2010-07-04
Há duas semanas divulgamos o abate de árvores que se verificou na Circunvalação bem como a resposta da Câmara do Porto. Depois disso surgiram bastantes comentários que ajudam a perceber um pouco o que se passou e as dúvidas que muitos de nós levantámos. Também no site Árvores de Portugal esta questão foi abordada, Bernardino Guimarães incluiu-a numa das suas crónicas habituais e a Quercus divulgou um comunicado a que nós nos associamos e que lemos na sessão do dia 28-jun-2010 na Assembleia Municipal do Porto. Podem consultar a totalidade desse comunicado no site da Quercus mas destacava o último parágrafo.
“Sabemos que esta empreitada foi da responsabilidade da Estradas de Portugal mas, na medida em que foi feita com o apoio dos serviços da CMPorto, gostaríamos de pedir à Assembleia Municipal que pedisse ou solicitasse aos serviços da câmara ou à Estradas de Portugal o estudo que serviu de base a esta intervenção e o divulgasse ou no site da Assembleia Municipal, ou na sua inexistência, nos sites dos grupos parlamentares aqui representados. Como em muitas situações anteriores, defendemos ainda que as intervenções deste tipo devem sempre ser antecedidas, em prazo alargado, de dois passos imprescindíveis:
- publicação dos estudos de avaliação das árvores (relatórios técnicos e não técnicos), com a indicação explícita da intervenção a executar, do seu autor e da data de publicação;
- informação à população por via de vários canais ao dispor, nomeadamente através da Internet e da afixação de informação, no próprio local, sobre o que vai ser feito.”
Vítor Silva
pela Campo Aberto
Umas horas passadas após participar no Seminário que a CCDRN promoveu em 7 de Julho no Mosteiro de S. Bento da Vitória sobre a Regionalização, e após feita uma primeira digestão do que lá ouvi, bem como das bem falantes forças que sempre surgem tão excessivamente empenhadas em nos fazer ver a certa luz da verdade, tenho por claro que o rumo para a constituição da Autonomia Administrativa, e quem sabe de evolução para a Política, passa indispensavelmente pela força de um novo Partido Político.
Dos “Senadores Políticos”, como Mota Amaral, ficou bem claro o que pensam dos Movimentos de Cidadãos, catalogando-os como riscos de potenciais praças de vaidade de afirmações de egos particulares e individualistas, pelo que admitiu poderem ser ouvidos se passado previamente um crivo de avaliação (claro que está assustado com os mais de 50% de abstenções em eleições regionais, mas só se capitalizados para outra força política). Outros técnicos presentes, assessores dos Governos Regionais e Nacionais, lamentaram-se com a dificuldade que determinados Movimentos criam na implementação de decisões tomadas por quem recebeu legitimidade democrática do voto. Já Pedro Duarte do PSD, a dado passo, referiu o excesso de Democracia Popular em que vivemos, que se deveria limitar mais ao momento do voto (sempre em perfeita sintonia e em relação de auto-ajuda com Francisco Assis). O próprio Rui Rio viria a declarar outro poder, o judicial, como altamente limitador da sua actuação como poder político, o que me deixou ainda mais perplexo. Não foi o que aprendi da Revolução Francesa sobre a separação de poderes.
Também considero que um dos principais problemas do país passa por não nos focalizarmos nas funções que exercermos, acabando por querer tomar em mão outras, sem fazer correctamente as nossas. Por exemplo, o Turismo de Portugal agora quer ser “Universidade de Hotelaria”, enquanto casos como o da Agência de Viagem em dificuldades financeiras e dos direitos dos seus clientes não lhe perturba o sono, dado ser a sua responsabilidade limitada à fiscalização da prestação de uma garantia bancária de 25 mil euros.
Assumindo que compete aos Partidos Políticos esta função de poder concretizar a regionalização, após ouvidos os 4 Partidos Políticos participantes (ausência do CDS-PP), já a pergunta lançada por Pedro Baptista da parte de manhã, sobre a existência ou não de vontade política de fazer a regionalização, foi premonitória do que se passaria da parte de tarde. Percebi perfeitamente a coordenação de alguns Partidos no sentido em que nada mude, mas sem destruir o sonho do povo que quer a regionalização. O Bloco de Esquerda está mais à vontade, porque está num processo de conquista de mais poder e interessa a destabilização dos interesses já consolidados, a CDU em articulação com o que do texto Constitucional mais lhe interessa, em cada momento, para nada mudar, e, sobretudo, o PS e o PSD perfeitamente concertados em poder fazer, quando chegar o momento certo, ou seja, em não perturbar os interesses económicos que subsistem presentemente dada precisamente esta forma de organização. Regionalizar será colocar em risco esta promiscuidade entre o político e o económico, da qual vivem os funcionários destes partidos.
Concordo com quem me disse que com estes Partidos não vamos lá. Expliquem-me agora como é que lá se chega sem os Partidos Políticos? O ovo de Colombo está num novo Partido que persiga este objectivo por o entender como o instrumental para o que interessa, o desenvolvimento do nosso país, ou seja, cada vez mais emprego qualificado e bem remunerado. Um novo Partido que lance o debate de afinal qual é a função do Estado na Economia: accionista de empresas públicas e privadas ou perseguir os seguintes três objectivos, a eficiente afectação dos recursos económicos, a função redistribuição de rendimento e a função estabilização económica?
Não há vontade política do PS e do PSD, alinhados, em fazer a regionalização. Há vontade dos cidadãos. Como a transmitir aos Partidos Políticos é agora o desafio. Como não considero, pelas razões atrás apontadas, que quer Movimentos de Cidadãos quer os Partidos existentes sejam a via, e como acredito na necessidade de especialização de funções e de competências, opto já pelo novo Partido.
José Ferraz Alves
Totalmente de acordo com o que a Cristina Santos escreve sobre este tema. De facto muito deveria ser melhor feito em favor do nosso património, e ao referir “limites” a Cristina, no caso concreto do/ao Património e à sua não destruição também por falta de informação, como bem refere, talvez fosse importante alargar a base de acção dos “limites” a mais situações, dado que se perderam as estribeiras e vale tudo, todos acham que limites é para os outros, nunca para nós!
No caso a representatividade histórica deveria ser um valor a ter em conta, de modo algum ficando virados para o passado, bem pelo contrário o mais virados possível para o futuro, mas com valores que vêm do passado, que são positivamente diferentes e que por isso mesmo devem ser conservados, nunca descaracterizados, a bem de todos, do País, do Porto, do Norte, da nossa Cultura, o que hoje é algo que é tremendamente defensável a bem do presente e do futuro, quando tantos falam que a Cultura se perde só por culpas da Ministra! E será só da Ministra da Cultura a culpa? Não é! Mas de facto falta informação, faltam explicações, algo que é demasiado transversal “cá entre nós”! Ainda podemos mudar, com menos politiquices e mais cidadania e civilidade!
Augusto Küttner de Magalhães
Comparativamente por exemplo a França os limites que a Porto Vivo impõe são absolutamente nada, aliás nesse país, e pelo que me é dado a ler, a maioria das intervenções por aqui realizadas seriam na actualidade proibidas. Acontece que a Porto Vivo se vê obrigada a condescender, a sociedade portuguesa não tem informação para valorizar o património, e consequentemente não existiria qualquer intervenção se não fossem alargados “todos” os limites. Necessitamos de intervir com urgência. O risco é enorme, há inúmeras habitações degradadas ou paredes meias com prédios em ruína, portanto condescende-se, valores humanos se levantam.
Julgo, que para minimizar e até auxiliar ao melhor ganho intervencional, seria do interesse de todos, a publicação por parte das entidades competentes, de brochuras e compêndios informativos acessíveis, distribuídos gratuitamente, e relativos às particularidades dos nossos edifícios e o valor que representam. Dessa forma, os proprietários e investidores estariam alerta e conscientes daquilo que possuem e por ignorância, ou descalabro do aconselhamento técnico, na maioria das vezes arrasam, agarrando-se apenas a perfis de fachada, que ainda que sejam valiosos, tratam de um valor exterior, publico. O interior, onde reside a essência do fenomenal é completamente depreciado. Há dificuldade extrema em tentar provar o valor da representatividade histórica. A actualidade não se compadece de pormenores, pura falta de informação.
Poderá alegar-se que não há mercado para este tipo de habitações estilo "regresso ao passado", na minha opinião é um segmento importante e com elevada procura (turismo, arte, habitação individulista, etc), deviamos aproveitar o resultado da experencia em outros paises da Europa, mas a experiencia do ponto onde ela está actualmente, evitando cometer os erros que outros comenteram e hoje tentam emendar. Deixo excerto «Le droit du patrimoine - Suivis de voeux, faisabilités, affaires diverses»
“Pour autant, une fois la sécurité et la protection dês personnes assurées, cette maison du début du XVIII siècle, ne menace pas véritablement ruine et mériterait d’être réhabilitée. Celle-ci doit être intégrée au projet de logements sociaux envisagé, afin de valoriser et d’ancrer plus certainement l’opération dans une continuité urbaine, puisque cette construction constitue l’un des rares témoignages de l’urbanisation du début du XVIIe siècle dans ce quartier du 11e arrondissement. La Commission du vieux Paris a renouvelé son voeu, suite à l’arrêté de péril délivré le 4 juillet 2006, pour que l’édifice datant du XVIIe siècle et qui a conservé sa distribution d’origine, en particulier son escalier à balustres en bois rampe sur rampe, soit conservé et consolidé rapidement au 22.” (verifiquem por favor a escada)
“(…) Afin de réunir les unités foncières et d’aménager une seule salle de restaurant au rez-de-chaussée, le propriétaire souhaite la suppression du mur de refend ancien séparant les deux constructions. Ce permis est refusé par la Commission, considérant qu’il s’agit d’une atteinte importante au bâti ancien. Le DHAAP a par ailleurs entrepris une négociation avec l’architecte du pétitionnaire afin de satisfaire à son projet d’aménagement tout en minimisant l’impact des démolitions.”
Podem consultar mais nesse site, também trata de reabilitação por quarteirão.
Cristina Santos
- Câmara tenta agora vender casas e terrenos espalhados pelo Porto por ajuste directo - sugestão de Patrícia Soares da Costa
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Desde 2 de Julho a 10 de Outubro de 2010 - EXPOSIÇÃO: CONTRA O MURO
Exposição de Marlene Dumas, artista nascida e criada na África do Sul e a viver na Holanda desde 1976, está patente em Serralves, com: Contra o Muro. Uns quadros tremendamente expressivos e sofridos, quer para quem os pintou, quer para quem os vê, dado que nos transportam directamente ao conflito israelo-palestiniano. A confrontação do ser humano com um mundo hostil, com expressões de inquietude, perante a dor e até a morte.
A tónica é a suposta dominação, ou talvez, o necessário / pretendido / exigido controlo de Israel sobre a Palestina, com tudo de polémico que daí advém e para o que, ainda, se não vislumbra uma necessária pacificação, com espaço para dois países, vivendo num lugar pequeno, mas onde por certo “caberão”. Podemos ver rostos de sofrimento, de angústia, de mal-estar, de pessoas a viverem naquela região tão conturbada mas por certo que – hoje século XXI, primeira década – podemos transportar esta “dolorosa visão” para outras parte do Mundo que nunca só o Médio Oriente, e que nunca só por culpa e causa dos judeus. Esta exposição deve ser revisitada, para melhor absorvida, e para se recuar na desumanização da Humanidade.
Augusto Küttner de Magalhães
- Etapa portuguesa de 2010 da Red Bull Air Race cancelada pela organização
Também no Público e no JN. (Comentário de Carlos Cidrais: "A "crise" tem as costas largas. Veremos agora se em 2011 se realizará em Lisboa, tal como programado.")
Na RR: A empresa alega que esta decisão resultou do "inesperado atraso" no processo negocial - E Gaia parte a louça: «a autarquia de Gaia manifesta a sua “estranheza por este desfecho” e, enquanto reitera a sua disponibilidade para assumir “todos os compromissos que acordou”, culpa “os responsáveis do Turismo de Portugal e de alguns autarcas que revelaram, em todo este processo, falta de profissionalismo e pensaram exclusivamente no benefícios das suas agendas políticas próprias”.»
Comunicado da Red Bull: Final round of the Red Bull Air Race World Championship 2010 in Portugal Cancelled - "time simply ran out".
PS:
- Red Bull Air Race: esclarecimento da Câmara do Porto - É evidente o atrito com Gaia...
- Red Bull volta para o ano? Logo se vê
- Rui Rio mostrou-se supreendido com o cancelamento da prova - vídeo
Ao ler os comentários do Pedro Figueiredo e do Alexandre Burmester tornou-se para mim evidente que não me consegui explicar bem no post anterior. O que eu quis dizer foi que compreendo e aceito duas posturas alternativas para protecção dos centros históricos:
- ou há restrições muito grandes, exigindo-se o uso de técnicas e materiais tradicionais;
- ou não há restrições nenhumas a não ser a análise da qualidade da proposta.
Receio ter anteriormente exposto mal este segundo caso. Não concordo é que haja "meias restrições" e se facilite na análise da qualidade.
Para o desenvolvimento de projectos de Reabilitação (não restauro) não há duas alternativas nem três, há todas. Depende fundamentalmente da qualidade do que se faz. Qualidade no Programa, no Desenho e na Construção.
Os exemplos que o Pedro Figueiredo trouxe são bons exemplos, os do Tiago são maus, mas estão longe de serem os piores. Confesso que o que mais me irrita nestes exemplos nem é o desenho, porque não são assim tão aberrantes, mas o completo desconhecimento das técnicas de construção. Basta olhar para perceber que andaram a rebocar com cimento paredes de pedra, e a seguir pintam-nas com tinta plástica. O resultado está bem visível na terceira fotografia, obras novas em pior estado do que as antigas. Aliás um bom exemplo de algumas intervenções do antigo CRUARB.
Alexandre Burmester
Sem ter um conhecimento profundo de qualquer destes três edifícios que fotografei - respectivamente na Rua do Bonjardim, Rua do Paraíso e Rua da Boavista, parecem-me estes três exemplos no entanto, interessantes reabilitações com inteligência e equilíbrio entre uma ideia de “novo” e uma ideia de “antigo” sem cair na má qualidade que se nota em certos casos como o caso que o Tiago (TAF) trouxe – e bem – à discussão. Uma vez mais, acho que o mais importante é a qualidade (seja ela o que for...), quer a ideia seja “novo”, “restauro de antigo” ou “reabilitação mix”. E sim – claro que temos de ter critérios de qualidade aferíveis para avaliar e aprovar reabilitações que “misturem” novo e antigo.
Fantástica reportagem esta sobre o trabalho de Pediatria do Hospital de São João, não só na sua vertente de acolhimento de crianças que se deslocam a Portugal (ao Porto...) para receberem tratamento/cirurgias que pura e simplesmente nunca poderiam obter nos seus países de origem, mas também na fixação de recursos técnicos e humanos em permanência na Ilha de São Tomé, onde ainda se pode morrer de raquitismo tão só porque falta um mero comprimido de Vitamina D.
"Hospital Sem Fronteiras" é o título da reportagem da autoria de Paula Rebelo emitida ontem pela RTP 1, e que muito diz sobre o Porto, cidade aberta e internacional e o seu "São João" que também é Hospital.
Cumprimentos a todos.
Nicolau do Vale Pais.
A propósito deste tema, sobre o qual o Tiago já várias vezes se manifestou, envio-vos esta ligação do Financial Times sobre o aproveitamento dos terraços para agricultura urbana em Londres e nas metrópoles norte americanas. Nós por cá nem disso precisaríamos. Temos ainda muitos pequenos quintais e terrenos livres onde se poderia praticar esta verdadeira "indústria criativa".
António Alves
A recente apresentação no Auditório da Casa da Cultura de Paredes do Projecto da Cidade Inteligente constituiu a meu ver um exercício raro de incapacidade de concretizar uma ideia, expondo-a com verdade. Afinal no início todos se interrogavam: o que era a Cidade Inteligente? A sessão foi pouco clarificadora. No fim pergunta-se: que “Cidade Inteligente” irá existir no futuro?
Uma promotora, a Living PlanIt, dispõe-se a dar origem a uma cidade tecnológica a construir dentro de 2 a 3 anos, chamada Planit Valley. Um dos primeiros inquilinos da cidade visionária é a Cisco Systems com quem a Planit Valley assinou uma carta de intenções para a construção de um Centro de Inovação Global para serviços em rede. Onde se localizará a cidade das novas tecnologias? Em 17 km2, em terrenos das freguesias de Parada de Todeia, Recarei, Sobreira e Aguiar de Sousa, do sul do Concelho de Paredes. Em terrenos ainda não adquiridos, indefinida a entidade aquisitora (Câmara Municipal? Planit Valley? Ambas?) embora se fale em financiamento bancário. A 1.ª fase do projecto reserva o direito de se instalar em 40 ha, com investimentos de 10 mil milhões de euros, com dezenas de milhar de postos de trabalho e 12.000 parceiros de pequenas e médias empresas.
O Secretário de Estado da Energia e Inovação Carlos Zorrinho apadrinhou a iniciativa, deixando expressas palavras de indesmentível entusiasmo. Certamente muito mais foi dito, mas a ausência de tradução das intervenções em inglês de alguns dos mais importantes protagonistas dificultou a busca dos contornos reais do projecto. Acresce que o tempo previsto no convite para perguntas e respostas se reduziu a uma informal conferência de imprensa nos Jardins da Casa da Cultura dada pelos protagonistas estrangeiros á comunicação social, sem presença ou participação do restante público.
Há perguntas que não sendo até à data respondidas deixam fortes dúvidas no ar. Qual a verdadeira dimensão do empreendimento, área envolvida e limitação funcional / administrativa da nova cidade? Qual a política de expropriações, compra de terrenos, direitos dos proprietários que não querem vender as suas propriedades? Quais as alterações do PDM concelhio? Quais as mais-valias criadas para as freguesias e populações, serviços comuns com a nova Cidade, e dividendos das empresas localizadas na Cidade Inteligente?
Alega-se que há muito caminho andado, muito estudo elaborado, muito projecto parcelar. Não duvidamos. Refere-se a existência de um necessário sigilo, uma confidencialidade benéfica. Sabe-se contudo que o interesse público exige respostas adequadas, transparentes e não dúbias. Não se compreende que as autarquias locais, as freguesias, não sejam informadas. Sendo o Projecto assim exposto tão importante pelo investimento propalado, pela criação de postos de trabalho anunciada e pelo prestígio nacional que se anteveria, não se compreende a ausência das principais figuras do Executivo, como Primeiro Ministro, o Ministro da Economia, o Ministro das Finanças, o Ministro da Ciência e Tecnologia, o Ministro do Trabalho, os responsáveis do Comércio Externo. Igualmente não se compreende o alheamento das principais empresas nacionais da área tecnológica e de informação como a Portugal Telecom, a Sonae. Ou melhor, tudo se compreenderá no futuro.
Na Assembleia Municipal começaremos a colocar as perguntas necessárias. E proponho desde já uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal para tratar deste tema. E para os que invocam a redução da despesa do seu funcionamento, fica a sugestão da dispensa de pagamento das senhas de presença.
Cristiano Ribeiro, Paredes