2010-12-05
Pedro Figueiredo
Concordo, no essencial, com tudo o que diz sobre o SAAL... mas não deixemos de reconhecer que a actual gestão autárquica da cidade do Porto também fez o seu SAAL, só que de sinal contrário.
A este último, por todas as razões sobejamente conhecidas, bem lhe poderemos chamar SAAL - Serviço de Abate ao Alojamento Local... e ficará também para a história da nossa cidade, só que, desta feita, inscreverá seus pergaminhos na parte triste dessa mesma história.
Correia de Araújo
O Movimento Partido Norte tem a honra de o/a convidar para o debate A regionalização e a redução da despesa pública. O debate será moderado por Paulo Pereira e terá intervenções dos convidados Eng. Carlos Brito, Dr. Pedro Madeira Froufe e Dr. Paulo Morais. O evento decorrerá no dia 18-12-2010 às 16:30h no Ateneu Comercial do Porto, Rua Passos Manuel n.º 44 4000-381 PORTO - NORTE de PORTUGAL.
Ao ler o que José Ferraz Alves escreveu, começo por ter de o felicitar pela forma como aborda a necessidade de termos “Cultura”. Sem dúvida é importantíssimo e cada vez mais o será! Não chega ser-se bom economista, bom gestor, tem de se ter uma ideia do que o “homem” fez ao longo de milénios, o que se sabe pela Historia e pela Cultura que foi fazendo e nos foi transmitindo, e pela História e Cultura que hoje e sempre se fará.
Quanto à fusão do Ministério da Educação com o da Cultura, parece ser uma excelente ideia, quer pela ligação necessária entre ambos, quer pelas sinergias que daí advirão (falo como não ligado a qualquer partido). E de facto a Cultura, ao não estar a ser cabalmente potenciada ao momentum, está a fazer desligar muitos da mesma, o que é muito mau. E este momentum perde-se… Logo apostar na Cultura, poupando onde se deve poupar, é essencial! E por certo não haver tanta dispersão e uma melhor concentração. Penso, sem certezas, que temos todos de aprender a fazer tudo muito melhor, sem nunca ter de ser os melhores, mas sempre a fazer melhor que ontem… E a aposta deixou de poder ser na quantidade, e tem de ser na qualidade… para a Cultura, também…
Quanto ao aparte último do José Ferraz Alves, e sem pretender falar em casos concretos e muito menos no que refere, tenho para mim, mas presumo não estar certo, que as pessoas importantes e que ocupam cargos públicos e /ou de relevo deveriam ter de ver a vida como anteriormente viam, antes de chegarem onde chegaram. Mas, parece, não em poucos casos, que ao passarem a estar a um nível superior - o que as pode possibilitar ver de mais acima - deixaram de ver e estar mais baixo, logo a visão fica parcial… E há, vá-se lá saber porquê, uma certa necessidade de ficarem acima, mais isolados… mais distantes… Poder? Não sei! Talvez, ou talvez não!
Augusto Küttner de Magalhães
Um projecto promissor, a seguir com atenção:
- Porto 24, Locais e Eventos, Praça, Planeta Porto, OmeuP24 e o blog da equipa
Uma das notícias - A dois mil euros o metro quadrado,
e um trabalho multimédia - À espera que a vida mude
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PS: Esta reportagem multimédia do JPN ganhou hoje um prémio - Morro da Sé: O bairro "lindo" da gente "nascida e criada" na Rua Escura
«Por isso fala de um governo para a região de Lisboa? Mas isso é a regionalização, que é uma batalha política de desfecho muito incerto.
A criar esses governos regionais, teria de ser pelo menos em Lisboa e Porto. A Coreia do Sul, embora tenha uma cultura completamente diferente, fez a regionalização em duas fases. Primeiro, estabeleceu governos metropolitanos para as suas duas grandes metrópoles. Mais tarde, fez uma regionalização. Era o que fazia sentido. O problema é que não temos essa consciência cosmopolita e cívica para perceber essa diferenciação. Vamos ter de fazer isso integrado na regionalização, numa lógica de cinco regiões.»
Esta excelente entrevista de João Seixas lembra-nos que um dos desafios mais urgentes deste país é libertar-se do despotismo "esclarecido" do centralismo e do feudalismo atávico de muitas das 305 autarquias locais. Um nível intermédio e autónomo de decisão é essencial. A Democracia não pode cristalizar-se num modelo estático sob pena de deterioração e definhamento. O nível de decisão regional legitimado pelo voto é uma das vias sine qua non para a melhorar. Considerar que o país não está preparado para isso é utilizar um argumento reaccionário ao nível daqueles que antes do 25 de Abril diziam que Portugal não estava ainda preparado para viver em Democracia. Nunca estamos preparados para nada antes de passarmos pelas situações e pela aprendizagem que elas proporcionam.
António Alves
- Rui Moreira desejado para a "Porto Vivo"
Outros apontadores:
- Vídeovigilância pode ser desligada de vez
- Obras de 1,1 milhões na Boavista
- Metro começa a operar a 2 de Janeiro a nova linha de Gondomar
- Bolhão pode não entrar em obras em 2011, admite Câmara do Porto
- Norte vai cumprir já em 2010 metas do QREN para 2011
- Porto 24: A rede de informação que quer debater a cidade
- Comerciantes do Porto apostam nos utentes do comboio
- Venda de arte reverte a favor da Diocese do Porto
Diz quem conheceu o SAAL que não esquece... em geral. Quem não conheceu o SAAL, como a minha geração – colheita 1975 – também não esquece porque nunca foi sequer informada sobre o que foi o SAAL. Apenas sei o que foi o SAAL porque se aprende na Faculdade de Arquitectura...
Ao que parece, o Porto também esqueceu de onde vem. Não será só Portugal. O Porto parece não saber que entre 1974 e 1976 foram construidos mais de 3000 fogos: uma operação inédita, e quiçá exemplar, de Participação Popular, de Democracia Directa, de interacção Universidade-População, de alojamento dos mais carenciados na cidade e não fora dela, de alojamento em tecido urbano e não em bairro camarário, de iniciativa popular voluntária e não de espera - que - venham - os - burocratas - do - Estado - Central - ou - da - Câmara - resolver - isto - quando - quiserem - e - à - maneira - dos - Burocratas - de - Estado...
O "processo" SAAL é um processo, porque também conta a maneira como se faz, não apenas o resultado. Quando só conta "o" resultado estamos perante a tecnocracia que raramente resulta, porque exclui o processo, a participação, o Povo. SAAL é Serviço de Apoio Ambulatório Local porque é um Serviço feito à população, porque é de Apoio e não de sobreposição à iniciativa, porque é Ambulatório como uma coisa ambulante que pretende estar "de urgência" âmbulancia onde estiverem os problemas, e Local porque é feito no local, e pelas pessoas "Locais"... O SAAL foi tudo o que agora não se faz na cidade do Porto. Andámos para trás e de que maneira.
... Ler o resto em PDF, incluindo lista de projectos do SAAL
Porque pode ser de interesse para quem se preocupa com o planeamento do território, informa-se o seguinte:
O PDM de Valongo está em processo de revisão. Para debater as questões ligadas ao desenvolvimento sustentável de Valongo e à participação pública na elaboração dos PDM, vai ter lugar uma Sessão promovida pelo BE na próxima 6ª feira, dia 10/12 pelas 21,30 horas. O local desta iniciativa é em Ermesinde, na "Vila Beatriz" - Rua José Joaquim Ribeiro Teles, 734.
Cumpts. José Machado Castro (membro da Assembleia Metropolitana do Porto)
A cultura não é a minha área mais forte, claramente. Mas é cada vez mais intenso o potencial que lhe vejo de alimento de criatividade para o próprio desenvolvimento económico. Até porque tenho tido a felicidade de, aos poucos, começar a privar, e coleccionar como amigos, verdadeiros heróis da cultura, com uma coragem, criatividade e capacidades que reconheço me faltarem e aos empreendedores empresariais de que tanto precisamos neste momento. Ou seja, considero que o empreendedorismo tem muito de arte e criatividade, de risco, de coragem, de enfrentar os outros, para o tal crescimento com inovação, que permita acréscimos de produtividade em valor, a base para termos recursos para depois financiar a Cultura e o Estado Social.
Escrevo em dívida pelo trabalho do Teatro Plástico no Museu Nacional Soares dos Reis, em que o seu lindíssimo edifício e a sua colecção ganham vida à noite na cidade do Porto, numa experiência nova e partilhada de várias artes, teatro, pintura e escultura e outras de que sou ainda mais ignorante. De facto, acabei por concluir que a beleza plástica e a criatividade do ser humano é bem mais rica do que peças supostamente mortas, muitas vezes fruto de estranhas apropriação que a história vem demonstrando. A parte do saque ao museu de Bagdad e da protecção dada ao Ministério do Petróleo é um excelente momento de intervenção política. Aconselho a viverem esta experiência.
No que mais me diz respeito, com a hipoteca do primeiro Teatro Municipal a pessoas festivaleiras de Lisboa por alguns dos “broncos” da Câmara do Porto, a força e perseverança de verdadeiros heróis, como o Francisco Alves do Teatro Plástico, demonstra que é possível até ganhar outra dimensão de intervenção. O que ficou da passagem das revistas pelo Porto? E o que fica de pessoas como Francisco Alves? A minha memória já tem a resposta. A cultura tem de estar intimamente ligada à educação, por isso, no âmbito do MPN - Movimento Partido do Norte, propomos a fusão do Ministério da Cultura no da Educação. Sabem porquê? Para dar uma mais efectiva dignidade à sua acção e porque temos os pés no chão. Assim os recursos poupados nas estruturas de cúpula iriam directos ao apoio aos trabalhos das companhias no terreno, com resultados pedidos e avaliados ao nível do seu impacto na formação e educação. Esta ideia de consolidação do TNSJ numa nova estrutura nacional na OPART é exactamente o balão que esvaziaríamos no primeiro dia para aplicarmos directamente no terreno.
Já há tempos escrevi, considero que o ex-Ministro Pinto Ribeiro, escolhido por engano ou não, acabou por ser um dos mais lúcidos Ministros da Cultura que tivemos, nomeadamente pela sua intenção de canalizar 1% das despesas em obras públicas para a reabilitação do património histórico do país. Esta intenção foi boicotada pelo Ministério das Finanças por uma suposta “acumulação ilegítima de incentivos fiscais que daí decorreriam"!?, que ainda hoje não consegui perceber o que significa. Agora é a reabilitação do Teatro do Bolhão que poderá abortar, por faltarem 300 mil euros do orçamento nacional, que caiu para o baú dos silêncios da actual Ministro da Cultura. Aconselho a procurarem saber quanto custa a reabilitação acordada entre o Governo Nacional e a Câmara de Lisboa para a reabilitação do passeio marítimo desta localidade.
Entretanto, estive na passada 2ª feira no Pequeno Auditório do Teatro Rivoli num Fórum de reflexão e balanço sobre “O Voluntariado no Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social“ e deixo uma pequena palavra para a Sra. Vereadora do Conhecimento e Coesão Social, Prof.ª Dra. Guilhermina Rego, um dos melhores elementos e com maior potencial deste Executivo Camarário, desejando que já esteja restabelecida do foco gripal que a atingiu e perguntando porque é que abandonou a sala entregue à sua sorte, após o discurso de abertura? Já sabe tudo sobre a questão da luta contra a pobreza e a exclusão social, entende que nada iria aprender naquela sessão para depois aplicar ou decidir, tinha assuntos mais importantes, talvez as soluções para criar riqueza no país a estudar, ou confia assim tantos nos seus assessores que ficaram na sala para depois lhe transmitir um relatório? E esse relatório, com certeza, será tão simpático para si e para o seu trabalho que se deitará concluindo que, de facto, tudo está a melhorar na cidade e no país. Tem algum assessor com coragem de mau mensageiro?
Que mania dos decisores entenderem que nada têm a aprender com os Seminários e Fóruns que promovem, apenas os abrindo e encerrando. Se calhar, mais uma pequena razão que justifica que ficam num mundo que não é o real. Há uma diferença entre desejo e realidade. Talvez uma pequena mudança de comportamentos se induza em resultados, que decerto, quer, queremos todos obter.
Porque acredito nos decisores políticos, peço que não se deixem enganar por uma vida tão agitada que não lhe permite a clarividência e a reflexão. Isto para dizer que importante é aquele que sabe não o ser, cada dia. Já tinha sugerido ao Dr. Rui Rio que tomasse todos os dias café na Associação dos Moradores do Bairro do Aleixo, para lá acabar com o tráfico de droga. E, já agora, deixo a dica para se inspirar, enquanto autarca, mais em Jaime Lerner do que em pessoas que são para outras lutas. Ou é esse o objectivo, afinal, e sempre foi?
José Ferraz Alves
Caro Correia de Araújo: Trouxe-me à memória esse edifício do qual fiz algumas fotografias (coincidência feliz). Há três anos tive a sorte de poder estar em Paris. Esse prédio é na margem do canal Saint-Martin. A zona do canal Saint-Martin é conhecida por ser uma zona "popular", "relativamente" barata e algo "alternativa". Porém, a qualidade da construção é mil vezes melhor que qualquer zona popular, barata e alternativa numa cidade empobrecida como é o Porto.
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Focando as temáticas da participação, do direito à habitação e do direito à cidade, o Núcleo do Norte da Associação José Afonso irá organizar uma sessão sobre a experiência SAAL no Porto.
A sessão terá lugar nas instalações da Fundação José Rodrigues, no próximo dia 11 de Dezembro pelas 16h00.
- O nosso problema é o software, sugestão de João C. Costa: "Sobre a saída do La Féria do Rivoli e a falta duma política para a cultura no Porto, este texto foca alguns pontos centrais desta questão."
- Tertúlia: Urbanismo e Sustentabilidade, Bairros e Ilhas do Porto, Quinta-feira 16 de Dezembro, 21h30, no Clube Literário do Porto, sugestão da Campo Aberto
- Conferência Wines of Portugal, 9 a 11 de Dezembro, Alfândega, sugestão de Maria van Schoor, Munna Design
- Bairros sociais com 15 milhões
- Metro do Porto serve 5 milhões de pessoas por mês
- "Duvido que haja bago" para a 2.ª fase do metro do Porto
- Oposição vota contra Orçamento
- Rio diz que propostas socialistas visavam "rebentar" orçamento da Câmara
- CDU acusa Rio de gastar mais dinheiro em "propaganda" do que no planeamento
- Propostas não cumpridas em análise
- PCP denuncia "recibos verdes" ilegais entre os agentes de estação do metro do Porto
- FDZHP aceita ofertas para imóveis que não foram vendidos
- Estudantes do Porto fazem voluntariado no Carriçal
- Porta-jazz estreia-se com festival no bar Galeria de Paris
- Rede de informação Porto24 propõe “ligação que falta às pessoas" (vídeo)
No dia 10 de Dezembro, sexta-feira, será lançado um novo projecto de informação em Portugal. Chama-se Porto24 e é uma rede de informação local, exclusivamente online, dedicada ao Grande Porto. Nesta fase inicial a Porto24 é composta por quatro sites, mas a rede será alargada no futuro. Há mais informações no blogue Lab e no Facebook.
Este projecto nasceu da vontade de dois jornalistas, Ana Isabel Pereira e Pedro Rios, e um produtor multimédia, Pedro Candeias, de criar uma plataforma que congregasse a informação sobre esta área geográfica, dando realmente voz à comunidade de utilizadores e tivesse uma forte componente multimédia. Este projecto está sedeado no Pólo de Indústrias Criativas da UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, na Praça Coronel Pacheco, na baixa do Porto.
No dia 11 de Dezembro, sábado, a partir das 21h, realiza-se uma festa no Bar Era Uma Vez no Porto (Rua das Carmelitas, 162, 1º) para assinalar o lançamento desta nova rede de informação local.
Os quatro primeiros sites da rede são:
- Porto24 - o jornal online da rede Porto24. Dará histórias com densidade, com gente dentro, destacando artigos dos outros sites da rede, mas também comentários de utilizadores, artigos de blogues, ligações a tweets e outros conteúdos existentes na Web.
- Praça - a revista online de arte, cultura e lazer da rede Porto24. Os sítios da moda e os clássicos que já são verdadeiras instituições, antevisões dos principais eventos culturais a acontecer no Grande Porto, histórias de pessoas que põem a região a mexer, os objectos mais apetitosos à venda nas lojas, tudo isto (e mais qualquer coisa) cabe na Praça.
- Locais e Eventos - um guia de sítios e acontecimentos. Neste site, os utilizadores poderão encontrar, de forma concisa e prática, informações sobre onde ir – com a ajuda de fotografias, vídeos e imagens do Google Streetview – e o que fazer no Grande Porto, e serão convidados a contribuir. A publicação de locais e eventos é simples e intuitiva e uma das possibilidades que os utilizadores terão para interagir com a equipa Porto24 e contribuir para o conteúdo da rede.
- A rede social OmeuP24 é o local onde a comunidade de utilizadores se encontrará para discutir os temas que mais lhes interessam. Aqui, cada utilizador terá uma página de perfil, onde encontrará, entre outras coisas, as notícias e reportagens que guardou para ler mais tarde e os locais que quer visitar. O utilizador poderá também recomendar conteúdos a outros utilizadores, criar grupos de interesse e seguir a actividade de outros membros da comunidade.