2010-03-14

Em entrevista, Ana Maria Príncipe, assessora da Administração do Hospital de S. João e do seu "Joãozinho", explica quais os objectivos da Fundação SPES, criada por testamento de D. António Ferreira Gomes, do seu curso de Ética e Política e da cooperação com e entre as Juventudes Partiárias da Cidade do Porto.

José Ferraz Alves

De: Emídio Gardé - "Livro sobre os troleicarros do Porto"

Submetido por taf em Sábado, 2010-03-20 21:55

Troleicarro


Conforme noticiado pelo JN, ontem ao fim da tarde foi lançado na Sede da Região Norte da Ordem dos Engenheiros um livro dedicado aos troleicarros do Porto. À partida pode parecer um livro saudosista e apenas dedicado aos apreciadores deste tipo de veículo; mas, na realidade, e como foi ressaltado nas habituais palavras de apresentação, trata-se, de facto, de uma (primeira) abordagem ao contributo que estes veículos, que circularam no Porto e arredores durante cerca de 40 anos e de que grande parte dos habitantes do Porto ainda bem se recordará, deram quer à história dos transportes da cidade, por um lado, quer à própria história da cidade, num sentido mais lato.

O livro, de 192 páginas, é profusamente ilustrado: são mais de 150 fotografias a cores e de página inteira, a maioria inéditas aos olhos portuenses. E atendendo ao preço (e passe a publicidade...) - 18 € - penso que qualquer amante da cidade deverá incluí-lo na sua estante.

Cumprimentos,
Emídio Gardé

De: TAF - "Hoje, Sábado, quem puder: Limpar Portugal"

Submetido por taf em Sábado, 2010-03-20 00:26

Na Ribeira


Não, não me refiro ao Governo, ainda. ;-)
Trata-se mesmo de aderir a esta iniciativa, e em particular no concelho do Porto.
Pontos de encontro aqui.

De: Alexandre Burmester - "Concurso Via Nun´Álvares"

Submetido por taf em Sexta, 2010-03-19 18:25

Finalmente saiu o Concurso da Via Nun'Álvares e confirma-se o que já aqui tinha referido anteriormente - Concurso a custo de 0,016 Euros por m2.

«Avenida Nun'Álvares, Porto | Concurso de Concepção - Projecto de Loteamento Urbano e dos Projectos das Obras de Urbanização
a decorrer entre 15 de Março e 13 de Julho de 2010

A Câmara Municipal do Porto (CMP), com a Assessoria Técnica da OASRN, lançou o “Concurso de Concepção para elaboração do Projecto de Loteamento Urbano e dos Projectos das Obras de Urbanização no âmbito da Unidade de Execução da UOPG 1 - Avenida Nun'Álvares”. O Anúncio do Concurso foi enviado para publicação no Diário da República (DR) e no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE) a 15 de Março de 2010, estando previsto um prazo de 120 dias para desenvolvimento dos Trabalhos de Concepção, que culmina a 13 de Julho de 2010.

O Concurso tem como objectivo seleccionar 5 Trabalhos de Concepção, sendo atribuído um prémio de consagração, no valor unitário de 5.000€, a cada um dos concorrentes cujo Trabalho seja seleccionado. Na sequência da decisão de selecção que encerra o presente procedimento serão estes convidados a apresentar propostas, no âmbito do procedimento de Ajuste Directo. O desenvolvimento do Projecto do Loteamento Urbano e dos Projectos das Obras de Urbanização, para uma área de intervenção de cerca de 30 ha, será da responsabilidade do adjudicatário escolhido no âmbito do procedimento de Ajuste Directo.

O Júri do Concurso de Concepção é presidido pelo Dr. Gonçalo Mayan Gonçalves, Vereador do Urbanismo da CMP, e integra o Arqt. José Carapeto, designado pela CMP, o Arqt.º Rui Mealha, designado pela OASRN, o Prof. Fernando Brandão Alves, em representação da Universidade do Porto, e o Arqt.º Pedro Aroso, designado pela Juntas de Freguesia de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde. O processo de Concurso está disponível para consulta em suporte papel nas Secções Regionais da Ordem dos Arquitectos e na Divisão de Compras da CMP, durante os respectivos horários de expediente. Todas as peças do procedimento estão ainda disponíveis para visualização e download em página acessível através do site da CMP www.cm-porto.pt

Eu sei que a vida está difícil, e que estamos em assalto por parte do Estado e das entidades públicas, por isso não me espanta este roubo. Espanta-me sim é que a Ordem dos Arquitectos, que eu próprio envolvi neste processo, aceite estas condições. Espanta-me a falta de visão e de pequenez expressa pela Câmara, que ao atribuir estes valores aos prémios denota a falta de importância à maior UOPG a ser feita na cidade, ao maior projecto em área a ser feito no País e ainda por cima numa zona de excelência, e ainda com investidores privados. Fico com a sensação depois de tanto trabalho que este processo, que podia e devia ser exemplar, acaba por morrer na “praia”

Possivelmente haverá muitos estudantes a concorrer, e se calhar muitos profissionais que estão com falta de trabalho (e são muitos). A todos desejo boa sorte, porque um projecto desta natureza envolve muito tempo, muito trabalho e o dispêndio de muito dinheiro. Espero que no fim não fiquem mais endividados e frustrados. Pela minha parte estou fora, já dei o que tinha a dar, e por conta do meu envolvimento no processo naturalmente não irei concorrer.

Alexandre Burmester

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2010-03-19 16:40

- Governo aprovou criação da Casa do Cinema do Porto, sugestão de Teodósio Dias: "Grande vitória para a Cidade! Depois dos cinemas terem morrido vamos ter um Centro de exibição cinematográfica. Pois é, pois é, estamos em tempos de vacas magras. Continuo a pensar que o Porto merece uma verdadeira Cinemateca com Centro de Documentação, Mediateca, Núcleo Museológico, etc. e também com uma salinha de 10 ou 50 lugares para exibições."

- Amanhã! Limpar Portugal - Pontos de Encontro dos voluntários, informação de José Luís Beirão
- PAGAN: assembleia pública no Porto dia 20 de Março, sugestão de Nuno Carvalho
- Fitch mantém classificação "AA": Cidade do Porto tem gestão financeira prudente e dívida moderada
- Mar destruiu restaurante e galeria nos molhes do Douro
- Hotel Carlton planeia ampliação absorvendo conjunto de prédios que câmara vai alienar
- Edifícios à venda para servir hotel

De: Daniel Rodrigues - "TAP, Transportes Aéreos Portugueses"

Submetido por taf em Sexta, 2010-03-19 14:50

"Can I change or cancel my reservation through TAP site?
- At the moment, it is not possible to change or cancel a reservation through TAP site. If you wish to do so, please contact TAP Call Center phone number +351 707 205 700. You may also contact TAP through your nearest TAP office."

Não consigo contactar o Call Center porque não atendem, e mantêm-me em lista de espera mais de uma hora, repetidas vezes. Solução? Contactar o escritório mais próximo. Quais são?

Porto: Call Center
Faro: Call Center
Lisboa: Call Center / Balcão de Vendas, Av. Duque de Loulé 125/125A (Marquês de Pombal) / Apoio ao Cliente, Aeroporto de Lisboa, Ed. 25 - r/c dir., 1704-801 Lisboa

Amanhã vou regressar ao Porto. Espero encontrar um balcão da TAP à minha espera para finalmente poder 1. Realizar as alterações e cancelamentos de que necessito; 2. Encontrar um interlocutor para reclamar do tratamento.

Se não existir: 1. Balcão de Vendas da TAP na cidade ou 2. Apoio ao Cliente no Aeroporto, vou perguntar-me de novo porque carga de água um cidadão de Lisboa é privilegiado com atendimento pessoal e quem se deslocar a qualquer outro aeroporto no continente não dispõe de idênticos serviços. E sobretudo porque razão não há um serviço eficiente que possa colmatar essa diferença de tratamento. Estou em crer que o valor dispendido para a manutenção de um balcão de vendas e um serviço de apoio a cliente permitiria melhorar significativamente o call center. Naturalmente, prejudicaria os que são sempre, sistematicamente, beneficiados. E direi o mesmo se encontrar serviços da TAP no aeroporto: alguém que esteja em Vila Real não poderá de forma eficiente resolver os seus problemas.

Cumprimentos,
Daniel Rodrigues

PS: Porque razão as sedes da TAP, ANA, CP, Refer, REN, EDP, PT, CTT, RTP, RDP, GALP são em Lisboa?

De: Sérgio Coelho - "Centro Histórico do Porto - ATTRACTION STORE"

Submetido por taf em Sexta, 2010-03-19 14:23

Convite Attraction Store


A Art Couture vem por este meio convidá-lo(a) a deixar-se atrair pelo Centro Histórico do Porto durante a abertura da ATTRACTION STORE no dia 27 de Março a partir das 16h30m.

A ATTTRACTION STORE é um espaço irreverente de design urbano que abrirá em pleno Centro Histórico do Porto, na Rua Escura, com o intuito de atrair um público português e turista para esta zona tão autêntica da cidade do Porto, a quem pretendemos dar uma imagem do Porto e de Portugal moderna, irreverente e criativa, mas simultaneamente orgulhosa das suas raízes e tradições. No dia 27 contamos com a sua presença para ajudar a espalhar a atracção. Em anexo encontra o Press Release que preparámos para si.

Os meus melhores cumprimentos,
Sergio Coelho

De: António Alves - "A Red Bull, o Douro e os problemas técnicos"

Submetido por taf em Quinta, 2010-03-18 23:54

Será que alguém alargou o Rio Douro sem nós darmos por isso?
O projecto foi aprovado pelas Câmaras de Gaia e Porto? Foi feito estudo de impacto ambiental e foi aberto concurso público internacional? ;-)

Entretanto, como se pode ver neste vídeo, os preparativos para a edição de Lisboa (data ainda a marcar) continuam.

De: Vítor Silva - "Olhares Cruzados"

Submetido por taf em Quinta, 2010-03-18 23:51

Penso que posteriormente estarão disponiveis os vídeos das diferentes sessões dos Olhares Cruzados sobre o Porto, mas entretanto já os podem ouvir no blog do Porto em Conversa.

Em relação à primeira sessão, achei particularmente interessante a intervenção entusiasmante de Cristina Azevedo. Não sou propriamente um conhecedor da temática para poder avaliar qualitativamente o que foi dito mas as referências a experiências anteriores, às diferentes caracteristicas que as novas capitais da cultura, e Guimarães em particular, têm, referindo nomeadamente que "tratando-se de um concelho com 160 mil habitantes e 69 freguesias passa a fazer mais sentido a ideia de rede do que capital", deixou-me bem impressionado.

As restantes intervenções focaram principalmente alguns pontos da Porto 2001, o seu contexto e como isso poderá ter condicionado o desenvolvimento desse projecto, isso mesmo foi referido durante o debate que se seguiu à intervenção inicial dos convidados.

Para Rui Vilar, "um dos problemas foi um desajustamento entre uma ambição muito legítima que a cidade tinha, depois de muitos anos de falta de recursos, de responder a um conjunto muito grande de problemas."

Em Maio/Junho de 1998 foi anunciado que tinha sido atribuido ao Porto este título, nessa mesma altura decorria a Expo'98 e, para Luísa Bessa, esta capital europeia da cultura foi encarada como contraponto a isso, o que "misturou e confundiu os planos".

Para Manuel Correia Fernandes, "havia muita coisa a mexer naqueles finais dos anos 90" que demonstrava que era possivel fazer alguma coisa na cidade, nomeadamente, a implementação do Metro do Porto, a atribuição do título de Património Mundial, a renovação de alguns equipamentos como o teatro S.João e o Rivoli, etc.

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Nota de TAF: já ouvi a intervenção de Cristina Azevedo e também recomendo. Não consegui hoje ir à segunda sessão sobre Reabilitação Urbana precisamente porque estive a trabalhar até há pouco num projecto concreto nessa área. :-)

De: Carlos Cidrais - "Mais uma"

Submetido por taf em Quinta, 2010-03-18 23:49

Mais uma notícia triste - slideshow sobre o estado dos Molhes do Douro após a subida das águas - a juntar às outras: Mário Lino desvaloriza derrapagem na inauguração dos Molhes do Douro e Molhes do Douro prontos com ano e meio de atraso.

Gostava só de acrescentar que, como surfista, fico estarrecido ao constatar que esta obra tenha procedido sem consulta prévia de qualquer espécie aos surfistas que usufruiam da onda que se gerava no lado de Gaia (Cabedelo do Douro) ou análise do impacto na economia. Entendo a importância da obra para a circulação de navios no Douro, mas não foram analisadas ou discutidas alternativas com os surfistas, de forma a minimizar o impacto, ao contrário de outros casos na costa de Portugal (Cabedelo da Figueira da Foz, por exemplo) e Madeira (Jardim do Mar). No processo, destruiram uma das melhores ondas de Portugal e da Europa (a onda do Cabedelo do Douro). Hoje temos fotografias e memórias ... e o povinho aceita acriticamente. Triste.
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Carlos Cidrais

De: TAF - "Sugestões e apontadores"

Submetido por taf em Quinta, 2010-03-18 23:28

De: Vítor Silva - "Sugestão para hoje"

Submetido por taf em Quarta, 2010-03-17 19:05

Tertúlia organizada pelo CDS/PP, hoje, às 21h30, no Café Majestic com Dr. Artur Santos Silva, que falará do tema "Porto: Que Modelo de cidade queremos?"

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blog.osmeusapontamentos.com

De: Miguel Aroso - "Red Bull Air Race"

Submetido por taf em Quarta, 2010-03-17 19:02

O Jornal de Negócios noticia:

«Os autarcas de Lisboa e Porto anunciaram hoje que "estão criadas as condições" para que a Red Bull Air Race se realize alternadamente nas duas cidades, sendo que a edição deste ano poderá decorrer na Invicta.»

Agora estou curioso para ver as reacções eheh sobretudo dos que criticam por criticar. Aliás, chego mesmo a pensar que haja quem viva disso. Primeiro criticavam as despesas da iniciativa, depois a falta de força por parte dos autarcas do Norte (aí a iniciativa já era importante), agora vamos ver o que dirão (se bem que é fácil imaginar... foi tudo decidido pela Red Bull, em Lisboa é que perceberam que a iniciativa não era assim tão boa, etc etc.)

Pela minha parte, é com agrado que vejo um acordo equilibrado, fruto de trabalho naturalmente desenvolvido pelos autarcas do Norte, sem terem de andar para aí aos berros! Afinal é disto que o País e o Norte mais precisa, trabalhar... e muito!

Miguel Aroso

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Olhares Cruzados Sobre o Porto"

Submetido por taf em Quarta, 2010-03-17 18:57

Ao ler aqui n'A Baixa do Porto o muito apropriado convite feito pelo Director-adjunto do Público para a segunda sessão das 7.as Conferências: Olhares Cruzados Sobre o Porto, algo que tem muito mérito, organizado pelo Público e pela Universidade Católica, dei comigo a pensar que estes bons eventos são pouco divulgados cá no nosso burgo. Andamos sempre a queixarmo-nos de que não há oportunidades, nem espaços para se “ouvir falar”,- por vezes na audiência há umas pessoas que quando dizem que vão fazer uma pergunta antecipam-na por um discurso, será de evitar, não são os oradores! – quando os há, apesar de ir bastante gente deveria ir muita mais. Encher a sala, se bem que é cheia se for um nome muito sonante.

Mas são momentos TODOS TODOS de grande aprendizagem para qualquer um de nós, e que não devemos perder. O Público tem tido o cuidado de muito bem o publicitar, já o mesmo não acontece com a Católica, devia divulgar mais. Dentro do nosso velho hábito de nunca sermos pontuais, hábito a ter de mudar, a sessão de 5ª feira passad, começou com 15 minutos de atraso, vá lá, não chegou aos 30… Esperemos que todas as próximas comecem às 21h30 em ponto. E será mais um excelente momento de aprendizagem, felicitações ao Público e à Católica!

Melhores cumprimentos de
Augusto Küttner de Magalhães.

De: José Ferraz Alves - "A subsidiação à Câmara do Porto"

Submetido por taf em Quarta, 2010-03-17 13:37

Em termos de coerência com a que a Câmara do Porto tem referido sobre os aspectos menos favoráveis das políticas de subsídio à Cultura, a não equiparada a Lazer, a propósito dos 50 mil euros/ano atribuídos pela Mota-Engil e como eu, pessoalmente, nunca aceito que me paguem o almoço, sugiro que se estabeleçam protocolos com o Sistema Bancário à semelhança, com acrescentos, do que o BBVA faz em Espanha e já aqui referi. Porque a reabilitação física é essencial para a social, para a coesão, para a atractividade da cidade e posterior fixação de empregos e quadros qualificados.

José Ferraz Alves

PS: PPP – Pequenos Projectos Possíveis - Sistema de Hipotecas invertidas (financiamento da reabilitação de imóveis propriedade de reformados)

De: TAF - "Mais alguns apontadores"

Submetido por taf em Quarta, 2010-03-17 02:00

Vamos lá pôr as coisas em perspectiva:
- Idosos sem posses com obras gratuitas em casa: Mota-Engil gastará 50.000 euros/ano
- Mota Engil lucra 79 milhões de euros em 2009
Quanto custaria esta promoção de imagem, de que a Câmara é conivente, se fosse paga como publicidade normal com a duração de um ano? Esperemos que os cidadãos percebam o ridículo da situação e que a campanha se revele contraproducente.

- Lançado concurso para planear Via Nun'Álvares - o tal tipo Portugal dos Pequeninos, também.
- Festa Viking "Como Treinares o Teu Dragão", 20 de Março, sugestão de Pedro Peixoto
- Fórum Porto com Ideias - Transportes e Mobilidade Metropolitana, 24 de Março, sugestão da Juventude Socialista

PS:

- Red Bull regressa aos céus do Porto, sugestão de Carlos Cidrais
- Fundação António Mota quer instalar sede em "zona nobre" da cidade
- Obras no Bolhão só depois de Junho de 2011
- Diagnóstico Social do Porto vai ser aprovado amanhã
- Obras no S. João vão melhorar os acessos
- Paradoxo a Alta Velocidade, sugestão de Nuno Gomes Lopes
- Limpar Portugal: Inscrições nos grupos - faltam 2 dias, lembra José Luís Beirão

De: F. Rocha Antunes - "Imobitur"

Submetido por taf em Terça, 2010-03-16 23:44

Meus Caros,

No meio da brusca redução de volume de actividade do sector imobiliário em Portugal ficámos a saber por estes dias que os dados do quarto trimestre de 2009 do INE mostram que é na região Norte que ainda assim está a percentagem mais significativa da produção de habitação e que juntamente com a região Centro licenciaram quase 70% dos fogos novos do País. Esta diferença do nível de actividade resulta da diferente velocidade de queda de cada região: todas caíram e muito, mas a que menos caiu e que mais casas continua a produzir e a licenciar é a região Norte.

Numa altura em que todo o sector imobiliário procura novos caminhos de desenvolvimento da actividade, destaco a perseverança com que a única feira imobiliária acima do Mondego insiste em manter-se: a sexta edição do Imobitur - o Salão imobiliário do Porto vai abrir para a semana e tem um programa de conferências que vai discutir precisamente os caminhos e as estratégias de desenvolvimento para a região. Destaco a importância que vai ser dada ao novo Plano Regional de Ordenamento do Território do Norte e à criação de uma unidade de planeamento que é o Arco Metropolitano do Porto, com os seus 3.000.000 de habitantes. A demografia é um dos pilares do mercado imobiliário e é nesta região urbana policêntrica que vive o maior número de Portugueses. Insistirmos em ignorar esse facto é uma miopia que só a nós limita, e que muito nos prejudica.

Francisco Rocha Antunes
Gestor de Promoção Imobiliária

Temos o prazer de vos dar a conhecer mais um sinal claro do repúdio sentido e manifestado por cidadãos do Porto, neste momento, por profissionais da Arquitectura. Um conjunto de nomes que têm marcado esse sector profissional pronunciou-se a favor da requalificação do Mercado do Bom Sucesso, como subscritores/as do texto que se segue.
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MANIFESTO - Arquitectos pela reabilitação do Mercado do Bom Sucesso

1 - Bom Sucesso faz sentido como mercado, mas não como centro comercial

A cidade do Porto precisa dos seus mercados para viver e se regenerar. A reabilitação de uma cidade faz-se na habitação, no espaço público e através do pequeno comércio de proximidade. A «alma do pequeno comércio popular» faz parte da alma desta cidade do Porto. Uma cidade cosmopolita precisa de mercados vivos. A zona da Boavista está saturada de centros comerciais, edifícios na grande maioria sem qualquer qualidade arquitectónica, estando alguns meio-ocupados, meio-abandonados há muito.

2- Transformar o mercado em centro comercial destrói a arquitectura do edifício

Inaugurado em 1952, o Mercado foi desenhado pelo colectivo ARS, a pedido do executivo camarário, para ser um «edifício que marque a sua época e o seu fim».

Pelo contrário, o projecto actual reflecte uma visão fachadista da Arquitectura, destruindo o que o edifício tem de melhor, o magnífico espaço interior. Do que foi tornado público, sabemos que se pretende encher o interior com dois grandes volumes a cortar e ocupar o espaço central, quase encostados às suas fachadas envidraçadas. Fachadas concebidas como membranas transparentes de espaço e de luz de um lugar em forma de nave, vazio e sereno. O projecto pretendido adultera indelével e definitivamente este conceito, enchendo o interior com metros cúbicos de construção. É um atentado a um edifício modernista com um processo de classificação como património nacional já aprovado pelo IGESPAR e a aguardar conclusão. O que se está a preparar é não só a alteração do programa de mercado para centro comercial como a adulteração dum edifício histórico.

Não é mais concebível nesta cidade que se continue a apelidar de «reabilitação» este tipo de intervenções. Re-habilitar é «tornar a habilitar para...». Este mercado precisa sim de se tornar a habilitar como edifício e na sua funcionalidade de mercado, tal como consta dos requisitos que fundamentaram o processo de classificação.

Pretendemos que o poder público tome em mãos um projecto de verdadeira reabilitação, resolvendo patologias construtivas, modernizando, enquadrando e rentabilizando o uso para mercado de frescos. Assim ficará digno de um uso público intenso, como já teve antes do abandono recente a que foi votado.

3 – Destruir um mercado para criar mais um centro comercial é empobrecer a qualidade e variedade da vivência urbana

Como profissionais de Arquitectura apelamos às instâncias públicas com a missão de defender o Património, nomeadamente ao Ministério da Cultura na pessoa da Sr.ª Ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, e ao Instituto para a Gestão e Defesa do Património, IGESPAR, no sentido de se pronunciarem e intervirem neste processo, em coerência com a classificação patrimonial, impedindo a destruição do Mercado do Bom Sucesso.

Como cidadãos empenhados pretendemos que o edifício do Mercado continue «a marcar a sua época», através do respeito pelo património construído e classificado e que continue «marcar o seu fim» de mercado tradicional de frescos, sempre actual numa cidade viva.

Álvaro Siza Vieira
André Tavares
Francisco Barata Fernandes
José Gigante
José Pulido Valente
Manuel Correia Fernandes
Manuel Fernandes de Sá
Nicolau Brandão
Nuno Brandão Costa
Paula Santos

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Movimento Bom Sucesso Vivo

De: Manuel Carvalho - "Convite"

Submetido por taf em Terça, 2010-03-16 22:22

Ilustres participantes do A Baixa do Porto

Em nome do Público e do Centro Regional do Porto da Universidade Católica queríamos convidá-los a participar na segunda sessão dos “Olhares Cruzados Sobre o Porto” deste ano, que será dedicada ao tema “Urbi et Orbi: a reabilitação urbana conta para a competitividade do Porto?”. Na referida sessão o apresentador do tema será o prof. João Ferrão, a moderação do dr. Mário Melo Rocha e os oradores serão o dr. Arlindo Cunha e o arq.º Eduardo Souto Moura. A sessão (dia 18, Quinta-feira), como é hábito, terá início às 21h30, na Católica, junto da Praça do Império. Apareçam.

Cumprimentos
Manuel Carvalho
Director-Adjunto, Público

De: José Ferraz Alves - "Rede Social, uma boa iniciativa"

Submetido por taf em Terça, 2010-03-16 22:10

No Jornal Público de hoje é referida a apresentação do Diagnóstico Social da cidade do Porto, que faz um conjunto de recomendações para uma cidade mais solidária, a partir do ponto de “uma cidade cada vez mais envelhecida, esvaziada, empobrecida e dependente”. Afinal bem diferente da pujança e vitalidade apresentada em época de eleições. Sei que há quem, de tanto querer uma dada realidade, a possa acabar por confundir com os seus desejos, o que é pior do que deturpar conscientemente a realidade. E aí pouco há a esperar das medidas que depois preconizará, dado que a base em que assentarão seria sempre bastante frágil. Ainda bem que não é o caso.

Entre as várias e muito acertadas medidas reveladas no documento, que podem ser a base da reabilitação social do Porto e de um próprio mercado de desenvolvimento de empresas especializadas no apoio social de forma sustentada (“medidas de incentivo à aquisição e conservação de habitação para os mais jovens”, “acção articuladas com as juntas de freguesia e associação dos moradores”, “respostas para os problemas de isolamento e vulnerabilidade dos idosos”, “ divulgação de incentivos ao micro-crédito”, “valorização do tecido associativo”, "apoio à promoção de dinâmicas de voluntariado social”, etc.), apenas uma dúvida na proposta de uma figura de coordenação para algo que, afinal, já brota espontaneamente da própria cidade: “em termos globais, considera-se que a cidade possui um bom capital no plano dos recursos materiais e humanos que, acima de tudo, carecem de gestão integrada e partilhada”. Espero, apenas, que não mais um cargo público de regulação, mas sim sobretudo um facilitador dos contactos entre os intervenientes da Rede e que saiba respeitar a livre iniciativa dos indivíduos. Espero que a Coordenação receba finalmente uma Associação Humanitária de Apoio aos Doentes de Alzeihmar, que há anos precisa da autorização para reabilitar um espaço da Câmara que estava desocupado e marginalizado. Porque não começar por mostrar disponibilidade para ouvir o que existe da própria iniciativa dessas pessoas, e canalizar logo essa energia? Se calhar os projectos necessários a que os planos não sejam inconsequentes estão desde logo aí encontrados.

É que estamos cheios de excelentes diagnósticos e planos, mas isto só vai lá por pequenas acções concretas, que nos escapam e que erradamente desvalorizamos. O Porto precisa mesmo é de um acupuntor económico e social, de pequenas acções concretas e efeitos locais imediatos. De provocar choques e reacções. Uma dia, disseram-me que a figura do Estadista corresponde àquele que, sem nada aparentemente fazer, acaba por beneficiar de um conjunto de circunstâncias que conduzem a que os problemas públicos se vão resolvendo. Como que beneficiando de um toque de Midas para o sucesso. Diria que temos de facto bastantes candidatos a esta figura. Mas, se calhar, por vezes, a este nível do esforço social no Porto, é melhor de facto ser Estadista.

Como está prevista uma “acção articulada com as juntas de freguesia e as associações de moradores no âmbito das estratégias de realojamento e das acções de proximidade junto das zonas residenciais mais vulneráveis”, esta medida sobrepõe-se ao voto eleitoral que terá legitimado o derrube puro e simples das Torres do Aleixo, e o respeito dos responsáveis da Câmara do Porto para com as pessoas do Bairro do Aleixo faz agora parte deste objectivo de uma cidade mais solidária? Desejo que sim, e que se abra um caminho de diálogo e cooperação, porque o segredo do sucesso sustentado a longo prazo está nesta forma de ser. O conflito interno tem prejudicado o desenvolvimento da nossa cidade e as perspectivas para o futuro dos nossos filhos, sendo só aproveitado por quem beneficia pela nossa divisão.

Diria que, para além da necessidade de uma maior coordenação entre os intervenientes na área social, são também necessárias práticas diferentes de intervenção. Tendo a cidade do Porto legitimado a identificação de Cultura com Lazer, será que há agora abertura para o Social ser equiparado a Empresarial Social, e olhar para o que é afinal isso do empreendedorismo social e de empresas sociais de que fala o criador do micro-crédito, Muhammad Yunus?

Não posso é deixar de dissociar este plano da necessidade que teremos de desenvolver a actividade económica no Porto, para promover o emprego e a fixação de quadros qualificados e de riqueza. Não há Social resolvido sem desenvolvimento económico. Existe um mercado social, assente no peso das pessoas idosas, a desenvolver e que pode ser objecto de exportação. Na Suécia, o que é visto como problema, passa a ser um desafio para ser ultrapassado: por exemplo, o envelhecimento da população e a pressão sobre o sistema de segurança social é entendido como um incentivo para a investigação em áreas como a demência, senilidade e outras relacionadas com o envelhecimento dos suecos, criando valor de exportação para outros países que compense os custos que terão de ser suportados por esta realidade. E se existe uma área (bastando ler os jornais diários) em que Portugal tem vantagens competitivas é a que se relaciona com a saúde (investigação, aplicação, farmacêutica, turismo de saúde, geriatria, bom clima e tudo o mais associado). Fazendo um paralelismo com novas acções no domínio do desenvolvimento regional, recentemente um director do Ecobank defendia que as empresas africanas se deviam transformar em líderes regionais, seguindo o exemplo de países do sudoeste asiático como a Malásia e Singapura. Dado que se pensa muito no desenvolvimento, mas apenas em termos de governo, e onde este surge como o elemento indispensável para o alcançar, existem muitas coisas que poderiam andar mais depressa se as empresas fossem usadas para veículo adicional de transformação. As empresas fortes são a base para o desenvolvimento.

Apenas para concluir que se trata de um excelente diagnóstico e de um excelente projecto, que merece o crédito e a disponibilidade do Porto e do Grande Porto para o apoiar na sua implementação efectiva, que de muitos depende e a todos beneficiará. Seguindo as palavras na passada semana de D. Manuel Clemente, "é preciso é fazer, fazer bem e fazer o bem".

José Ferraz Alves
Movimento Norte Sim

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