2010-10-17
Caro Pedro,
Primeiro peço desculpa por ter sempre julgado que és do facínora PS.
Fazes uma pergunta que já me tenho feito muitíssimas vezes e que a minha família me faz constantemente. Como seria o meu comportamento se não tivesse sido filhofamília, e tivesse de enfrentar de caras a corrupção para poder trabalhar em ARQUITECTURA. Não em processos de licenciamento. É isto, não é?
Bem, se bem me conheço faria como centenas de nós diplomados ou licenciados em arquitectura, procurava o emprego menos mau. Numa câmara enquanto me permitissem lá estar. Num atelier enquanto me deixassem. Numa escola enquanto fosse possível... e, naturalmente, se não fosse já velho, acabava por emigrar.
Suportar a mafia e ser mafioso, nunca.
Como sabes isto está como está porque os arquitectos se prostituem. "They have no balls".
Um xi.
JPV
Como facilmente se tem notado, aqui e não só, as “coisas = minudências” que vou escrevendo têm – acho, espero – um certo quê de “cidadania”. E como todos andamos e com razão tão aflitos com a falta de educação que não só instrução, de valores, de princípios, e claro de dinheiro, talvez todos tentando dar umas pequenas ideias, muito pequenas que possam ser, seja possível, ou nem por isso, algo melhorar.
Tive hoje uma conversa com um polícia da PSP – não entendo de graduações, mas era um Polícia, com um P grande. Estava de serviço a um supermercado, unicamente. E, ao entrar, perguntei-lhe se seria complicado ou difícil informar quando possível os colegas que passassem de viatura por aquela zona para os automóveis constantemente aparcados em cima das passadeira, e mostrei-lhe – era unicamente olhar para o exterior -, ali, em frente, dois automóveis fechados, sem ninguém lá dentro – boas marcas no caso, mas não é obrigatório - em cima da passadeira, mais em cima não poderiam estar. O polícia disse-me que aquilo era um escândalo. Que nada podia fazer dado estar de serviço ao supermercado – se fosse no local de serviço, a passar actuaria - e se telefonasse para os colegas até chegarem, o que poderia demorar dado por certo terem chamadas mais urgentes, possivelmente os carros já ali não estariam.
Achei agradável a forma como bem encarou este polícia a situação, e ao contar-lhe a cena que passei no dia 17 junto ao Aeroporto Sá Carneiro mostrou pena por ter colegas assim. E contou-me evidentemente sem identificação vários casos do seu quotidiano como polícia. E algo que concluímos é que de facto a gravidade de muito do que está a acontecer, o facto de muito estar a acontecer, tem a ver com muita falta de educação – que não instrução! E muita miudagem como não houve um: NÃO QUANDO É NÃO! dos pais, não tem a noção dos valores, das responsabilidades... Que fazer, não sei. Mas fiquei muito satisfeito por termos polícias como este Polícia! Aqui no Porto! Também, e ainda bem!
Augusto Küttner de Magalhães
ENCONTROS DE CRIATIVIDADE - Financiamento da Cultura: abordagens públicas e privadas
com João Aidos (Presidente da DGA)
No momento em que o Estado apresenta o Orçamento para 2011, discutem-se nos Maus Hábitos no dia 28 de Outubro, pelas 20h30 as opções estratégicas e modelos de apoio possíveis para a área cultural. O financiamento da Cultura é problemática antiga do sector e de embate com governos e entidades financiadoras. Do mítico 1% francês às estratégias mais recentes no mercado do mundo anglófono tudo conta para financiar a criação. Mais do que tentar encontrar a solução ideal vai-se percorrer um rodízio de hipóteses, guiados pelas mãos de especialistas, para construir uma solução, camada a camada, para o mesmo problema.
A crise mundial, a crise portuguesa, a falta de públicos e a demissão do poder local remete-nos para o purgatório da sobrevivência cultural. A necessidade de encontrar novos modelos de financiamento levam-nos a abordar os diferentes quadros teóricos, pelas palavras de quem há décadas reflecte sobre estas questões, e a ouvir da boca de quem dirige um dos principais institutos de apoio às artes a sua opinião sobre o tema. Entraremos na vida de um profissional habituado a gerir apoios públicos e privados e veremos pelos olhos, privados, de quem financia as artes o seu entendimento do tema. Para que o círculo se feche, ouviremos a opinião de quem tem a seu cargo uma pequena estrutura nunca apoiada por fundos públicos.
Para além da presença de João Aidos (director da Direcção Geral das Artes) contamos com as intervenções de
- Andy Feist (Professor de Indústrias Culturais na Faculdade de Warwick e na City University em Londres);
- João Fernandes (Director do Museu de Serralves)
- Manuel Ferreira da Silva (Presidente Executivo do BPI)
- Ricardo Alves (companhia de Teatro Palmilha Dentada)
Mais informações em PDF.
São justas as críticas que o José Pulido Valente faz enquanto correcção ao meu texto. É verdade, de facto, que também podemos – e até devemos – criticar estas arquitecturas cada vez mais tipificadas, com soluções cada vez menos criativas, e que servem sobretudo preconceitos e vontades do cliente imobiliário... Acaba por aparecer sempre o "material nobre" só para armar ao burguês, pode ser o granito "serrado" ou outro... Acaba por ser um salsichão vendido a metro, uma fachada – tipo – sempre – horizontal, composição simplória (não "simples"). Mas sobretudo acaba sempre por se ter mais fogos, piores, com menos frentes cada fogo, com sempre muito mais quartos de banho, quartos de vestir, portas e mais portas, "espaços de isto", "espaço de aquilo", o clássico e chato "corredor"... etc.
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Desde a última mensagem passou mais um mês de Porto em Conversa com muitos temas variados.
Continuando nas apresentações do IV Encontro Convergir, ficou disponível a apresentação de Pedro Alarcão que apresentou a associação Veranda – Associação para a Conservação e Divulgação do Património de Montanha e os projectos que têm desenvolvido, ligados principalmente à protecção do lobo ibérico.
Como tinha prometido no mail anterior, começaram a ficar online algumas intervenções realizadas no Colóquio “Ilhas, bairros sociais e classes laboriosas” realizado na FLUP. As apresentações que já estão online são a do arquitecto Eliseu Gonçalves sobre os primórdios da questão habitacional e social no Porto referindo como exemplos concretos os Bairros Operários do Comércio do Porto (1899-1914) e Blocos da Rua Duque Saldanha (1938-1940) e da arquitecta Maria Tavares sobre as experiências das Caixas de Previdência no domínio da habitação económica durante o terceiro quartel do séc. XX.
Reparo agora que afinal este foi o mês dos arquitectos já que também inclui a minha entrevista à arquitecta Adriana Floret onde falámos sobre a reabilitação urbana no Porto, as diferenças entre reabilitação e construção nova, as Casas de António Carneiro e a segunda edição das Jornadas de Arquitectura Sustentável.
Do mundo digital ficou a conversa com Tiago Assis e Ademar Aguiar sobre a Internet School on Digital Transformation, um evento que se realizou no Porto de 25 a 30 de Julho. Este evento que é organizado no âmbito do protocolo entre Portugal e a Universidade de Austin tem como tónica central a ideia de que a tecnologia digital está a transformar o mundo e esta conversa serviu para ficar com uma ideia de como correram esses dias (parte 1 e parte 2).
Conto convosco para continuar a acompanhar e a divulgar o podcast.
Para críticas, comentários e sugestões podem-me encontrar em twitter.com/vitorsilva
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blog.osmeusapontamentos.com
- Portocêntrico, de Nuno Gomes Lopes
- “Habitação Low Cost” no Centro Histórico do Porto na “II Projecto Casa”, de Nuno Oliveira
- "tiago.fernandes @ gmail.com", a minha crónica no JN
Continuo a não conseguir entender – e presumo que seja meu defeito mas mesmo assim explicito a situação – quais são os critérios utilizados na fiscalização de mau estacionamento pelas nossas polícias, nomeadamente a PSP, que por norma tento defender pelo bom trabalho mas nem sempre assim será.
No domingo 17 de Outubro, fui ao Aeroporto Sá Carneiro buscar uns familiares e, como havíamos combinado, parei uns minutos antes de hora prevista não da chegada do avião, mas com uma folga superior em 10 minutos à chegada, para dar tempo a estarem quase já no exterior do aeroporto – nas Chegadas antes da fila dos táxis, e minha mulher foi ver se chegavam. Fiquei ao volante dentro do carro. De repente aparece um polícia aos berros, a gritar com todos os que ali estávamos parados dentros dos carros, sem ninguém incomodar. Quando chegou a minha vez, perguntou-me – aos berros – se estava a gozar com ele, se tinha carta de condução, se conhecia os sinais de trânsito, se sabia o que estava a fazer e se queria ser autuado. Como é evidente com uma autoridade nestes preparos nem abri a boca, deixei-o gritar e quando passou para o carro a seguir ao meu, arranquei e à frente recolhi – de imediato e conforme acordado - quem fui buscar e minha mulher, e aí um outro polícia muito correcto deu tempo a que as poucas e pequenas bagagens fossem colocadas no porta-bagagens do automóvel. Como é evidente estava indignado com a forma e conteúdo da abordagem do primeiro polícia. Tento ser cumpridor, claro que não devia ali estar parado, mas não estando a incomodar e estando dentro do carro, poderia retirá-lo em segundos, como de resto o fiz.
Mas se for a pé subir a Avenida da Boavista nos dois últimos quarteirões antes da Casa da Música tenho de andar pela rua, podendo ser atropelado dado haver carros estacionados e bem fechados à chave sem ninguém dentro em pura transgressão e a incomodar, todos os dias a qualquer hora. Se fizer o percurso de automóvel entre o Castelo do Foz e o Castelo de Queijo, pela Avenida Brasil, até ao cruzamento com a Rua do Molhe, raras são as vezes que posso ir pela mão, pela faixa mais à direita, dado estarem aí sempre automóveis em transgressão e a incomodar. No Pinheiro Manso, mais propriamente nas envolventes do Edifício do Lago, todos os dias, a qualquer hora, estão veículos em transgressâo que dificultam o trânsito e a passagem de peões e nada acontece. Os casos multiplicam-se: na Praça do Império, na Avenida da Boavista em frente ao Centrro Comercial Bristol e mais acima.
Não se pede que haja uma caça à multa, mas pede-se que haja mais fiscalização e, havendo permanente transgressão, partam para a multa. E hoje ao se ter uma melhor, bem melhor, opinião das nossas Polícias do que se tinha antes do 25 de Abril no tocante à proximidade com os cidadãos, ao fazer valer com respeito a autoridade e não com medo, ou ameaças, não estraguem, por favor, esta imagem, e procedam sempre em conformidade, por favor, em todo o lado. Será um prestígio para as Polícias, uma melhor possibilidade de circulação por e para todos, e uma melhor actuação, caso a caso.
Augusto Küttner de Magalhães
Nesta minha última entrevista, que partilho, defendo e irei continuar a assumir vivamente este rumo, a importância de não ser retirada liquidez de base à Economia, pela via do IRS, que irá redundar em menor colecta fiscal e em maior prestações sociais de desemprego; que o pagamento nas ex-SCUTs é também um negócio para as empresas da Linha de Cascais, neste caso a Brisa, que vê o tráfego aumentar nas suas auto-estradas dada a sua maior competitividade pelo menor custo; que o "ouro do Brasil" está no sítio que o AICEP dificilmente conseguirá ver: os emigrantes portugueses que pretendem ver a riqueza aplicada nas suas regiões - recuperação de termas, monumentos, agro-indústria, turismo geriátrico, comboios turísticos – e para o que é necessário preparar uma resposta organizada; que a falta de experiência e vocação empresarial dos nossos ministros de base universitária origina que se preocupem com o que sabem - o financeiro convencional e académico - em detrimento do essencial, o económico, as empresas, a realidade; que nos oferecem a visão do utópico TGV para Vigo para nos esquecermos de que precisamos da ferrovia convencional para reduzir as actuais 3 horas de um serviço público que não existe; que fomos roubados no Norte e na Galiza para negócios com a terceira travessia do Tejo; que o Estado existe essencialmente para as falhas de mercado; que é importante "cortar" o Norte horizontalmente pela linha ferroviária do terminal de cruzeiros de Leixões até Salamanca e verticalmente de Foz Tua por Bragança à estação da Alta Velocidade Espanhola de Sanábria, que fica a apenas 1h30 de Madrid, abrindo este mercado ao Douro e a Trás-os-Montes; que os senhores engenheiros da EDP podem aprender como no Egipto da década de 60 se reproduziram monumentos que se iam naufragar pelas barragens, para os quais anexo link com instruções e que há resposta política no Norte ao desnorte do nosso bloco central.
JFA
Teve ontem lugar no Clube Literário do Porto o primeiro dia da conferência “Cidades pela Retoma”. Trata-se de uma iniciativa de promovida pela Associação de Cidadãos do Porto, que vai assim contribuindo activamente para a dinamização da “sociedade civil”. Havendo vários pontos que considerei interessantes no decorrer das intervenções, gostaria de destacar os seguintes:
- 1. A necessidade de coordenação política e estratégica dos municípios da área metropolitana. Só possível porventura através da eleição directa dos órgãos da AMP e da transferência de poderes do estado central e dos próprios municípios).
- 2. A pertinência de uma maior participação dos cidadãos no planeamento e no monitoramento de vários aspectos da gestão urbana. Isto permitirá uma maior transparência e uma melhor gestão dos orçamentos disponíveis. Refira-se que existem várias experiências internacionais (e até nacionais) de definição de orçamentos participativos.
Hoje à noite há mais.
João Medina
- Tertúlia "Orçamento de Estado para 2011", 20 de Outubro, 21h30, no Palácio da Bolsa, da Comissão Política Concelhia do CDS/PP Porto
- Cidades pela Retoma, 20 e 21 de Outubro, 21h00, no Clube Literário do Porto, lembra Miguel Barbot
Há muito tempo que acompanho as tuas entradas neste blog sempre com satisfação por haver alguém que diz o mesmo que eu penso. Para além, claro, daquilo que te é próprio mas com o qual não discordo quando não é propaganda do teu partido.
Hoje preciso de arengar.
O caso do projecto do Rogério Cavaca na marginal foi comentado por ti partindo de pressupostos que de modo algum posso deixar sem comentar e tentar corrigir. Criticas a CMP por deixar construir ali quando devias criticar por deixar construir aquilo. Partes do principio de que não há nada que inventar e há que aplicar mais do mesmo. Isto é o estafado caixote de quatro frentes, esquerdo direito ou com galeria. Errado. Ao arquitecto é exigido que com um terreno qualquer INVENTE solução de arquitectura. E não que recorra à memória do computador e faça o mesmo que tem feito sempre sem pesquisar e progredir.
Se porventura a solução não cumprir com o esquema financeiro (ganancioso) do investidor, da maneira única que ele sabe, o que o arquitecto tem a fazer é dizer que o que lhe encomendaram foi um projecto de arquitectura e não um processo de licenciamento que utilize toda a capacidade construtiva que o PDM permite. Não esquecer que os valores permitidos são máximos e nada impede que se faça menos a não ser a suposta ganância. Suposta porque há maneiras de gerir a economia do processo de modo muito satisfatório (tanto mais num sítio deste com arroubos de luxo).
Portanto, amigo, o arquitecto NÃO pode servir para aprovar processos de licenciamento que nada têm a ver com arquitectura. Nisso tens razão: aquilo (e tudo o mais que tem vindo a ser feito, mesmo os prédios do Álvaro e do Eduardo) não é arquitectura, é um vestido que conserva a velha solução de galeria mas com gravíssimas implicações e que a CMP devia ter impedido que fosse construído se soubesse o que deve fazer para gerir a cidade.
Fica a saber que a galeria que imaginas ligar os vários fogos retira a segunda frente dos fogos do meio (são quatro: dois nas pontas e dois na galeria). Deste modo dos quatro dois são fogos de uma frente. Quanto aos das pontas têm os serviços virados para o enorme talude (não é precipício) e as salas de jantar também mas com o artifício de estarem ligadas às salas de modo a que se diga que está tudo a Sul e a janela a Norte é só para cumprir regulamento.
Lamento que ninguém se lembre que há maneiras de fazer arquitectura que, contrariando à primeira vista a ganância, permitiriam construir ali fogos espectaculares sem quaisquer inconvenientes sanitários ou outros e com grande potencial económico. Onde estão os espaços exteriores privativos daqueles fogos? Se uma solução desse amplos terraços em frente a cada fogo todo ele virado para Sul (sem ser ilha como é no caso de que falamos) não seria possível gastar menos dinheiro na construção e vender mais caro menos fogos? Afinal é luxo, não é?
Não se deve permitir que se faça o máximo de construção o mais barato possível para o mercado previsto.
"Salut"
JPV
“No sentido contrário, há trânsito lento porque a rua é estreita e só tem uma faixa, consequência da introdução da ciclovia.”
Permito-me voltar a este tema, e também discordar deste comentário. Por qualquer razão, que me ultrapassa, todos nunca temos a culpa de nada, é sempre dos “outros”. Se quiserem verificar no local qual o motivo que faz com que o trânsito pare e arranque em permanência no troço da Senhora da Luz, basta em horas de movimento estar 5 minutos a pé, no local. No espaço entre o Café Moreira e a Farmácia da Foz, todo o automobilista tenta parar, estacionar de qualquer forma ou feitio, para ir comprar o jornal, para ir “num instante” ao Pingo Doce, etc., etc., e claro que todos os automóveis que vêm atrás ficam embarrilados, e parados, e como todos fazemos o mesmo, mas são sempre os outros, aquilo “não anda”.
Se se quer apostar em que “não valia fazer a ciclovia” na Curva do Mónaco, que o espaço para automóveis ficou muito reduzido, que está muito feio, pronto!, digam-no abertamente, arranjar sempre outros motivos para defender as nossas opiniões é um hábito que nos faz estar sempre demasiado inclinados nos nossos umbigos... cada um tem o seu.
Augusto Küttner de Magalhães
Na marginal, o bloco habitacional implantado nos antigos terrenos da cimenteira SECIL configura um interessante exemplo de uma construção num lote de características bastante peculiares: Uma frente muito extensa e uma profundidade aparentemente insuficiente, dada a sua proximidade relativamente “ao” precipício. Imagino que os seus (talvez) 15m de profundidade pareçam “pouco”, embora seja uma medida corrente para uma profundidade urbana (profundidade de edifício, não profundidade de lote). A acrescentar ao facto de aparentemente o edifício possuir pela força das circunstâncias “apenas uma frente útil”… Mais correctamente: Duas frentes - uma frente muitíssimo útil com as melhores vistas para a Afurada / Rio Douro e uma frente aparentemente “muitíssimo inútil” com vista e serventia de precipício, para o qual em princípio estará voltado o corredor que - imagino - ligue as várias peças e eventualmente os sanitários ou algum outro compartimento considerado “menor”.
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Se o senhor Luís Gomes pretende ser levado a sério, era conveniente lembrar-se que o Dr. Rui Moreira, que se saiba, não apoiou quaisquer tentativas de condicionamentos de dirigentes e árbitros, apenas se limitou a ter a dignidade de recusar a continuar a participar num programa completamente manipulado pelo Benfica.
O Sr. Luís Gomes devia lembrar-se também que "o poder judicial já investigou o que tinha de investigar e divulgou as conclusões" no que concerne ao tema abordado no programa Trio de Ataque por um adepto benfiquista. E, foi exactamente por já ter sido investigado e julgado por quem de direito [os tribunais] que esse adepto cometeu uma ilegalidade, e o Dr. Rui Moreira decidiu, em boa hora, abandonar o programa que o Sr. Luis Gomes teve o desprazer de fazer zapping... Portanto, fica assim devidamente informado de quem é o pau mandado do "clube" e... da RTP.
Patrick Lynch | Lynch Architects - conferência em trânsito #034
Porto, 20 de Outubro 2010, Quarta-feira, 22h00 - Casa da Música – Sala 2
A Ordem dos Arquitectos Secção Regional Norte, OASRN, promove a 20 de Outubro, Quarta, 22h00, a conferência 'em trânsito' #034 proferida pelo arquitecto inglês Patrick Lynch do Atelier Lynch Architects. A iniciativa integra as comemorações do Dia Mundial da Arquitectura 2010.
Lynch Architects é um premiado atelier fundado em Londres por Claudia e Patrick Lynch, juntamente com David Evans. O atelier foi distinguido com o Building Design's Young Architect of the Year Award 2005-6 e representou a Irlanda na Bienal de Veneza de 2008. Claudia e Patrick Lynch têm apresentado conferências em várias instituições de prestígio, como a Cooper Union, da Universidade da Pensilvânia, Trinity College Dublin, Cambridge, Edimburgo e Associação dos Arquitectos de Bergen. Os seus clientes incluem a Land Securities, Multiplex, Hammerson, Urban Splash, várias autoridades locais e alguns clientes privados. Embora o atelier tenha vindo a desenvolver sobretudo projectos de grande escala, o seu trabalho inclui também casas residenciais e empreendimentos comerciais de artes e projectos comunitários, dando bastante importância às características sociais, ecológicas, históricas e económicas dos locais.
Patrick Lynch descreve assim o seu percurso profissional “dirijo um atelier com 15 pessoas em Clerkenwell, no centro de Londres, junto com dois co-directores: a minha mulher Claudia Lynch e o nosso sócio David Evans. Nasci em 1969 fora de Londres. Estudei Arquitectura na Universidade de Liverpool (1987-93), em seguida trabalhei na Alemanha durante dois anos. Concluí, então, um Master of Philosophy na Universidade de Cambridge (1995-96). Ensinei na Architectural Association 2001-03 e ensino na London Metropolitan University desde 2005. Nesse ano, Lynch Architects ganharam o Prémio britânico de Jovem Arquitecto do Ano. Em 2008 representei a Irlanda na Bienal de Arquitectura de Veneza. Actualmente, o atelier desenvolve uma série de grandes edifícios e espaços públicos em Londres, incluindo uma nova biblioteca pública e habitação social em frente a Victoria Station; um conjunto de escritórios e parque urbano com 37.000m2 em frente à catedral de Westminster. Estamos também a trabalhar na renovação dos espaços verdes da abadia de Barking, na parte oriental de Londres, onde as ruínas históricas e os antigos jardins serão integrados num plano de pormenor para re-ligar o centro urbano ao rio, através de uma nova paisagem que incorpora áreas de lazer, teatros ao ar livre, equipamentos desportivos e diversos enquadramentos para arte pública e experiências de interpretação da história do sítio. Encontro-me ainda a trabalhar no Doutoramento Praxis em part-time, sob orientação de Peter Carl e Joseph Rykwert, que investiga o papel, se existe, que a escultura pode desempenhar na prática arquitectónica contemporânea. Visitei o Porto inúmeras vezes, já, e sou um enorme fã da cidade e dos seus arquitectos".
O arquitecto Paulo Moreira fará a introdução da conferência.
Mais informações em www.lyncharchitects.co.uk
Os bilhetes para a conferência no Porto custam 3,00 euros e estão à venda única e exclusivamente na bilheteira da Casa da Música. A conferência será proferida em inglês, sem tradução.
Algumas imagens da conferência "em trânsito" #034 estão disponíveis para download
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Carolina Medeiros, Assessoria de Imprensa, 222 074 255 / 919439581, comunicacao@oasrn.org, www.oasrn.org
Notas: o ciclo de conferências de arquitectura “em trânsito” é uma linha de programação aberta da OASRN que tem como objectivos: apoiar, partilhar e ampliar a programação cultural em função de oportunidades de presença de conferencistas num território nacional ou vizinho; estabelecer parcerias com outras instituições para alargar o âmbito de participação em eventos por estas organizadas. O ciclo, iniciado em 2005, já contou com a participação dos arquitectos Nikolaus Hirsch (Alemanha), Florian Nagler (Alemanha), Marcel Meili (Suiça), Juan Ignacio Intxausti (Espanha), Mark Wigley (Estados Unidos), Hans Ibelings (Holanda), Walter Angonese (Itália), Sergison Bates (Inglaterra), Peter St. John (Inglaterra), Angel Alonso (Espanha), Andrej Hrausky (Eslovénia), Sheila O’Donnel + John Tuomey (Irlanda), Hermann Czech (Áustria), Jamie Fobert (Canada), Marion Weiss + Michael Manfredi (E.U.A/Itália), Alexandros Tombazis (Íem), Andrea Deplazes (Suíça), David Adjaye (Tanzânia/Inglaterra), William J. R. Curtis (Inglaterra) + Eduardo Comas (Brasil), Plasma studio (Inglaterra), Eduardo Souto Moura + Álvaro Siza (Portugal), Günther Vogt (Liechtenstein), Gesine Weinmiller (Alemanha), Gary Chang (China), Gesine Weinmiller (Alemanha), Práticas Pares / Pairing Practices com Alain Roserens, José Manuel Carvalho de Araújo, Nuno Brandão Costa, Yves Stump, Jean-Paul Jaccaud, Paula Santos, João Pedro Serôdio e Andreas Bründler (Portugal/Suiça), Yung Ho Chang (China), Eloy Algorri García (Espanha), João Carrilho da Graça (Portugal), Sylvia Ficher (Brasil), Denise Scott Brown (Zimbabwe/EUA) e Grafton Architects (Irlanda).