2012-07-01
Ou seja, no resultado da fusão do Porto com Gaia e Matosinhos:
Sem dúvida que tem toda a razão quando diz e bem, que a Ponte D. Maria foi sendo deixada ao abandono. Total! Por certo todos nos lembramos que em dada altura "os iluminados" quiseram fazer uma travessia pedonal Porto-Gaia ou Gaia-Porto, e até se gastou dinheiro do erário publico (= a nosso) a fazer obras de conservação da referida ponte. Claro que muito merecidas, claro que muito necessárias.
Mas como o raio da Ponte D. Maria não fica ali na frente "fronteiriça" entre Gaia e Porto, fica "lá para trás", uma vez mais perdeu-se uma boa ideia, esqueceram-se de aproveitar o que de antigo, histórico e bom "ainda" temos. Algo que não é privilégio nosso do Porto, abandonaram-se cidades, Porto também e foi-se fazer novo nos subúrbios. Hoje está tudo a cair, o antigo nos Centros, o novo nos Subúrbios. É o que temos e o que somos! Não interessa recuperar, restaurar a nossa História. Interessa fazer novo, onde "dá mais nas vistas"! Por várias vezes, tem tempo, que já referi o que aqui e muito bem agora lembra o José Ferraz Alves. Mas ninguém liga.
Talvez fosse de se vender a Ponte D. Maria aos chineses, como são quem hoje tem dinheiro, são quem hoje a pode pagar e pode ser que queiram juntá-la à história milenar chinesa, e nós ficamos com mais uns trocos... Talvez para fazer mais pontes na que chamam Zona Ribeirinha Gaia-Porto, mas - assim, e mesmo que não para nós - a Ponte D. Maria não se perde, não cai. Que acham?
Vejo com regozijo que a AMP seguiu as nossas pisadas e descobriu o potencial da Linha do Vouga. Mas deviam ter sido mais ambiciosos e poupado dinheiro. Poderiam ter encomendado um estudo global até para a Região próxima e teriam descoberto que faz todo o sentido recuperar a Linha de Leixões (de modo sério e com comboios directos ao Porto e não a Ermesinde), que se justifica uma Linha entre Guimarães, Braga e Barcelos de modo a fechar o quadrilátero urbano minhoto; e também, a exemplo do Vouga, integrar Amarante, através da encerrada Linha do Tâmega, nos comboios urbanos do Porto. Isto só para fazer movimentar algum dinheiro pela economia, porque julgo que qualquer técnico competente dos muitos que há na STCP ou CP Porto faria o trabalho a contento sem haver necessidade de recorrer a serviços externos ao Estado.
Em Boston existe a “Freedom Trail” ou o “Percurso da Liberdade” que consiste numa linha vermelha (em tijolo) que percorre a Cidade e une vários pontos relacionados com a história da independência dos Estados Unidos.
Inspirado neste exemplo, creio que seria bastante interessante que o Porto pudesse assinalar um dos momentos altos da história da cidade (e do país), marcando de forma semelhante o Percurso do Cerco do Porto (a que o nome “Percurso da Liberdade” também se poderá aplicar perfeitamente).
Com base em cartografia da época, este percurso poderia assinalar as principais linhas de defesa da cidade durante o Cerco do Porto, passando por pontos que, hoje em dia, são memórias quase esquecidas. São exemplos disso (por ordem aleatória) as baterias de Lordelo, da Ramada Alta, do Telégrafo, da Aguardente, do Bonfim, da China, de D. Pedro, de D. Maria, etc., ou os fortes da Glória, São Brás, ou Campanhã.
Mais do que um elemento turístico (algumas destas zonas encontram-se algo descaracterizadas), este Percurso será uma forma de memória e de homenagem à Cidade Invicta. Atendendo à simplicidade da obra, não creio que os custos envolvidos possam, por si só, inibir a concretização desta proposta.
João Medina
Continuamos numa sociedade de ostentação! Rui Rio e Filipe Menezes são as duas faces de uma mesma moeda. A de falta de atenção pelo Douro, Porto e Gaia, pelo que de facto são os valores e história da Região. De Rui Rio compreendo, que da marginal do Douro só deve conhecer a vista do paquete na noite de S. João. A cidade é para o lado onde nasceu, Câmara, Rua e Avenida da Boavista. Menezes é o espalhafato de novas pontes.
E a D. Maria II, de Eiffel, meus senhores? Como se compreende que esteja sem iluminação, esquecida, uma sombra da feíssima Ponte de S. João? Quando ameaçar ruínas vão-se lembrar dela? Que grandes líderes, que miséria de povo este que vai em fogueteiros!
“Tratado de Lisboa – Anotado e Comentado” apresentado por Marcelo Rebelo de Sousa, no Porto
No Palácio da Bolsa, no Salão Nobre, em 28 de Junho de 2012, pelas 18h00 uma excelente apresentação por Marcelo Rebelo de Sousa do livro “Tratado de Lisboa – Anotado e Comentado”. Livro sobre o referido tratado que, conforme Marcelo Rebelo de Sousa tão bem e facilmente nos contou, foi feito para não ser aplicado por "ainda hoje" e desde que foi assinado não ter havido condições económicas, financeiras, sociais e politicas para o mesmo poder vigorar. Falta de verdadeira "vontade", de "entendimento", de União! Pelo desnorte em que a Europa se encontra, pela evolução negativa desta mesma Europa, inserida neste Ocidente que começou a falir em 2007, pelo EUA. E estando no próprio dia 28 a decorrer mais uma Cimeira Europeia, sempre "histórica" como todas as anteriores, espera-se que haja coragem para o fazer aplicar - O Tratado de Lisboa - enquanto é possível, útil e cada vez mais necessário.
Uma sentida homenagem feita a Dr. Mário de Melo Rocha, ilustre co-autor da obra que, muito bem também, Marcelo Rebelo de Sousa nos quis fazer, com especial foco na viúva, na filha, no filho e nos pais, ali presentes. Fez-nos o percurso de um europeísta e de um bom homem, culto, empenado e que a doença levou cedo. Homem que como Marcelo Rebelo de Sousa disse nasceu no momento errado, no local errado, dado que tinha um potencial para ser mais ouvido, entendido, se os tempos fossem outros, evidentemente melhores! E que sempre defendeu lucidamente a Europa, com Unidade.
- Incluir Linha do Vouga nos Urbanos do Porto aumentaria procura, de Miguel Barbot
- Custos da energia no transporte de passageiros, de Rui Rodrigues
- Porto, Cidade da Liberdade, do Gabinete de Imprensa da CMP
- Hoje nas Conversas no Tanque, às 21h45, de Nuno Gomes Lopes
- Dia Aberto - Escolinhas Criativas, 9 de Julho, de Plataforma Escolinhas
- O Cerco do Porto e as suas lendas, hoje às 21h15, da Fundação Porto Social
No seguimento da leitura deste post e deste do blog Copenhagenize, surgiu a ideia de conceber um projecto semelhante para o desactivado (talvez abandonado seja uma palavra melhor) Ramal da Alfândega, ou seja, a implementação de uma ciclovia ao longo do seu percurso, ideias já implementadas em Portugal, como é o exemplo da ecopista do Dão.
O Ramal encontra-se encerrado desde 1989, e sem qualquer utilidade ou função no presente. Apesar de ser necessário um investimento ainda elevado, seria de certeza um passo importante para a evolução da cidade do Porto para uma urbe ecológica e inovadora transformar um troço abandonado numa revitalizadora ciclovia, como a cidade de San Sebastian, além de promover o uso do transporte público e de poder ajudar a descongestionar a área Baixa-Ribeira e de torná-la mais acessível a quem não possui automóvel.
San Sebastian Bicycle Tunnel - foto: Michelena at Diario Vasco - retirado de www.copenhagenize.com - 02-07-2012
Esta ideia já foi parcialmente sugerida pela associação GARRA, tendo também sido estudada a introdução do eléctrico no Ramal, solução que entretanto foi descartada.
Marcos Daniel Fernandes Correia
Hoje o tema é: Pontes.
Eu gostava muito que o Sr. Filipe Menezes se preocupasse com os meios de transporte que passam nas ditas pontes. Será que ele já reparou na porcaria de transportes públicos que Gaia "oferece" ao Porto todos os dias e que deixam o ar absolutamente irrespirável?
Para quem mora na rua das Fontaínhas (que é o meu caso) e que tem de levar com camionetas e autocarros às centenas, provenientes da Ponte do Infante, não é nada agradável, já para não falar no perigo para a saúde pública. Largam um rasto de poluição preta e malcheirosa que eu gostava de engarrafar e mandar de presente ao presidente da câmara de Gaia. Em vez de pontes, que trate mas é de fiscalizar as empresas privadas de transportes em Gaia e de renovar os que são da sua competência.
Quanto a pontes, há dinheiro? E se há, não seria mais bem gasto em reabilitação urbana? Ou noutra coisa qualquer? Para um normal cidadão como eu, nem se compreende o porquê de tanto falatório acerca disto, quando há tantas outras coisas muito mais importantes para discutir.
- Um direito recusado, sugestão de Miguel Barbot
- Nomes para a Metro chumbados por falta de competências específicas
- Os donos do passeio XXX, sugestão de Miguel Barbot
- Câmara do Porto quer concessionar antiga biblioteca do Marquês por 5 anos - ver aqui no site da CMP
- Catamarans do Extreme Sailing Series já estão no Douro
- "Baixa em Forma": Desporto para todos, de Junho a Setembro
... E em breve os posts pendentes.