2012-10-21

Caro CDS, para sua informação, “Presidentes de Câmara com três ou mais candidatos cumpridos não podem voltar a candidatar-se”. Quem diz? Diz a lei (Lei nº 46/2005). Portanto, o CDS não pode desapoiar nem apoiar alguém (por exemplo Menezes, por exemplo Rio) que de qualquer forma não pode (não pode mesmo…) voltar a candidatar-se… Pronto. Estamos entendidos. Um problema a menos… Pelo caminho, é melhor o Sr. CDS avisar também o PSD que não pode apoiar Menezes como candidato… Outro dia vinha no JN uma citação de Miguel Relvas em que este teria dito qualquer coisa como “nada poderá deter Menezes”… Mas nem a lei, Miguel?

CDS, o que quer afinal o Senhor? Supostamente está em plena fase de crise de consciência social e quereria menos Austeridade (no governo), e por outro lado, em nome da manutenção da austeridade (“a nível local”) não apoiaria nunca alguém cujas políticas façam dívida… (Menezes?). O seu eleitorado exige (acho eu) uma clarificação. Senhor CDS, eu acho (da profundeza da minha insignificância), que o Senhor não gosta de concorrência. Não gosta da concorrência de Menezes na parte “a ver quem diz coisas mais populistas”, e também não gosta da concorrência de Menezes na parte “a ver quem provoca mais dívida municipal”... É verdade que o Município de Aveiro é o mais endividado de Portugal? É verdade que o Município de Aveiro é gerido pelo Senhor, CDS? (Ganhou a Menezes, ao nível do endividamento.)

E temos que parar de contar a historinha infantil para enganar os Portugueses segundo a qual a questão é a dicotomia austeridade (bom) versus dívida (mau), para passar a contar a mais sensata história segundo a qual “é mais importante saber afinal que todos os países e municípios têm dívida / o mais importante é usá-la para fazer políticas que interessam aos Povos”: a dicotomia “dívida legítima / dívida ilegítima”, portanto… De alguma forma, se o Senhor disser que a CM de Aveiro e a CM de Gaia contraíram dívida (por exemplo) para pagar o sistema de bicicletas de uso público B.U.G.A. ou para fazer as ciclovias da marginal de Gaia, os meus aplausos. O senhor e Menezes até perceberam que “a dívida” pode até fazer sentido… Mas, por outro lado, se porventura o Senhor CDS contraísse uma dívida brutal para comprar inúteis submarinos e pelo caminho ainda usasse parte desse dinheiro para se auto-financiar, e depois (não contente) fosse novamente para outro governo aplicar políticas de austeridade draconianas ao Povo para que este pagasse com o couro a dívida que o senhor CDS criou… Aí a gente ficaria muito zangada, não é, Senhor CDS?

Senhor CDS, agora que libertou Menezes, e este poderá “ir fazer dívida” para outro lado, talvez nalguma empresa pública ou privada, …não está na hora de libertar também Rui Rio, por forma a que Rio assuma finalmente o papel que lhe está reservado (the next big Salazar das contas em ordem) num próximo “governo Presidencial não eleito”? E como lhe ficaria bem esse papel!

CDS, o senhor pode “responder” à vontade, já que “A Baixa do Porto” é um blogue, não exactamente um lugar onde as instituições partidárias despejem comunicados, sem esperar qualquer “resposta chata” ou contraditório…

No seguimento do trabalho que a Campo Aberto vem realizando nos últimos doze anos de acompanhamento de temáticas relacionadas com ambiente e urbanismo no Porto e Norte de Portugal vamos realizar no próximo dia 31 de outubro às 21.30 a sessão "Que Porto Queremos". Nesta sessão, que irá servir de base para sessões mais detalhadas no próximo ano, queremos abordar de forma exploratória diferentes perspectivas sobre o futuro do Porto. Nomeadamente a biodiversidade urbana, mobilidade suave, reabilitação urbana, agricultura local, cidadania, empreendedorismo social, economia local, entre outros.

O formato da sessão será o da intervenção de vários convidados (no mínimo 6), cada um com a possibilidade de fazer uma apresentação de 5 minutos seguida da participação do público para apresentação de outras ideias. Mais do que debater os temas, que serão muitos, pretende-se ficar com uma ideia de quais as possíveis direcções a seguir e a trabalhar no próximo ano, seja no âmbito estrito da Campo Aberto seja em relação com outras associações e organismos. Participe connosco nesta sessão. Inscrições gratuitas mas obrigatórias (por uma questão de logística) aqui.

PS: O local é a sede do Clube Fenianos Portuenses (Rua Clube dos Fenianos, 29).

Campo Aberto

Fica difícil fazer entender aos Partidos, sempre com visões demasiado curtas e por isso distorcidas da realidade, que eleições e votos representam hoje em dia situações bem diversas daquelas aquando foram criados na nossa sociedade. Com a transformação da actual realidade num Mundo mais Global, o espaço político de actuação deixou de ter um território físico associado, mas mais do que isso um espaço de influência.

Ser Presidente da Câmara do Porto significa muito mais do que ser o responsável pelo espaço público que a cidade ocupa, gestor da contabilidade local ou dos bairros camarários, significa mais do que tudo isto ser o estratega e o político que consiga trazer, capitalizar, motivar e promover o discurso e a acção para uma região inteira. Naturalmente para isso o Presidente terá de ter uma visão alargada da cidade, para que esta não se encerre entre a Circunvalação e o Douro, uma perspectiva da região e uma compreensão do mundo que nos rodeia. Por outras palavras precisa de ter uma mentalidade aberta e cosmopolita.

Infelizmente que nada disto acontece nem aconteceu nos últimos anos (houve um mandato do Fernando Gomes que teve um pequeno esboço). Ao contrário o Porto definha e com ele toda a região Norte. Os Partidos, ou porque estão no Poder e nada podem dizer, ou porque estão fora dele e apenas criticam sem soluções, fazem com que nada aconteça. Precisamos com urgência de alguém independente e com uma visão mais cosmopolita que estes boys partidários.

Sem dúvida o Rui Moreira tem uma cabeça mais arejada e livre das tricas políticas, tem sido dos poucos, senão o único, que tem feito um discurso de defesa deste Norte, por vezes a pregar num deserto onde poucos o acompanham. Seria por isso não um bom candidato, mas principalmente um bom Presidente de Câmara. Pela postura do CDS e pela facção do PSD (Rui Rio) que tudo irão fazer para afrontar o Filipe Menezes, até se calhar lançar o Rui Moreira como candidato à Câmara (embora duvide que os aparelhos destes partidos o façam, porque deverão querer tirar da cartola um daqueles “meninos” que por lá pairam). Melhor seria se as actuais regras políticas e de eleições permitissem haver candidatos independentes, sem as complicações e os custos que estas implicam.

Dois comentários em relação ao CDS no Porto.

1º Que se entendam, deixem de querer aparecer por vaidade, e depois cada um tem um rumo diferente: Distrital do CDS não exclui possibilidade de coligação com PSD no Porto.

2º O CDS, em 2 Vereadores eleitos, conseguiu ter 100% de desistência durante o mandato no executivo da Câmara. Depois conseguiu ter o mérito de ter um Vereador que fez parte da lista de uma maneira ilegal, e como a seguinte da lista era apenas a mulher do candidato derrotado à concelhia do Porto do CDS, simplesmente preferiram ter um vereador a menos durante várias semanas do que ter a lista completa. Durante este abandono do executivo alguém viu a Concelhia do CDS a tomar alguma posição?!

Só agora é que se lembraram da Cidade!

Ainda bem que mesmo de Brasília, Pedro Aroso quer continuar a seguir e apoiar o Porto. Como é evidente seria urgente encontrar uma alternativa ao candidato vindo de Gaia para o Porto. E de facto o CDS não o apoiar já é "qualquer coisa"! Pena o PS "ter" de lançar o Pizarro - por ser alguém de dentro! - e, sem haver uniões partidárias, seria de CDS e PS apoiarem Rui Moreira. De momento não se vislumbra melhor, e seria a alternativa... Mas insistamos, talvez alguém ouça... ou não!

Embora ausente de Portugal há mais de um ano, continuo a seguir com muita atenção tudo o que se passa no país, e na minha cidade, por isso não posso deixar de manifestar o meu regozijo pela tomada de posição do CDS face à candidatura de Luís Filipe Menezes. Era importante encontrar rapidamente um candidato de consenso. Na minha opinião, Rui Moreira é quem reúne mais condições.

Um abraço para todos
Pedro Aroso, Brasília

O CDS/PP Porto torna pública a sua posição relativa às eleições autárquicas que ocorrerão no ano de 2013.

Durante os últimos 11 anos, a Câmara Municipal do Porto foi objeto de uma gestão exemplar que combina determinação nas opções políticas e persecução dos objetivos propostos com uma gestão equilibrada dos recursos disponíveis. Um modelo de gestão que se definiu essencialmente por 2 princípios: Reabilitação e Reforma. (...)

Entende o CDS que este modelo de gestão do Porto é o que melhor se adequa a um desenvolvimento prudente e sustentado, cujos resultados são bem visíveis: uma cidade preparada para o futuro, cada vez mais cosmopolita e internacional, não precisando para isso de se endividar em projetos para os quais nem a cidade nem o país têm recursos. O CDS Porto vê, por isso, com bons olhos a continuidade da coligação atual na gestão da autarquia, solução essa que, durante os três mandatos, se mostrou forte, capaz e coerente. (...)

Não sendo alheio às muitas notícias que tem visto na comunicação social e que o informam das intenções de candidaturas à Presidência da Câmara Municipal do Porto, não pode o CDS Porto abster-se de deixar bem claro que, em nome da sua própria coerência, não poderá apoiar um candidato cujas opções políticas sejam contrárias ao rumo que o CDS Porto convictamente apoia no actual executivo camarário.

O CDS respeita, naturalmente, quem pensa de forma diferente relativamente ao modelo de gestão mais adequado para esta cidade como é o caso do Dr. Luís Filipe Menezes, que, ao longo destes onze anos, sempre criticou frontalmente as opções que aqui seguimos. No entanto, o seu modelo de ação política assemelha-se, à escala local, ao das opções políticas que conduziram o país à situação em que nos encontramos. (...)

CDS Porto acredita que os princípios que definem a política do Dr. Luís Filipe Menezes não seriam benéficos para o Porto, pelo que resultariam num claro retrocesso para a cidade. Por isso, não podemos apoiar uma sua eventual candidatura à Câmara Municipal do Porto.

Prezando a coerência nas suas tomadas de posição, o CDS Porto vem manifestar a sua total disponibilidade para se refletir e alcançar uma solução de coligação interpartidária, desde que esta solução vá de encontro a um projeto de continuidade do atual modelo de gestão da Câmara Municipal do Porto. Um projeto sustentável para continuar a Vencer no Porto.

Leia aqui o texto na íntegra: Comunicado à Imprensa: Autárquicas 2013.

Com os melhores cumprimentos,
Comissão Política Concelhia CDS/PP Porto

Tenho imensa consideração e admiração pelo José Ferraz Alves e pelo que bem defende, e como o faz. Quanto à Linha do Tua temos uma muito pequena divergência. Penso que no momento em que estamos seria de a esquecer, tem muito pouco movimento, durante o ano por dia 3 pessoas. E se tivermos - o que duvido e muito - cuidado em manter sempre atualizada e cada vez mais atuante a Linha do Douro - sempre - até ao Pocinho, teremos comboio que nos faz ir Douro acima, estar no e com o Douro. É uma viagem bela pelo Douro, com o Rio Douro. No meio daquele deslumbramento. E manterem todos públicos e privados, com muito respeito, aquele Património Nosso a ser visto pelo Mundo. O Tua - linha férrea - neste tempo seria, acho, com direito de errar, de esquecer. E veremos se a EDP - na e com a barragem do Tua, e não só! - com consideração, respeita o ambiente e nos respeita a nós, portugueses, mesmo que pela mão dos chineses.

- Porto Sombrio, de Diogo Campos: "Está online uma nova página do Facebook que procura denunciar o abandonado de milhares de casas no Porto, alertando as consciências individuais e os poderes públicos. Todos podem participar e enviar as suas fotografias!"

- Seminário "Rotas e Percursos Culturais: do conteúdo ao negócio”, de Patrícia Remelgado

- Nomeação de Valente de Oliveira para a presidência do Conselho de Fundadores da Casa da Música é oficial
- Discretamente, o Passeio de S. Lázaro ganha novo fôlego