de massas, ferroviário e rodoviário; de permeio, angustia D. Maria Pia, com futuro incerto. Pela Ponte do Infante chega gente de Gaia, muitos deles nascidos e criados nesta margem do Rio, para ver uma Baixa outra vez atrasada em obras (we apologise for the inconvenience, noble visitors).
Mas o meu grande outdoor é a Arrábida, a que abre as portas ao mar, aquela cujo significado há muito ultrapassou o propósito objectivo para que foi construída. José Maria Pedroto atravessava-a professando "já estamos a perder um zero", quando levava os rapazes das camisolas Revigrés (passo a publicidade!) à conquista - desportiva...- das terras do Governo Central. Vieram profetas da desgraça e doutores dos males maiores assistir ao flop da sua inauguração, trazendo os seus arautos do fracasso, sibilando medo e desconfiança, tentando desqualificar tudo para só deixar ficar a mediocridade torpe do discurso calculista. Pois sim, tombaram os chico-espertos, redondos como tordos. E a ponte não vacila. Na História ficou a visão do Eng.º Edgar Cardoso, as vistas largas, generosas e geniais com que a projectou, desenhou e inseriu. Para Memória Futura do génio Portuense, ele também "património mundial".
Nicolau Pais
PS- Na procura (falhada) de um jpeg do dito outdoor no site da CMP, deparei com mais uma birra institucional, desta feita porque o JN decidiu "dar capa" ao lixo do Grande Prémio; parece que a CMP acha que o assunto só pode ter ido à capa devido a má-intenção. Eu por cá, acho que o assunto só é capa (para não dizer "cara") da cidade porque o Dr.Rui Rio assim o entendeu de forma política - e fico feliz por saber pela capa do JN quão nu vai o rei; aliás, continuam por pintar as marcas rodoviárias entre o Castelo do Queijo e a "Anémona", enquanto ainda se empilham cadeiras a 150 metros da pérola arquitectónica que é o café Bela Cruz. São os anacronismos da classe política; é como abrir uma nova Avenida numa freguesia onde o estado dos pavimentos roça a calamidade e as pé(rg)olas são esquecidas. Talvez depois dos aviões.
Resposta a Rui Cunha: Excelente a sua opinião... "para quem conhece o Porto".
Fernando Morgado
Não me parece que uma rotunda em frente ao Palácio seja boa solução.
Para quem conhece o Porto o melhor será virar à direita na R. de Vilar e no fim desta, virando de novo à direita, vai reencontrar a Praça da Galiza. Aqui chegado coloca-se na faixa da esquerda e poderá subir para a Rotunda.
Rui Cunha
Mariza em "Lugares com História"
A fadista inicia na Fortaleza de Sagres, dia 14 uma pequena digressão, acompanhada pela Orquestra Sinfonieta de Lisboa, que passará por 8 locais históricos do país. No próximo dia 28 de Agosto, terá lugar o concerto no Porto, na Praça da Cordoaria.
Tiago Branco
Dá-me música
É a primeira vez que escrevo aqui e mesmo a primeira vez que escrevo num blog, espero pois não vos maçar… Mas cada vez mais penso num assunto que anda meio enterrado e quero, por este meio, chamar atenção de todos os portuenses.
Pois, caros concidadãos, cada vez mais me preocupa a questão que o Porto como cidade deixou de se impor ao País, que nada se faz para voltar a ser a região mais produtiva, que somos uma das regiões mais pobres da Europa. Definitivamente não quero ser “contra Lisboa” mas sim “pró Porto” e vejo a nossa vizinha Espanha a desenvolver-se cada mais, cada vez exportadora, cada vez mais a criar riqueza, cada vez mais os trabalhadores espanhóis bem perto de nós com salários que nos envergonham, e como será isto possível?
Pois a Espanha está dividida em regiões, cada região puxa pelo que é delas e o que se vê? A Espanha como unidade nacional cresce. Pois desta forma gostava de criar um movimento a favor da regionalização do nosso país pois parece que é uma das formas de crescermos como país, e crescermos todos, sem excepção!
Vamos voltar a fazer a nossa Força, a Força do Norte!
Ricardo Duarte