2011-01-02
Já deu para entender que vai haver novas obras na parte final da Avenida da Boavista, a partir ou da Fonte da Moura ou do Parque da Cidade. Sendo que o que anteriormente foi feito, parecia ter como base que o Metro por aí viria a passar. Hoje, já não vai passar por mais nenhum sítio – não há dinheiro -, mas se acontecesse passar nova linha iria ser pelo outro lado, futura Nun'Álvares, Praça do Império, via Campo Alegre.
Sendo que as obras feitas, então, na Avenida da Boavista, teriam sido um desperdício, ou nem por isso? E justifica-se, hoje, com uma tremenda crise, ainda ali mais obras fazer? Já repararam, caros concidadãos, que em vários locais da nossa cidade do Porto estão a aparecer buracos nas ruas e não estão a ser tapados? Já deu para pensar que, se assim continuar, vamos ficar com tudo esbugalhado e não vai haver como reparar.
Por certo muitos ainda nos lembramos, talvez nos finais da década 70 do século passado, início de 80, a Avenida da Boavista era toda “buracos” e dava cabo dos nossos carros, foi posteriormente toda bem arranjada, e ainda bem. Se se não tiver cuidado, vamos ter buracos por todo o lado e com a crise não haverá dinheiro para consertar. Não seria preferível não fazer nenhuma obra nova, enquanto não houver certezas de que se pode reparar o que ainda existe? Por certo estou a ver mal o problema, mas fica o alerta para mais tarde recordar!
Augusto Küttner de Magalhães
- Câmara do Porto recorre contra embargo que aprovou
- Batalha fechou, ficou sem gestão e não tem destino
- Separador central da Avenida da Boavista vai ter árvores e ciclovia
- Câmaras vão continuar a vigiar Ribeira
- Os não-lugares, vídeo
- Centro de congressos terá "impacto muito negativo"
- The Smooth Guide: Porto, no Financial Times, sugestão de Patrícia Soares da Costa
- Tertúlia sobre Urbanismo, com Arq.º Vasco Morais Soares, 5ª feira dia 13, sugestão de CDS/PP Porto
PS:
- Autarquia desculpa-se por futura construção na Boavista
- Câmara do Porto vende terreno à Lusíada, se não encontrar melhor comprador
Diz o Tiago Azevedo Fernandes, e com inteira razão: "A propósito da eventual pintura do Silo-Auto, não compreendo a justificação da opção pela cor branca. Se o objectivo é minimizar o impacto visual, o branco vai realçar o volume do edifício, já de si muito agressivo".
Correia de Araújo
De facto umas obras – que parecem de Sta. Engrácia, tiveram início há mais de um ano, e hoje pouco mais parece ter acontecido para além de estarem a preparar terreno para o futuro, seja ele qual possa ser (mais de um ano) – mas que de facto foram umas árvores abaixo, é uma realidade. Se deviam não ter ido, alguém mais informado o deverá conseguir querer explicar. Mas nesse dia pela manhã, talvez 3 ou 4 de Janeiro deste ano, foram no local vistas várias pessoas que pareceram descontentes com o que estavam a ver acontecer, e chegaram dois carros da Polícia Municipal, que se foram embora, e ao fim do dia as árvores estavam em bocados de madeira.
Por certo seria o já projectado, mas se fosse feito mais rapidamente e talvez com uma devida placa no local a dar a entender que iria acontecer, tudo fosse mais compreensível. Estamos em democracia! E estamos há um ano a ver uma tremenda demora numas obras, o que é inatendível, logo haver um desagrado por árvores estarem a ser “mortas”, mas é capaz de ser normal. Mas quando nada explicam... Por certo tudo será bem explicado, por certo aparecerá ali um supermercado e um parque de estacionamento e talvez no futuro se entenda que é melhor mais explicar... ou nem por isso.
Augusto Küttner de Magalhães
"En 9 ans, Paris a gagné 86.000 habitants, parmi lesquels beaucoup de familles, de jeunes, alors que nous avions perdu 170.000 habitants dans les 15 années précédentes", a affirmé le maire de Paris. "Nous sommes dans une ville qui gagne beaucoup d'habitants mais où les loyers ont doublé en dix ans et le prix du m2 a augmenté de 36% en 5 ans".
Acho que seria interessante comparar a situação do alojamento na nossa cidade. Já não falo das metrópoles europeias mas de algumas "terreolas" das quais nos sentimos próximos: Vigo (tão perto e tão longe).
- Pergunta 1: Quantos habitantes perdeu o Porto nos últimos 5 anos?
- Pergunta 2: Qual o preço do metro quadrado (em aluguer na cidade)? - Já não faço aquela pergunta que deveria ser feita num país que se farta de proclamar que a mobilidade é importante para os cidadãos.
- Pergunta 3: Quantos habitantes ganharam Gaia, Maia e outras urbes "periféricas"?
- Pergunta 4: Qual é a percentagem de alojamentos para aluguer e para venda na cidade em que habitamos?
- Pergunta 5: Porque continuamos a olhar para o SAAL Norte tantos anos depois? - com uma data de sub-questões... porque ainda existem ilhas no Porto? porque é que as ilhas já não têm as portas abertas para a rua? porque é que pessoas que habitam ilhas as preferem aos bairros (ditos) sociais?
Porque não tentamos responder a um certo número de questões actuais e nos preocupamos tanto do passado e tentamos apostar num futuro cada vez mais incerto?
Só uma precisão em relação a uma assumpção que faz no seu post onde diz "Para um gabinete que não tem orçamento próprio, consiste de três pessoas que presumo não foram contratadas propositadamente para este cargo, ou seja, se reaproveitou a mão de obra qualificada já existente".
Num dos artigos de divulgação deste Gabinete foi referido:
"Rio admitiu, no entanto, que para a criação do Gabinete foi necessário contratar duas arquitetas." (...) "Questionado sobre se os serviços existentes na autarquia não são suficientes para levar acabo este trabalho, o autarca respondeu que "nos últimos 53 anos não foi possível aos serviços da Câmara fazer isto".
- Ponte da Arrábida em "vias de classificação" patrimonial
- Associação de Bares do Porto manda desligar videovigilância na Ribeira - E métodos mais convencionais, não?
- Estacionamento "abate" jardim
- Abate de Árvores na VCI
- Tribeca: o espírito de Nova Iorque na 31 de Janeiro
- Muitas coisas interessantes sobre o Porto n'A Vida em Fotos
- Governo estuda fusão do Metro do Porto e STCP
- La plus belle place du monde, sugestão de Teodósio Dias: "Qualquer semelhança com a Avenida dos Aliados é absolutamente fortuita!"
- Reportagem da TVI sobre a Portela com Prof. do IST Paulino Pereira, vídeo sugestão de Rui Rodrigues: "Portela nunca fecha porque funciona todos os dias do ano. É dos aeroportos mais pontuais da Europa."
- A propósito da eventual pintura do Silo-Auto, não compreendo a justificação da opção pela cor branca. Se o objectivo é minimizar o impacto visual, o branco vai realçar o volume do edifício, já de si muito agressivo.
PS:
- Câmara do Porto vendeu jardins na Prelada para privado construir estacionamento
- Igespar abriu processo de classificação da Ponte da Arrábida a 13 de Dezembro
- In Remote Corner of Portugal, a Photographer Finds More Than He Expects
Não sou de modo nenhum um apoiante da política seguida pelo executivo camarário neste mandato do Dr. Rui Rio, mas também me faz "espécie" esta característica tão portuguesa de dizer mal por dizer... Ora vejamos: a senhora Maria José Prata Ribeiro refere no seu post num tom deveras depreciativo que a actividade deste gabinete se resumiu a ser "reparada uma cabine telefónica e uma paragem de autocarro, mandaram pintar 2 bancos e limpar as ferragens da fonte do Largo Alberto Pimentel!". Eu não tenho mais nenhuma informação para além da que foi fornecida na notícia, mas, como li a notícia até ao fim, reparei também que para além do referido no post fizeram também a requalificação do Largo da Fonte, na Rua do Paraíso e a substituição da paragem de autocarro...
Para um gabinete que não tem orçamento próprio, consiste de três pessoas que presumo não foram contratadas propositadamente para este cargo, ou seja, se reaproveitou a mão de obra qualificada já existente, considerando ainda que era o primeiro ano de funcionamento, e por fim tendo em conta que parte do ano se passou a fazer o levantamento de situações a requerer intervenção, até me parece que têm tido boas ideias e uma actividade satisfatória até ver. O que a nossa cidade muitas vezes precisa não é que se gaste mais ou sequer muito dinheiro, mas sim que se tenham boas ideias, se aplique bem as verbas disponíveis e que se tenha cuidado com a nossa cidade. E grandes ideias com grandes resultados não precisam necessariamente de ser caras, não é? Por isso apoio este tipo de iniciativas, e espero que tenham mais boas ideias.
A pintura do silo auto só me merece aplausos. Seja de autor ou não, é feio e é um mamarracho. Ou melhor, um muito feio mamarracho. E para tornar menos feio venha a tinta branca, ou outra cor qualquer. Já vem tarde. Há muito pouca coisa que não se possa melhorar ou que nasça perfeito...
Caro Pedro Aroso
Começo o ano a concordar, parcialmente, consigo. Passe a propositada redundância, cresci a ver crescer o prédio do JN, o do Hotel Dom Henrique e o próprio Silo-Auto onde, outrora, existia uma pedreira. Vivi ali mesmo em frente, na parte alta (nova) de Sá da Bandeira. Sim, de facto aquela é mesmo obra de autor, como o são, também, os outros dois exemplos que dei. Penso, por isso, e tal como Pedro Aroso, que pintar o Silo-Auto de branco seria um disparate, um absurdo, uma tontaria!
Dito isto, a minha discordância reside apenas no facto de entender que não serão as duas arquitectas as responsáveis por tal disparate. A ordem vem de cima, pois claro(!), e, como tal, deve ser acatada. Aqui ficam as palavras de Rui Rio aquando da apresentação do GAEEP: "a solução para o Silo-Auto, na Rua do Bolhão, passa por pintar de branco, mas como o espaço está concessionado, mal acabe a concessão, no novo contrato impõe-se essa pintura". Vamos ver se desta feita o Presidente da Câmara do Porto vai inflectir... ele que, segundo as palavras do meu Caro Pedro Aroso, "já admitiu várias vezes nem sempre ter feito as melhores escolhas mas, sendo um homem inteligente, tem vindo a corrigir orientações que estavam claramente a desviar-se do caminho certo". Estarei atento!
Correia de Araújo
O post da Maria José Prata Pinheiro inclui um link com uma notícia do jornal Público, onde se lê que o “GAEEP também propõe a pintura, de branco, do Silo-Auto de Gonçalo Cristóvão, para reduzir o impacto visual da estrutura”. Apetece-me citar o Alberto João Jardim e perguntar: “Mas tá tuido maluico no Contenente, ou quê?”
Espero que a minha querida amiga Dra. Olga Maia, de quem sou amigo há muitos anos, e que foi a grande responsável pela dinamização do Gabinete do Munícipe, que tantos elogios tem recebido, não embarque num disparate destes. O Silo-Auto é uma obra de autor, que não pode ser adulterada só porque duas arquitectas da CMP têm necessidade de mostrar serviço.
Só no passado dia 1 tive oportunidade de visitar pela 1ª vez o Parque da Zona Oriental do Porto. Infelizmente ainda não foi desta que consegui, certamente por defeito meu: tentei encontrar uma placa de sinalização ou uma entrada assinalada ao longo das ruas que o circundam (do lado de Azevedo e de Campanhã) e não vi uma! Depois da publicação das fotos do Tiago Azevedo fiquei ainda com mais vontade de ir, embora complexado pela minha incapacidade para encontrar a porta de entrada. E não duvido que existam placas a assinalar o parque e o percurso para lá chegar, pois vi placas a assinalarem Bonjóia, por exemplo.
Pedro Almeida
--
Nota de TAF: eu próprio tive alguma dificuldade em encontrar o local... É na Avenida Francisco Xavier Esteves.
Já insisti neste tema e que o Banco Social poderia ser constituído com dinheiro não reclamado junto da Banca. Em Inglaterra reuniram-se assim 20 mil milhões de euros que conduzem agora, de forma mais profissional e com exigência de resultados, a actuação da Segurança Social.
A D. Carlos Azevedo foi dito pelo Sr. Presidente de um Banco, numa televisão, que a sua instituição fazia estas entregas anualmente. Hoje, há minutos, chegaram-me dois documentos, um de uma emissão de obrigações em 1959 pelo Estado de Santa Catarina e outro empréstimo obrigacionista da Brazilian Railways Company - sempre os comboios :) - de 1919, !, que nunca foi reclamado pelos seus detentores. Este dinheiro está em algum lado. Recentemente, um empresário português resgatou 2 milhões de euros que estavam perdidos num Banco na Argentina.
Convinha pensar nisto e fazer algo. Já sei que é diferente e dá trabalho e que há quem esteja muito preocupado neste momento com fazer o "downsize" de pessoas que trazem estas ideias, não é verdade?
José Ferraz Alves
1. Na sequência da anunciada subida ao cadafalso da Linha de Leixões, já mencionada n'A Baixa, anunciam-se os cruzeiros para Leixões, uma adição bem-vinda a uma cidade que já tem um dos melhores aeroportos da Europa, bem ligado à cidade por transportes públicos. Poderia ser mais um factor em que este serviço urbano da CP poderia complementar o metro (com a linha Azul que serve os cruzeiros), se fosse cumprido pelo menos aquilo que estava anunciado. Aguardam-se cenas dos próximos capítulos.
2. A Linha do Douro não vai sofrer as obras anunciadas, não se vai tornar mais rápida ou com horários mais convenientes, nem vai voltar a acolher os ramais do Corgo, Tua e Tâmega (actualmente em "obras"). Qual é a solução para a Linha com maior potencial turístico do país, que liga o Porto a uma zona que tem a sua própria Região de Turismo, com dois Patrimónios Mundiais e um Parque Natural? Elimina-se a sua cobertura, obviamente. Falou-se em unir o Porto e Salamanca, tirando partido de uma vantajosa ligação logística de Leixões a Espanha, passando por outro património mundial (Salamanca). Nem a ligação desejada a Barca d'Alva se conseguiu. Haja quem resista.
3. Guimarães está ligada a S. Bento pelo serviço de Urbanos, a demorar actualmente 80 minutos. Foi lançada uma petição no passado dia 1 que pede a criação de serviços diários de expressos entre as duas cidades com 50 minutos ou menos, à semelhança de outras linhas urbanas. Conquistam-se clientes melhorando os serviços e os Urbanos ainda têm um longo caminho a percorrer nesse sentido. Quando um serviço público de transportes não serve a população, em vez de se conformar com a má gestão do Estado, tem a responsabilidade cívica de se mobilizar como fizeram cidadãos de Braga ou Vila d'Este, por exemplo.
Às 4000 assinaturas vamos à Assembleia.
Nuno Oliveira
Um artigo de Álvaro Vieira do jornal Público de hoje, publicita a criação de um organismo GAEEP (gabinete de arrumação e estética do espaço público) que funciona na dependência dos directores municipais da Via Pública e do Ambiente e Serviços Urbanos. É constituído por 2 arquitectas e uma coordenadora (Olga Maia) que trabalharam desde Setembro e fizeram com que fosse reparada uma cabine telefónica e uma paragem de autocarro, mandaram pintar 2 bancos e limpar as ferragens da fonte do Largo Alberto Pimentel!
E está tudo dito sobre “arrumação e estética” que o Departamento da Via Pública e do Ambiente e Serviços Urbanos não eram capazes de fazer sem a existência deste novo gabinete.
Maria José Pinheiro
Muito oportunas as fotografias que TAF tirou e aqui n´A Baixa do Porto quis inserir, dando foco à Parte Oriental do Porto, que vai sendo menos fotografada e menos conhecida:
- o Parque Oriental
- o jardim da Pousada do Freixo, junto ao Rio Douro
- o Rio Douro visto deste outro prisma.
O Lado Oriental do Porto como um todo da cidade também cresceu, também tem os seus (nossos) espaços que de todos devem ser conhecidos e melhor usufruídos. Neste início de 2011 em que as expectativas de crescimento quer do país, quer de todas as cidades e vilas do mesmo, são muito escassas, será de todos melhor conhecermos e darmos a conhecer o Porto, bem como preservá-lo o melhor possível, em tempo de crise.
Augusto Küttner de Magalhães
O Wordle é um programa usado para gerar "nuvens de palavras" sobre determinado texto, destacando as palavras que, nesse texto, aparecem com mais frequência. Não tenho a menor dúvida de que a palavra “travar” despontaria com grande evidência num eventual texto sobre o Porto. Rui Rio entrou a travar (PPA, frente urbana no Parque da Cidade, construção em altura, etc, etc.) e acabou travado, ou tramado (parque subterrâneo e famosa clarabóia na Praça Humberto Delgado, Bolhão, Bom Sucesso, Centro de Congressos no Rosa Mota, construção na envolvente da Ponte da Arrábida, transformação do “Queimódromo” numa estrutura para funcionar todo o ano… e muitos, muitos mais etecéteras)… e pensava eu que a Travagem era em Ermesinde.
Espero, por isso, que este seja um Ano que role um pouco melhor, onde tudo se torne mais claro e fluido. E por falar em claro, aqui deixo uma foto em tons suaves, tirada a partir de casa numa Escandinávia muito perto dos -25ºC, aproveitando, uma vez mais, para desejar a todos um Feliz 2011.
Abraço
Correia de Araújo