2012-01-29

De: Alexandre Burmester - "Não servem mesmo para ninguém"

Submetido por taf em Sexta, 2012-02-03 16:25

É verdadeiramente impressionante o que se faz numa cidade que reclama da desertificação e que deixa ao abandono esta Biblioteca no seu centro. Como é possível achar, como li em vários posts por aqui escritos, sobre as qualidades desta Câmara em reanimar o Centro, achando que a “Movida” e a reabilitação de construções para hostels, restaurantes e outros afins é da responsabilidade deste executivo e não da iniciativa privada, quando na verdade o que esta Câmara faz é exactamente o que se lê no texto do “....não servem para ninguém”. O Pedro Figueiredo sugeriu variadas possíveis ocupações e não é necessária muita imaginação para dar-lhe algumas mais. Agora estar fechada, entaipada e desocupada dentro de um jardim no centro da cidade, chega a ser criminoso.

A cidade bem representada pelas fotografias do Gastão de Brito e Silva é bem o exemplo do que nos últimos anos por cá se tem feito e como tem sido dirigida. E ainda faltam 2 anos...

Alexandre Burmester

De: António Alves - "Direitos"

Submetido por taf em Sexta, 2012-02-03 16:19

«O equilíbrio entre estes Direitos é absolutamente necessário, principalmente nos momentos em que eles (os Direitos) mais são necessários, caso contrário, quando só os Direitos de uns prevalecerem, serão sempre actos de "terrorismo de cidadania" para com os Direitos dos outros, que assistem indefesos na capacidade de defender os seus Direitos.»

Cara Paula Morais,

Passando por cima da expressão "terrorismo de cidadania", que só pode ser compreendida no contexto de um momento de menor controlo emocional, devo informá-la que na greve do dia 2 de Fevereiro corrente não foram aplicados serviços mínimos à STCP, o meio de “equilíbrio entre estes Direitos” (dos grevistas e dos utentes dos serviços em greve), por determinação do Tribunal Arbitral que achou por bem, com a excepção das Linhas 4M e 5M, não serem necessários. Em Democracia não deverá existir ninguém “indefeso”. Quem se achar prejudicado deve ORGANIZAR-SE e defender-se. Ficar na paragem do autocarro a lamentar-se e ir apenas votar de 4 em 4 anos serve para muito pouco. O problema é a falta de exercício de cidadania por parte da maioria, não o exercício de direitos por poucos.

Cumprimentos,
António Alves

De: Nuno Carvalho - "Entaipados «ao menos» não servem a ninguém"

Submetido por taf em Quinta, 2012-02-02 16:57

Olá Pedro.

O coletivo casaviva já teve a oportunidade de okupar a antiga biblioteca/ludoteca do Marquês. Um texto posterior à okupação onde o coletivo da casaviva explica a legitimidade de okupar estes espaços públicos: Uma biblioteca esquecida. Um texto onde se retrata a forma como a autoridade decidiu receber as pessoas que, já depois de uma primeira vez, decidiram usar legitimamente uma praça pública para criar e oferecer aquilo que deveria ser obrigação de um município: Chamem a polícia, que eu não saio da praça.

Quanto ao resto, cada um que tire as suas ilações.

Saudações,
Nuno Carvalho (membro do coletivo casaviva)

De: F. Rocha Antunes - "Exactamente, digo eu"

Submetido por taf em Quinta, 2012-02-02 15:16

Meus Caros,

O Teatro que se faz no Porto é uma das melhores razões para se cá viver e para convidar quem não vive aqui a passar cá uns dias. A minha experiência diz-me que quem já foi uma vez que seja ao S. João, por exemplo, fica contaminado pelo vírus do Teatro para o resto da vida. Devemos isso a um conjunto de profissionais incansáveis que não desistem do seu destino e que quando emigram é pelo tempo necessário à apresentação das suas peças noutros Teatros da Europa, voltando logo para preparar a peça seguinte. Contaminemos então todos os que pudermos para não perdermos por falta de espectadores a oportunidade única de partilhar a intemporalidade do Drama Humano como só o Teatro consegue.

Vão ao Teatro. Deixem-se de desculpas e de clichés bacocos e deixem-se tocar por ele.

Francisco Rocha, Antunes

De: Paula Morais - "DESABAFO PÚBLICO..."

Submetido por taf em Quinta, 2012-02-02 15:12

... sobre os DIREITOS (de uns) vs os DIREITOS (de outros) em mais um dia de GReVE de TRAnsPORtes

Sou cliente da STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, e agora da TIP - Tranportes Intermodais do Porto, ACE) há 20 anos. Neste 20 anos paguei sempre adiantado (através de assinatura mensal) o serviço de transporte público no Porto, incluindo nos meses de férias escolares (para poder ir à praia e passear na Cidade). Acatei sempre os aumentos sucessivos dos valores cobrados (3 aumentos em 6 meses por exemplo) por entender que se o objectivo é atribuir sustentabilidade económica a um serviço público (que é de todos portanto), todos (incluindo eu) poderíamos contribuir para este momento de carência geral de recursos financeiros. Também fui sempre admiradora das acções de reestruturação que esta empresa pública de transportes efectuou ao longo dos tempos, a adesão à intermobilidade, a criação do gabinete de apoio ao utente, a nova frota de veículos ecológicos, os serviços criados especificamente para acções culturais, com as parcerias com Serralves, a Casa da Música, etc...

Neste tempo de utente dos serviços, e fazendo contas de memória, assisti a cerca de 300 dias de greves (fundamentadas nos mais diversos motivos), ou seja, quase um ano inteiro de greves. Nesses dias de greves, e sem nunca ter reclamado pois entendia eu que como cidadã, tinha de compreender e aceitar os Direitos de outros cidadãos que estão protegidos pela Constituição, cheguei tarde a aulas importantes, faltei a três exames, cheguei atrasada a encontros com amigos, cheguei inúmeras vezes atrasada ao primeiro emprego, deixei de fazer compras em dias de promoção em algumas lojas na Baixa (que não voltaram a repetir tais promoções), passei imenso frio (e calor) nas paragens de autocarro à espera, à espera, à espera, quase sempre sem assentos em número suficiente nas paragens e, sobretudo, sem informações... Aproveitei sempre essas longas horas de espera para ou andar a pé (e atravessar a Ponte da Arrábida a pé com 9 graus de temperatura às 07h30m da manhã consegue ser arrepiante!) ou para ler livros que só leio quando tenho de estar à espera (foi assim que li o MEMORIAL DO CONVENTO de Saramago, entre outros). Nesses momentos de compreensão dos Direitos de uns, fiz amigos nas paragens e nas viagens a pé, desabafei e ouvi desabafos, assisti a acções de cidadania para com pessoas mais velhas...

E hoje, porquê este desabafo público? Talvez para partilhar a TODOS que aqueles (uns) que contribuem (moralmente porque não reclamam e economicamente porque pagam os serviços e os impostos) para que os outros tenham Direitos, também têm Direitos. O equilíbrio entre estes Direitos é absolutamente necessário, principalmente nos momentos em que eles (os Direitos) mais são necessários, caso contrário, quando só os Direitos de uns prevalecerem, serão sempre actos de "terrorismo de cidadania" para com os Direitos dos outros, que assistem indefesos na capacidade de defender os seus Direitos.

Paula C. P. M.
(Cidadã e Utente, por princípio, de Serviços Públicos de Transportes)

De: Pedro Figueiredo - "Entaipados «ao menos» não servem a ninguém"

Submetido por taf em Quinta, 2012-02-02 15:02

Edifício no Jardim do Marquês de Pombal

O mote desta cidade às vezes é “antes fechado que reabilitado”. Parece uma reacção mesquinha e primária da sociedade: “se eu não uso nem quero/posso recuperar, em vez de entregar a quem use/possa recuperar, eu fecho”… Durante anos este bloco foi uma pequena biblioteca; depois durante anos esteve fechado a degradar-se; agora, a acção do Município é, heroicamente, emparedá-lo. “Ao menos não serve agora a ninguém”. Assim, ninguém poderá nem sequer vandalizar, nem sequer okupar, nem sequer ainda… recuperar, reabilitar, alugar ou ceder a quem queira… Este belo e pequeno edifício no Jardim do Marquês parece uma metáfora da volúpia em fechar edifícios, manifestando a impotência assumida em não querer/saber recuperá-los… Que é a óbvia alternativa.

A “autoridade pública”, em vez de entaipar este edifício, devia ter-se mexido para… (apenas a título de exemplo)

  • “Ter ido falar com o Colectivo CasaViva, ali em frente, que depois de ter demonstrado saber fazer uma okupação exemplar na “EscolaViva”, chamaria a este espaço “um figo”, que daria, por exemplo, para a CiclOficina que é a oficina de reparação de bicicletas que funciona actualmente na CasaViva antes das “Bicicletadas” mensais”. (Era a hipótese Anarquista ou Alternativa.)
  • “Teria ido falar com o Instituto do Terço ali ao lado para que este colocasse um posto de apoio e informação aos muitos idosos que usam o jardim todos os dias”. (Era a hipótese “Misericórdia”, tão em voga e igualmente válida.)
  • “Teria ido falar à Segurança Social ali na Rua das Doze Casas e colocado a funcionar um centro de apoio aos muitos desempregados que por ali deambulam nesta crise que sabemos”. (Era a hipótese Estado Social, bem necessário ”sabe-se agora”.)
  • “Teria ido falar ao Café Pombal do outro lado da rua, e propor ao dono do café a instalação de uma esplanada no jardim, assessorada por este pequeno bloco”. (Era a hipótese Capitalista, mas que mexe com o uso público dos espaços.)

Podia… podia… podia…, mas não foi. Mais vale entaipar que assim ao menos não serve a ninguém. (Amigos: quantos votos teve o PSD nas autárquicas no Porto? Porquê, para quê e para quem? Pergunto eu…)

De: Cristina Santos - "Ah o Teatro..."

Submetido por taf em Quinta, 2012-02-02 01:58

Junto-me a José F. Alves, para dizer: vão ao Teatro, não porque os profissionais o mereçam, esse não deve ser o motivo, se não for na cidade eles têm lugar em qualquer uma, devem ir porque não aproveitar é desperdício de oportunidade, é não poupar o nosso dia a dia, é gastar o tempo sem rentabilizar grandes momentos.

Poucos prazeres superiorizam o de assistir uma peça de Teatro no TNSJ ou em Carlos Alberto, num sábado à noite, descer às galerias, circular por uma cidade repleta de vida e juventude, com a movida, música e missas de Burros que às vezes acontecem. Peças “regionais”, como a que a companhia Visões Úteis levou a cena em Dezembro, com os seus Monstros de Vidro, onde é retratada a cidade, as suas vivências, e a sua mudança em 10 anos. (Por exemplo: recorda uma metáfora antiga, a do flautista, sinónimo dos tempos que correm, se quem trabalha não tem recompensa, desaparecem as crianças. Ou a rábula do cacto que é plantado num logradouro algures na Baixa do Porto). Brilhante. Como aliás tem sido a maioria das peças levadas a cena nestes 2 distintos espaços da nossa cidade. O Teatro Helena Sá e Costa é também uma boa opção, e o valor dos bilhetes atractivo.

Infelizmente nos últimos meses as plateias têm diminuído, e em 2012 temos programação repetida. Mas pode ser uma oportunidade para quem perdeu Exactamente Antunes. Há 30% de desconto à quarta-feira. E, de resto, pode meter-se a mão ao bolso de facto, mas para sacar um cartão AXA ou outro daqueles protocolados que dão descontos altíssimos, quando o bilhete é adquirido antecipadamente. Agora com o Gato e os M, com as ruas cheias de gente, não há desculpa. O teatro da cidade, e ainda que efectivamente o encenador seja muitas vezes o mesmo, é um balão de ar com uma qualidade acima da media nacional, ok Lisboa é imbatível em alguns casos, mas há programação partilhada. Vão ao Teatro!

Cristina Santos

De: Pedro Figueiredo - "Arménio Losa - Rua da Constituição (1950-52)"

Submetido por taf em Quarta, 2012-02-01 22:02

Edifício na Rua da Constituição

Arquitectos: Arménio Losa e Cassiano Barbosa.
Clientes: António de Sousa Pedrosa Carvalho, Clara de Sousa Camarinha, José Maria Nunes. 1950 – 1952.

Este edifício é construído num lote – raro lote – resultado da fusão de três lotes contíguos, pertencentes respectivamente aos promotores citados. A união entre proprietários permitiu potenciar a escala do investimento/edifício. Habituados que estamos a circular no Porto, sentimos quase intuitivamente algo estranho na escala deste edifício. E que é precisamente a escala da sua fachada, pouco comum face à predominância no nosso Porto da construção em parcelas de frente estreita - resultado do “urbanismo” da idade média (as famosas frentes de 6/7 metros com que diariamente somos confrontados).

Esta longa fachada foi desenhada com uma clara expressão: há uma espécie de “pano perfurado com buracos de disposição regular” (janelas na parede) a pesar de forma leve (como que “a levitar”) sobre um embasamento com uma expressão contínua e diferente. A base é escura, a parede perfurada é clara. A base tem janelas contínua, a parede perfurada tem um mix de grade de ripas verticais + fibrocimento ondulado e pintado escuro + pilares de pedra polida negra aparentes e semi-destacados. A expressão da parede perfurada é enriquecida pelo desenho de cada janela com um beirado saliente em betão que destaca cada vão, reforça o efeito “buraco talhado na parede”, confere expressão e dignidade a cada vão através deste caixilho extra… (“não serve para nada”, diriam alguns, pois serve para isso mesmo: para a expressão…).

Não se vê da rua o facto de ter três caixas de escadas / quatro fiadas de habitações, quando normalmente a poupança/especulação “determina” a redução de acessos verticais ao mínimo de 1 caixa por cada esquerdo-direito, que neste caso seriam 2 caixas de escadas / 4 habitações esq.-dir.… Mas o edifício possui antes uma caixa central para 8 habitações de pequena dimensão e cada ponta do edifício possui, “na ponta”, outra caixa que serve cada uma 4 habitações de tamanho maior (“familiar”)… Aparentemente terá havido (digo eu, tal como no edifício DKW da Rua de Sá da Bandeira) uma preocupação (nova na altura) em tentar inovar ao nível do tipo de habitar urbano a propor… Neste caso, propõe-se um mix de habitações para pequenas e grandes famílias ou “bolsos maiores / bolsos menores”… E também não se vê da rua, mas “a” sala e os quartos voltados para Norte / Rua da Constituição têm a “inovação” de se poderem fundir ou separar conforme se queira abrir ou fechar as grandes portas de correr que os separam ou unem conforme a necessidade do momento: sala enorme com duas zonas ou sala mais pequena com quarto, ou sala + escritório, bastando para tal fechar ou abrir o vão corrido… Hoje não é original, mas à altura era. Ontem ou hoje, esta versatilidade no “habitar” é sempre inteligente de qualquer forma.

... Ver imagens em PDF.

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Quarta, 2012-02-01 15:46

De: José Ferraz Alves - "O Teatro no Porto"

Submetido por taf em Quarta, 2012-02-01 14:55

Há uns meses estive presente numa acção promovida pela JS dedicada ao tema da cultura e lá propus que se refletisse sobre a Secretaria de Estado da Cultura se integrar na da Educação. Claro que recebi um ruído de desaprovação da assistência, que culminou em palavras de um responsável por Serralves afirmando que assim é que a Cultura passaria ao esquecimento. Já seriam tão poucos os apoios, era preciso um Super-Ministério?

Podem crer que estou farto de ver este país a caminhar pelo abismo e sempre com os mesmos ilustres e arrogantes responsáveis a acharem-se no direito de opinar, sem quaisquer responsabilidades pelo tempo em que vivemos e pelo que outros menos ilustres pensam. E de ver o povo a ter o que merece, dado que continua a dar ouvidos a quem é conhecido, passa pela TV, aparece nas revistas, escreve nos jornais… Estou mesmo à espera de ver o Porto Canal procurar novamente quem é “habitué” para os seus quadros de opinadores, porque só esses puxam audiências e nada a mudar. Também já reparei que até um “ilustre” cronista de Agendas disto e daquilo, vir agora escrever que são precisos actores de mudança para o capital de risco, quem sabe, com ele a Presidente. E os jornais publicam-nos! Já deixei de comprar alguns desses jornais. Agora até o Sr. Primeiro-Ministro vem pedir, e bem, ideias para o desenvolvimento do País, o que acho bem, dado que até considero que se esforça, mas nunca conseguirá sair de um bloqueio perpetuado pelos arrogantes do costume. Também conheço uma Instituição Privada que pede inovações e depois a sua Comissão Executiva delibera proibir que se enviem emails directos sem passar por uma hierarquia que as mata logo. Volto a reforçar o que disse. A Cultura tem de se integrada na Educação e, tal como a Suécia faz, o dinheiro poupado nos responsáveis e suas mordomias de importância aplicados em projectos de rua, de sala, de formação, de teatro.

Serve também este meu comentário para agradecer a um excelente Teatro do Porto, a Palmilha Dentada e ao magnífico trabalho que apresentam na bonita e eficiente sala do Teatro Helena Sá e Costa. O Porto sabe onde é? Tal como já apreciei o Teatro das Marionetas ou o Teatro de Plástico. Mas porque é que tão poucas pessoas aderem a este brilhante trabalho e excelentes actores e encenadores? O texto do “Dimas e Gestas” é bacano, é o maior, é patrício… Os bilhetes a 5 euros, os actores inteligentes e muito dedicados e qualificados. Faço um apelo a que vamos todos assistir a estas peças. Garanto que me diverti e aprendi mais do que em qualquer dos filmes propostos para Óscar! Porque aprendemos muito e não estamos a fazer um favor a ninguém. Por isso advogo a integração do teatro e da música no curriculum das escolas, para que as salas estejam mais cheias de espectadores e de actores. Para que estes artistas tenham formas de sobrevivência financeira mais segura. E para se formarem competências para a inovação e o empreendedorismo, que só a arte da cultura nos dá.

Fica aqui o apelo à melhor Vereadora que temos na Câmara do Porto, a Prof.ª Guilhermina Rego, que gostei de ver presente nas Quintas de Leitura do Valter Hugo Mãe, para que se pense no teatro como educação e que se ajude a promover também estas peças, que não sendo realizadas no espaço público da Câmara, merecem igualmente o apoio que se possa dar. Para que finalmente o Porto inverta para seguir o exemplo de Praga, como cidade monumental, da arte, da criatividade, da alegria, do futuro. Afinal somos uma das melhores cidades do mundo.

José Ferraz Alves

De: Nuno Gonçalves - "Ruas vendidas III"

Submetido por taf em Quarta, 2012-02-01 14:30

Miguel Barbot, no seu caso verifico que encontrou alternativas simpáticas mas com a maioria das pessoas isso não acontece, olhando para minha rua só vejo uma maior dificuldade a acrescentar a todas as outras, não se trata de "carrodependência mórbida" mas de falta de alternativas e do mudar de uma situação após vários anos a habitar na Baixa. Essa sugestão de ser natural quem tem carro na Baixa o deve vender não compete à Câmara nem a quem tem opinião contrária, no meu caso a solução será claramente abandonar a cidade, é o que me estão a dizer, não é possível uma família com 2 filhos onde marido e mulher trabalham fora do Porto viver sem carro.

De: TAF - "Sugestões e apontadores"

Submetido por taf em Terça, 2012-01-31 12:43

- Hasta pública para venda do Silo-Auto ficou deserta, sugestão de Carlos Oliveira: "Que novidade..."
- Ainda a Lei das Rendas - a minha opinião sobre o assunto: "sob nenhum pretexto o Estado tem o direito de obrigar apenas uma parte dos cidadãos a suportar custos que são encargo de todos"

PS:

- Rosário Lira entrevista o presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto, Joaquim Cavalheiro, áudio
- Vereador do CDS incorre em pena de prisão e pode perder mandato na Câmara do Porto
- “Duvido que um super arquitecto resolva os problemas da barragem Foz Tua”, sugestão de Célia Quintas e de Rui Rodrigues
- Vereador do Urbanismo diz estar "de pedra e cal" na Câmara do Porto (é outro vereador)

De: TAF - "Absolutamente a não perder"

Submetido por taf em Domingo, 2012-01-29 22:32

Estas fotografias de Gastão de Brito e Silva sobre o Porto:

- Porto - A invicta cidade

De: Carlos Romão - "A natureza deve ser servida em doses homeopáticas"

Submetido por taf em Domingo, 2012-01-29 20:05

A rua Eng.º Ferreira Dias, na inóspita e desumanizada zona industrial do Porto, antes e depois do recente abate de 102 árvores, a maioria choupos de grande porte.

Rua Eng.º Ferreira Dias - antes

Rua Eng.º Ferreira Dias - depois


De: Pedro Figueiredo - "Coisas importantes ditas por Rio Fernandes"

Submetido por taf em Domingo, 2012-01-29 19:21

Algumas notas que tirei a partir da intervenção de Rio Fernandes no debate sobre a “reforma” do poder local, auditório da Biblioteca Municipal, 27 de Janeiro. Foi um debate público organizado pela Assembleia Metropolitana (a pedido do Bloco de Esquerda), numa altura em que se “fala”, mas não se discute na praça pública… este como outros assuntos. A intervenção de Rio Fernandes foi (é, em geral) muitíssimo interessante, porque possui visão global e local, recusando de base o “maniqueismo” da “visão” relvas de que “como é preciso fazer alguma coisa”, vamos fazer “qualquer coisa”… e coisa mal feita…

  • “O que menos importa para reformar o território é fundir-se freguesias, apesar de ser o que mais se discute…”
  • “Este país é um país de 3 terços: 1/3 da população vive entre Braga e Aveiro; 1/3 vive entre Leiria e Setúbal”; …o último terço vive no resto do território.”
  • “Interessa muito fazer reformas, mas a pressa induzida artificialmente nesta reforma é inimiga da qualidade da mesma.”
  • “Está-se a forçar a adesão ao «livro azul», mas sem qualquer debate aprofundado.”
  • “Nesta reforma não há um objectivo claro para o território.”
  • “A Assembleia Metropolitana do Porto decidiu recentemente prescindir de verbas a que tinha direito…demonstrando um total desinteresse pela importância do nível territorial que representa e deveria reforçar (o nível intermédio entre o local e o central), quando ainda por cima o nível metropolitano tem sido alvo de reforço de intervenção política, um pouco por toda a Europa…”
  • “Temos vindo a reforçar quer o centralismo do Estado quer o centralismo (de certas) autarquias…”
  • “Quando às vezes se coloca na falta de regulamentação de certas instituições o ónus do seu problema… há que dizer que, por exemplo, não é por falta de regulamentação que as assembleias metropolitanas não têm funcionado, mas por falta de vontade.”
  • “A reforma do poder local é um debate em que a troika não é para aqui chamada, não servindo de alibí ou chantagem ou desresponsabilização de quem o promova.”

(Se Rio Fernandes quiser comentar, tanto melhor. Espero ter filtrado e apreendido o sumo da intervenção.)

Obrigado.
Pedro Figueiredo

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Domingo, 2012-01-29 01:54

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- PSD/Porto: Ricardo Almeida vence concelhia e defende cidade para região piloto na regionalização - "Com 282 dos 325 votos totais, num universo de 1483 militantes inscritos" (13% de brancos e nulos) - Repare-se como o número de militantes é assustadoramente pequeno. Nos outros partidos não será muito diferente. (É por isso que não compreendo a lógica de apostar em partidos novos, quando os velhos têm tão pouca gente activa.) Bastam poucas centenas de novos militantes para tomar o poder no PSD/Porto e também no PS/Porto e, por exemplo, assim escolher o presidente da Câmara. Mesmo nas directas para escolher a Comissão Política Nacional, quando foi eleito Passos Coelho em confronto com Paulo Rangel, Aguiar Branco e Castanheira Barros, não votaram mais de 1034 militantes no Porto! Mas ninguém, além dos actuais aparelhos partidários, parece importar-se em conquistar meios de efectivamente exercer o poder... Bem à portuguesa: procuram-se vitórias morais "contra ventos e marés", mas não se marcam golos.
- Eis o boletim de inscrição no PSD e o no PS. Nos outros não procurei, mas não será difícil encontrá-los.

Sublinho este ponto: menos de 1 munícipe em cada 100 se dá ao trabalho de participar na escolha (em qualquer dos partidos) dos candidatos a presidente da Câmara do Porto. Depois queixem-se.