2006-09-03

De: Francisco Oliveira - "População do Porto"

Submetido por taf em Sábado, 2006-09-09 22:40

Já com algum atraso venho aqui deixar registo da minha desilusão. Pensava que a cidade tivesse mantido a sua população relativamente a 2001 e baseava esta minha suposição porque entretanto se foram construindo muitos prédios e que estarão todos habitados.

Resta-me, porém, a consolação de em Lisboa ser ainda pior do que no Porto pois, se os números publicados há dias no "Público" não estiverem errados, a capital tem agora menos 74000 (setenta e quatro mil) habitantes do que em 1930. Tem agora 519 mil e já teve 800 mil em 1980, e 591 mil em 1930. Se de lá saíssem as funções do Estado ficava próxima do Porto (é exagero mas é só para me animar).

Saudações para todos
Francisco Oliveira

De: Teodósio Dias - "Mais uma prova de mau gosto"

Submetido por taf em Sábado, 2006-09-09 04:26

Acho que qualquer comentário é absolutamente desnecessário.

Torre dos Clérigos

De: Rui Cunha - "A torre do pecado"

Submetido por taf em Sábado, 2006-09-09 00:55

Estou inteiramente de acordo com a opinião de Luis de Sousa e também gostaria de ver o Porto a ser recuperado, mesmo coberto de cartazes.

Rui Cunha

De: Luís de Sousa - "A torre do pecado!"

Submetido por admin em Sábado, 2006-09-09 00:10

Muitas tem sido as apreciações pecaminosas que ultimamente têm sido atribuídas à Torre do Clérigos, provavelmente o maior ícone arquitectónico da cidade. Uns dizem que ela se transformou num falo gigante em que colocaram um animado preservativo de cor quente capaz de fazer corar de vergonha o mais liberal dos cidadãos. Outros dizem que a torre se tornou efectivamente uma rameira cujo corpo está a ser vendido, pela santa igreja e pelo poder local, por um preço diminuto. Tudo isto devido a um acto tão "inocente" como o de pôr um painel publicitário a tapar os andaimes inerentes aos trabalhos na parte exterior da torre.

Neste assunto só me ocorre dar os parabéns a quem negociou a colocação do cartaz, em troca de um apoio financeiro por parte da cervejeira aos trabalhos de restauro, e também a própria empresa que para além dos dividendos de um acto publicitário tão mediático, ganha o respeito de parte dos portuenses que agradecem o mecenato na manutenção do bem público. Este tipo de iniciativas ocorre por toda a cidade sem que nunca alguém tivesse levantado qualquer questão estética ou ética sobre o caso.

Agora alguns sentem-se feridos no orgulho! E eu pergunto, porquê? Por mim podem cobrir a Baixa e todos os monumentos de cartazes publicitários que não me importo, desde que seis meses depois os edifícios sejam devolvidos totalmente revitalizados. As Cervejeiras e os Bancos (principais adeptos destas iniciativas) podem começar a tirar as medidas à rua das Flores e de Mouzinho pois o Porto agradece.

Cumprimentos
Luís de Sousa

De: David Afonso - "Obras"

Submetido por taf em Sexta, 2006-09-08 19:16

1. Várias ruas (ou troços delas) da baixa da cidade vão para obras de reconversão ao abrigo do Programa Urbcom. São elas: Santa Catarina, Passos Manuel, Formosa, Bonjardim, Ateneu Comercial do Porto, Praça Filipa de Lencastre e Largo Moinho de Vento. A minha primeira reacção será sempre: «Só estas?» E ficarei por ali a ruminar na sorte da Rua das Flores e Mouzinho da Silveira. Parece que ainda não é desta. Depois, apreensivo: é que mesmo assim são artérias muito delicadas e preciosas, quer do ponto de vista patrimonial, quer do ponto de vista de gestão do tráfego urbano. Isto vai ser complicado. Mais um ano, pelo menos, a sacudir o pó das obras e a aturar as buzinadelas dos cidadãos automobilizados. Já estamos nisto há 6 anos! Mas tudo bem, trata-se de um mal necessário como a história dos ovos e das omoletes. Talvez até seja esta a oportunidade de se corrigir a boca de entrada (não a de saída porque essa já nasceu torta...) e retirar aquele mono para um sítio mais apropriado (tipo para uma auto-estrada, sei lá! afinal que sei eu destas coisas?), substituindo-o por uma sinalética mais adequada à nobreza daquele espaço (temos lá um hotel de 5 estrelas e a casa onde o Camilo foi julgado, agora transformada em restaurante pseudo-turco). Depois disto fico triste, com vontade de abalar desta cidade de vez: Mas então não se fez um concurso público de ideias porquê? Sem por em causa a competência dos técnicos da GOP (empresa municipal), não ficaria a cidade melhor servida por um concurso aberto a arquitectos e urbanistas? Até poderia ser um concurso especial em que a população poderia ser chamada a dar a sua opinião. É que uma cidade para se fazer notar tem de fazer algum barulho. Não basta chorar. É necessário fazer da sua reabilitação uma celebração e tem de encontrar para si a melhor das soluções. Agora assim...

2. As obras chateiam, já se sabe. Não há volta a dar-lhe. Quanto muito tenta-se minimizar os incómodos e precaver acasos desagradáveis. É coisa que é da responsabilidade do dono da obra e dos técnicos de higiene e segurança. Durante estes meses tenho acompanhado as obras da Metro do Porto, primeiro nos Aliados, depois em S. Bento e Av. da Ponte. Não, não sou um mirone reformado. Pura e simplesmente tenho de passar por lá diariamente porque, mais uma vez, não há volta a dar-lhe. A mim parece que a Metro ou o empreiteiro ou os sub-empreiteiros (qualquer um tem responsabilidade nisto), não estão a levar muito a sério a segurança dos transeuntes: os percursos provisórios estão mal assinalados (eu próprio fiquei preso numa ratoeira, numa gaiola sem saída feita arame), são demasiado estreitos (reparei numa senhora que não tinha espaço por onde passar com o carro de bebé, tendo de optar pela rua!) e com "pavimento" impróprio para "civis" (frente a S. Bento justificava-se a instalação de passadiços metálicos com guardas, por exemplo). Também não pude deixar de reparar que os trabalhadores, na sua grande maioria, não usa capacete e outro material de protecção adequado e que nem todos são identificáveis como pertencentes à obra (sem placa ou insígnia identificativa da empresa, nem capacete como vou eu identificar o operário que me manda parar no meio da rua? É que aquela zona ali não é para brincadeiras...). Às vezes abusa-se da sorte sem necessidade, já para não falar do aspecto terceiro-mundista que estes estaleiros de obra transmitem à cidade. Não por serem obras, mas por serem feitas desta maneira. E se não são as obras públicas a dar o bom exemplo...

3. Só mais uma para acabar. É impressão minha ou a Avenida da Ponte vai ficar completamente despida de árvores?! Aquilo debaixo do sol é um verdadeiro martírio! A não ser que o arquitecto vá recorrer ao mesmo estratagema adoptado nos Aliados, instalando uns guarda-sóis para conforto da populaça. (Tenho a minha máquina fotográfica avariada, se alguém passar pelos Aliados não deixe de fotografar essas inusitadas peças de mobiliário urbano...).

David Afonso
attalaia@gmail.com
Dolo Eventual

De: TAF - "O papel dos partidos"

Submetido por taf em Sexta, 2006-09-08 15:25

Já aqui tenho defendido que a intervenção cívica dos cidadãos não é incompatível com o envolvimento em iniciativas partidárias, antes pelo contrário. Por isso é com agrado que recebo notícias sobre eventos de reflexão política/social abertos ao público em geral. Assim, amanhã (Sábado) na Alfândega, o Fórum Novas Fronteiras (do PS) terá início às 15:00. O programa inclui intervenções potencialmente muito interessantes por parte de, entre outros, leitores e participantes d'A Baixa do Porto. :-)

Apesar de eu não ter amanhã disponibilidade para participar, recomendo o evento e convido os outros partidos a noticiarem também aqui no blog iniciativas semelhantes que venham a realizar.

De: TAF - "Cidades"

Submetido por taf em Quinta, 2006-09-07 23:14

De: TAF - "As notícias de hoje"

Submetido por taf em Quinta, 2006-09-07 09:50

De: Cristina Santos - "Incentivar a reabilitação"

Submetido por taf em Quinta, 2006-09-07 00:35

Segundo esta notícia do JN, a AICCOPN defende a necessidade de o governo criar um sistema de incentivos que apoie e motive a reabilitação urbana.

Na minha opinião, a par dos incentivos devem ser criadas regras que equilibrem o mercado, o problema da falta de investimento e de crédito nesta área deriva principalmente do desequilíbrio comercial entre proprietários e potenciais investidores.

1 - O proprietário ou vendedor exorbita o preço do imóvel, um prédio com preço exorbitante é obviamente mais difícil de vender. Atenda-se que tanto há exagero em prédio unifamiliar (80.000) ou multifamiliar (500.000). O exagero neste negócio é transversal. O cliente/investidor nem se atreve a apresentar proposta, parte do princípio que um prédio caro, que precisa de obras, só está ao alcance dos magnatas. O vendedor/proprietário tende também a desconsiderar as 2 ou 3 primeiras propostas, por sobreavaliar a sua propriedade. Com o tempo, o anúncio de venda cai da janela, o prédio degrada-se, perde valor, quanto mais tempo esta à venda, menos interesse suscita.

Apesar do erro ser grosseiro e evidente, a não ser resolvido, exige a intervenção do Estado através de regulação de novos cálculos de IMT para os prédios à venda há mais de 2 anos. A figura de "vendedor" imobiliário tem que ser efectivamente, substituída pelo promotor imobiliário. A regulação do IMOPPI não alterou a mentalidade, nem a formação. A aplicação prática destas duas medidas poderia ser da responsabilidades das Autarquias, principais interessadas na reabilitação e agentes próximos do problema.

2 - Numa região em que o emprego é precário, o desemprego sobe e as casas ficam em ruína, as autarquias deveriam propor ao Governo a regulamentação especial do crédito bonificado, para jovens que adquirissem uma casa devoluta para habitação própria ou permanente. Essa medida teria uma duração de 5 anos e resolvia dois problemas: condicionava a diversificação do mercado de oferta imobiliária e permitia que os jovens reocupassem o centro das cidades.

3 - O mercado tem que ser reajustado, está a abarrotar de habitações T3 com jacuzzi e lugar de garagem. Há que direccionar o mercado para a classe média, o caso SRU é uma excepção, num ano em que só nos circulam moedas espanholas nos bolsos, reabilitar prédios para tipologias pequenas e pedir 175.000 euros é excluir 55% do escasso mercado que ainda não comprou casa na Maia. Devemos reabilitar com o sentido da economia, as grandes empresas reabilitam prédios de alto rendimento, mas só as PME podem mudar o aspecto geral das nossas ruas, através do investimento dos particulares em moradias unifamiliares, bi-familiares, são estes investimentos que preenchem a malha entre os quarteirões e o resto da cidade.

E, já agora, modéstia à parte vou melhorar este texto e mandar ao Presidente da nossa Autarquia, para que caso ele ainda não tenha tido alguma destas ideias, delas possa dispor para pressionar o Sr. Engenheiro Socrates em benefício da nossa cidade.:-)

Quanto à questão do pavimento colocada pelo Francisco Rocha Antunes, há de facto um problema grave nesta tendência para o excesso de cinzento permeável que alcatifa as ruas da cidade, na minha modesta opinião, não há pior exemplo que a Rua 31 de Janeiro. Quanto à saída do túnel, devemos admitir que depois do tráfego pesado a que o Museu tem sido sujeito, convém tomar medidas de redução de trepidação e emissão de gases, nomeadamente reduzindo a velocidade e dificultando a capacidade de arranque dos veículos.
--
Cristina Santos

De: F. Rocha Antunes - "Pavimentos de pedra"

Submetido por taf em Quarta, 2006-09-06 18:31

Meus Caros

A demora na conclusão das obras da saída do Túnel de Ceuta na Rua de D. Manuel II deve-se, pelo que percebo, ao tipo de pavimento que está a ser instalado e que, presumo, tenha sido a contrapartida proposta pela CMP ao IPPAR para desbloquear o impasse e criar uma envolvente mais nobre ao Museu Nacional de Soares dos Reis. Este pavimento, que irá forçar os automobilistas a andarem devagar, é feito de blocos de pedra de espessura considerável e que está a ser colocado neste momento.

Pavimento de pedra   Pavimento de pedra

Não duvido das vantagens estéticas e de redução de velocidade que tal pavimento trará, tenho é dúvidas, de leigo que sou, se não iremos repetir o que já aconteceu com algumas das obras da Porto 2001, nomeadamente nas passadeiras de granito que foram colocadas e que menos de dois anos depois estavam num estado de degradação tal que tiveram todas de ser substituídas.

A utilização deste tipo de pavimentos decerto implica uma instalação adequada, que não duvido que possa estar a ser seguida. Contudo, e dadas as experiências anteriores, não estaremos mais uma vez a gastar dinheiro que dentro de pouco tempo implique uma remoção de todo esse material?

Além disso, ainda não percebi com alguém pensa limpar todo o granito e outras pedras que têm sido abundantemente colocadas nos pavimentos da cidade. As manchas pretas das pastilhas elásticas alastram a uma velocidade assustadora.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

PS. Para os que, como eu, sempre acreditaram na força económica do turismo como primeiro motor da regeneração comercial da Baixa é muito bom ler a notícia de que o número de passageiros que utilizaram o Aeroporto durante o mês de Agosto foi superior ao movimento registado no Euro 2004.

De: LF Vieira - "O preservativo"

Submetido por taf em Quarta, 2006-09-06 18:02

Bem, a gente tem que se rir com o "iluminismo"... Cumprimentos.

Blog: Cabo Raso
Post: O preservativo

De: TAF - "Leituras"

Submetido por taf em Quarta, 2006-09-06 17:22

De: Nuno Casimiro - "Carta aberta ao Exmo. Sr. Presidente da CMP"

Submetido por taf em Quarta, 2006-09-06 11:51

Carta Aberta ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto, Doutor Rui Rio

Excelentíssimo Senhor Presidente

Vivendo no Porto há mais tempo do que aquele que V. Exa. já consumiu enquanto edil desta cidade, e sendo, aliás como V. Exa., um "estrangeiro" mas incondicional apreciador e defensor das incomparáveis qualidades desta urbe, venho pela presente carta aberta humildemente apresentar junto dos V. serviços uma despretensiosa proposta. Assim, quero nestas linhas avançar e defender publicamente a criação de um Programa de Apoio ao Suicídio dos Agentes Culturais que Operem no Porto (PASACOP). A ideia não é original (já na década de 80, Joaquim Castro Caldas solicitou um apoio similar a Pedro Támen, à altura na Fundação Calouste Gulbenkian) mas uma aplicação prática e em massa ainda não foi testada. Parece-me, ainda assim, uma medida que urge adoptar a bem da modernização e afirmação da cidade do Porto como metrópole europeia digna desse nome. Senão vejamos:

  • a) Com o PASACOP, a cidade e os serviços da Câmara Municipal, nomeadamente V. Exa., poupam tempo e dinheiro com telefones, faxes, e-mails, reuniões, subsídios à criação, produção e programação além de todo o tipo de esquemas que alimentam o lobby da arte à custa do dinheiro dos contribuintes;
  • b) O PASACOP será auto-financiado através da venda dos direitos de transmissão dos diversos suicídios pelo que não representará uma despesa acrescida aos cofres do município. Estas actividades poderão mesmo ser incluídas na agenda cultural da cidade, chegando a largas franjas da população. (A título pessoal, sugiro a entrega da organização e transmissão dos eventos à Rádio Festival, organismo com firmes provas de ser capaz de entreter o povo);
  • c) Num segundo momento, com as verbas angariadas na alínea anterior, poderá proceder-se à reconversão do Rivoli, do Teatro do Campo Alegre e do Teatro Carlos Alberto em salões de festas, prontos a receber casamentos, comunhões, baptizados e funerais bem como algumas recepções oficiais organizadas pelo município;
  • d) Finalmente, a Câmara do Porto poderá rentabilizar o trabalho dos técnicos dos espaços referidos em c) e todos os profissionais que colaboram com os agentes culturais abrangidos pelo PASACOP (como costureiros, carpinteiros, designers, arquitectos, mestres de sala, arrumadores, tipógrafos, programadores, fotógrafos, técnicos de som, técnicos de luz, dramaturgos, jornalistas, críticos, músicos e outros) como mão-de-obra qualificada para finalizar as obras de requalificação da Baixa, de intervenção nos Bairros Sociais e Escolas Primárias ou até mesmo na caça a outros indigentes, como os arrumadores e os sem-abrigo.

Note-se que estes são apenas aspectos gerais desta proposta que, espero, possa contribuir para uma ainda melhor gestão desta magnífica cidade.

Cópia desta mensagem seguirá ainda para os jornais Público, Jornal de Notícias e O Primeiro de Janeiro para que os nossos concidadãos sejam informados da iluminação que V. Exa. inspira, lutando contra a permanente campanha de desinformação movida por estas entidades a respeito da actividade inovadora, pensamento político e visão estratégica que V. Exa. emana a cada passo.

Desde já agradeço toda a atenção dispensada, manifestando a minha inteira disponibilidade para discutir e desenvolver estas e outras questões com V. Exa.

De V. Exa., e com os meus mais respeitosos cumprimentos.
Cordialmente,
Nuno Casimiro

De: TAF - "Apontadores"

Submetido por taf em Terça, 2006-09-05 11:50

Hum?!
- Centro Materno-Infantil definitivamente abandonado
- Centro Materno-infantil está em bom andamento
- Materno-infantil decidido em breve

- Vinte jovens animam o Porto

- Vários assuntos com interesse no Público - Local Porto - mas sem acesso grátis ao texto online... Destaco esta frase:
"Eu não posso pôr na fachada da minha loja os anúncios que quero, têm de ser tradicionais e obedecer a um conjunto de regras rígidas, mas a autarquia pode fazer o que quer, até mesmo cobrir a Igreja dos Clérigos com publicidade"

De: Cristina Santos - "Simples é a nossa Loja do Munícipe"

Submetido por taf em Segunda, 2006-09-04 18:14

A qualidade de vida dos cidadãos está dependente de coisas tão simples como as filas de espera nas instituições públicas do País. Na grande Cidade do Porto existem 4 instituições da Segurança Social, cada uma delas tem o dobro dos funcionários de qualquer instituição nas Cidades circundantes, mas mesmo assim é impossível evitar 160 pessoas à espera de serem atendidas.

Na Segurança Social na Rua das Doze Casas (ao Marquês) figura um cartaz enorme a anunciar o Simplex, no entanto a máquina de senhas para atendimento só admite duas situações – Atendimento Geral ou Entrega de Documentos.

Como cidadã preocupada em informar o Engº Sócrates do absurdo da situação de ser obrigada a esperar 2.30H para que alguém me emitisse uma declaração que demora 2 minutos, fintei o segurança e dirigi-me a uma secretaria onde estavam 3 alegres funcionários sem nada de relevante para fazer.

Solicitei-lhes formulários de sugestão/reclamação para preencher e introduzir na caixinha respectiva; a funcionária só sabia informar que o livro de reclamações era na outra secção. Expliquei aos 3 que não pretendia ser tão brusca, apenas queria sugerir ao Engº Sócrates que uma maneira de simplificar o atendimento era especializá-lo, bastando para tal colocar na máquina de Senhas de Atendimento a opção Declarações/comprovativos, assim as pessoas que trabalham não teriam que despender uma manhã para um só documento.

Não consegui enviar a sugestão ao Engenheiro porque não havia formulários, mas passaram-me a declaração mesmo ali no balcão, no terminal do computador, quando ainda faltavam 62 números para chegar a minha vez e 180 números para chegar a vez da pessoa a quem dei a minha senha.

Perdida a manhã, dirigi-me ao início da tarde para outra instituição pública para entregar o tal documento conseguido na Segurança Social, sim porque isto é uma espécie de ciclo da vida do Estado – O Estado solicita o documento, o Estado emite o documento e depois o documento é novamente entregue ao Estado.

Ora não é que nesta Instituição a máquina de senhas previa 7 opções? Afinal o Engº Sócrates estava bem informado, o Simplex tinha método e era muito mais que anular filas inexistentes nas tesourarias das Finanças. Enquanto lia e meditava sobre as 7 opções, aproximou-se um segurança que me pediu para mostrar os documentos que trazia e dizer aquilo que pretendia. Abri a pasta e comecei a explicar, o senhor, que não estava nada interessado na minha prosa, resolveu-me a questão facilmente, se não era para entrevista de emprego nem convocatória então qualquer senha servia – era tudo na mesa 1.

Sentei-me a pensar: se o Simplex é isto, que diria o Engº Sócrates se visitasse a nossa Loja do Munícipe? Será que o primeiro-ministro conhece o método, as instalações, o bom atendimento e será que nos próprios damos valor a isso, ou só nos lembramos quando o corpo se ressente numa sala atafulhada de cadeiras azuis em fila…

Pensem nisso e noutras coisas que realmente demonstram o respeito pelo cidadão, para falarmos qualquer dia próximo.

De: Hélder Sousa - "Posições Oficiais"

Submetido por taf em Segunda, 2006-09-04 17:07

Boa tarde mais uma vez.
Não é por o blogue estar calmo, mas hoje estou a reparar em algumas coisas estranhas e aproveito para participar neste democrático fórum.

Na página web da Junta de Freguesia de Lordelo do Ouro existe uma secção chamada POSIÇÕES OFICIAIS. Encontro lá esta preciosidade que a seguir transcrevo. Infelizmente o texto não tem data, mas posso assegurar está lá há cerca de dois anos.

«A minha posição sobre o Bairro do Aleixo

Desde a campanha eleitoral de 2001, o bairro do Aleixo tem sido alvo de uma forte atenção dos políticos, comunicação social e sociedade em geral.

Na altura, prometi abafar todos os rumores e especulações à volta da continuidade do bairro, assumindo o compromisso de não o demolir ao longo deste mandato.

Não só mantivemos o bairro como procuramos investir na qualidade de vida dos seus moradores, nomeadamente realizando o encerramento das entradas com adaptação a portadores de deficiência motora e procedendo a dezenas de intervenções em diversas habitações aos mais diversos níveis.

Neste momento, a Câmara Municipal do Porto procede a uma intervenção de requalificação nos patamares das zonas comuns, à construção da rede de incêndios, à renovação da rede de abastecimento de águas para as habitações e à demolição das colunas do lixo e colocação de 'moloks'.

Estas intervenções serviram para melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas muitos problemas continuam à espera de uma resolução definitiva, como por exemplo a manutenção dos elevadores.

É tempo de pensar num novo bairro do Aleixo.

Defendo com toda a frontalidade que, neste mesmo local surja, gradualmente, um novo bairro. Este executivo da Câmara já mostrou saber fazer habitação social de qualidade com a construção do bairro de Parceria Antunes, já considerado o melhor bairro da Cidade.

É esta a solução que eu defendo para o bairro do Aleixo.

Um abraço do Alberto Lima
(presidente da Junta de Freguesia de Lordelo do Ouro)»

De: Hélder Sousa - "Rui Rio sobre a Baixa"

Submetido por taf em Segunda, 2006-09-04 15:20

Boa tarde,

Há poucos minutos, num jornal da tarde e a propósito de uma reportagem sobre o 10º aniversário do Porto – Património da Humanidade, onde se falava do facto de a cidade estar a perder habitantes para os concelhos limítrofes, disse o seguinte:

«a recuperação do Centro do Porto, e não só do seu centro histórico, deve ser feita através da realidade, e a realidade é a economia, é o mercado, são as pessoas (…) não faz sentido criar ilusões e exigir a recuperação do centro do Porto à custa dos orçamentos públicos».

Transcrevo de memória e peço desculpa se há alguma incorrecção na citação.

Queria salientar a relação de realidade com economia e mercado, feita pelo senhor presidente. Queria salientar ainda o “à custa dos orçamentos públicos”, e o tom ligeiramente sofrido e com um toque de desprezo colocado nas palavras “à custa”.

Pude ainda reparar que o Dr. Rui Rio engordou neste Verão, possivelmente “à custa” de umas férias bem merecidas.

Hélder Sousa

De: TAF - "Notícias"

Submetido por taf em Segunda, 2006-09-04 12:34

De: TAF - "Visita ao Farol de Leça"

Submetido por taf em Domingo, 2006-09-03 23:58

Farol de Leça

vista do Farol de Leça

Refinaria da Galp

Marginal de Leça