De: Luís Gomes - "Anotações telegráficas"

Submetido por taf em Sexta, 2010-10-15 14:06

Saída do comentador Rui Moreira do Trio de Ataque:

Tive o desprazer de fazer zapping e prender a minha atenção no Trio de Ataque. Uma vez mais, presenciava as picardias as vozes exaltadas dos comentadores e as trocas de galhardetes muito pouco subtis. Quando o assunto são escutas telefónicas estala o verniz: sim as escutas do Pinto da Costa, L.F.Vieira and friends. Para quem não sabe, andam aí mais umas quantas gravações de conversas sobre futebol com conteúdos e propósitos tão óbvios que não me alongarei em comentários. O comentador adepto do FCP decide sair por não concordar com a introdução desse assunto no debate. Está na sua livre vontade. Eu também não concordo com escutas apresentadas numa qualquer rede social e sem serem antes ouvidas pelo poder judicial. Não posso é deixar de dizer que, deixando de parte a forma e focando no conteúdo, o que eu entendo que deveria ser a postura deste e de qualquer outro adepto seria condenar tentativas de condicionamento dos dirigentes e árbitros e exigir que o poder judicial investigue e divulgue as conclusões. Nem sempre é assim.

Fiquei impressionado com a nota à imprensa do FCP que diz: "não apoiará qualquer sócio ou adepto que venha a ser enquadrado como representante do clube, nem lhe prestará qualquer tipo de informação" deduzo daqui que o clube tem direito a ser consultado para a nomeação da pessoa A ou B e que no programa está um indivíduo indicado pelo clube para se representar. Eu como telespectador sinto-me defraudado porque acredito que os 3 comentadores estão lá porque são personalidades de relevo e cujo o seu comentário é valorizado, não são paus-mandados dos clubes. Perante isto não ouvi nem a RTP nem o Rui Moreira a demarcarem-se deste comunicado. A RTP porque quer entrar no Estádio do Dragão sem ser amordaçada e o Rui Moreira porque, a meu ver, não quer criar uma má relação com a actual direcção do FCP.

Esplanadas da Praça de Lisboa:

Afinal a construção não tinha sido efectuada ao abrigo de todas as licenças necessárias. Algumas considerações:

  • 1) Existem demasiados pareceres e emissões de licenciamento. Há gente a mais para decidir coisas de uma escala tão reduzida;
  • 2) A oposição está maravilhada. Como não conquistou a opinião pública relativamente ao mau enquadramento urbanístico, "acorrentam-se" aos pareceres com uma atitude do "eu não te disse..."
  • 3) Pessoalmente acho que as esplanadas têm uma volumetria exagerada, mas não sou contra. Gostaria que a oposição fosse contra (eu eu sei que é mas não com a veêmencia que se lhe pede) o estacionamento selvagem, consumo de drogas ao ar livre, botellon e a abertura de estabelecimentos sem licença nocturna.
  • 4) A maioria não esteve à altura do exigido, porque não soube sensibilizar os proprietários para os efeitos adversos de uma construção que, a ser feita, obrigaria a pareceres adicionais.

Ciclovias na marginal:

Como eu tive oportunidade de ler um artigo do blogger Nicolau Pais aqui publicado e o qual subscrevo, não concordo com a forma como se entalam ciclovias entre peões e automóveis. O exemplo do viaduto da Senhora da Luz é prova disso. A ciclovia tem a mesma largura da rodovia e do passeio. Além disso, anda aos ziguezagues pela marginal fora, ora em cima do passeio, ora pelo meio das árvores, ora ao lado dos carros. No sentido contrário, há trânsito lento porque a rua é estreita e só tem uma faixa, consequência da introdução da ciclovia. Como peão também não me agrada saber que se atravessar na passadeira o automobilista (normalmente) pára. O ciclista faz de conta que nem vê os peões porque acha que a ciclovia é prioritária.

Hard Club:

É um sinal de que a cidade está bem viva e a regenerar-se, essencialmente pela mão da iniciativa privada. Mas aqui a Câmara, cumprindo o seu papel, actuou como elemento impulsionador e facilitador deste novo equipamento. Para mim isto é um exemplo de devolução dos equipamentos aos cidadãos, atribuindo-lhes utilidade.