2009-05-10
Pois! Pois!
Está na hora de começarmos a pensar na dupla fadista/futebolista para o "Sea Life Porto", agora que está prestes a ser inaugurado. Sim, depois do Oceanário de Lisboa com a “Amália” e o “Eusébio” e o Fluviário de Mora com a “Mariza” e o “Cristiano Ronaldo", chegou a nossa vez!... Não há duas sem três!
Correia de Araújo
- Metro no Parque da Cidade sem túnel nem viaduto
- Sea Life encheu tanques
- Por dentro do oceanário do Porto (vídeo)
- Projecto «Igreja Solidária» está no terreno
- Indústrias criativas, se as deixarem (e não "deixaram", como está online) - a crónica que saiu na Quinta-feira dia 7, inaugurando a minha nova coluna quinzenal no JN.
Sem querer tomar partidos, em termos de partidarice, li num post do Miguel Aroso dois parágrafos curiosos:
“Dizer que vencendo fica com um salário confortável também é discutível... preferia pagar mais impostos, remunerar melhor a classe política e atrair pessoas sérias, credíveis e competentes para a política que conseguissem pôr em primeiro lugar o país, em 2º, 3º, 4º,... também o país.
Por fim, repito, não me parece correcto que alguém diga que não está agarrado ao poder, que o objectivo é a cidade do Porto, mas que pelo sim pelo não mantenha o lugar de deputada no Parlamento Europeu. Para mim, é a prova maior de que não acredita no projecto que tem!”
De facto, desses dois parágrafos resultam algumas das diferenças mais significativas entre esses dois Candidatos, Rio e Elisa. Para além de me solidarizar com o princípio de que é melhor pagar mais para ter mais e melhor, alguém mais sério, credível e competente para gerir a Câmara, a verdade é que:
- - Não posso deixar de reconhecer que tudo isso falta ao Dr. Rio, pois de sério, só nas palavras, e mesmo assim com muitas falhas, credível, só para quem não esteve minimamente atento durante estes dois mandatos, e competente, é coisa que nem de perto nem de longe por ali passa (à parte a competência para o trocadilho político);
- - E, neste particular, ainda não ouvi ninguém dizer que a Drª Elisa não é séria, não é credível ou incompetente.
No segundo parágrafo as diferenças são ainda maiores e mais significativas.
- - Apesar de distante, fisicamente, e, de acordo com as parangonas, com a cabeça em Bruxelas parece que a Drª Elisa tem um projecto;
- - O Dr. Rio depois destes anos bem passados no conforto da Câmara do Porto/Optimus – agora que foi limpinha (mas não foi a pensar nas eleições!) parece que continua a não ter projecto (exceptuo aqui dizer mal de quem o antecedeu, pois esse projecto, passados estes tempos infinitos, ainda o Dr. Rio não abandonou).
É tempo de pôr uma pedra, bem grande, neste cinzentismo, populista, pseudo-bairrista e parolo que nos invadiu e olhar para o futuro, para os que vão nascer agora e crescer nesta cidade, pois, como já se vê, os que agora chegam à idade adulta só não emigram – ou auto-exportam-se – porque não podem. Aliás, os que podem já por cá não são encontrados. E os que cá que ficam não é por graça, nem por obra desta (indi)gestão camarária.
Sábado 16:
Exposições com acesso gratuito em Serralves, a partir das 20h00, e DJ set dos 7 Magníficos, no Hall do Museu, das 22h30 em diante.
Alta Baixa 1 Noite 3 Casas – Uma noite na qual as “3 "casas" da Rua Passos Manuel se fundem e oferecem uma programação conjunta com acesso aos 3 espaços pelo valor de 5 euros. Na 7ª edição a noite começa pelas 23h00 no Passos Manuel com a peça de teatro "Oleanna" de David Mamet, com produção da companhia Ensemble e encenação de Carlos Pimenta. Pelas 24h00 nos Maus Hábitos o concerto de Madame Godard e à 1h00 tem início no Pitch o concerto dos portuenses Hot Pink Abuse. O resto da noite será animado pelos DJ sets de Mr. Mitsuhirato & Fabulosa Marquise (Passos Manuel), Flashdance, de Dinis (Maus Hábitos) e Pansorbe (Pitch). Pelos três espaços rodarão os djs em trânsito: MARL.on e Luís Machado.
Domingo 17:
A Livraria Poetria apresenta uma sessão de poesia – poesia e poetas d'Aqui e d'Agora –, pelas 18h00, no Breyner 85 (R. do Breyner, 85, Porto). Haverá poesia de: António Pedro Ribeiro, Nuno Brito, Pedro S. Martins, Patrícia Lino, César Romão, Cecília Ferreira, Minês Castanheira, André Consciência, Marco Dias e Afonso Reis Cabral, acompanhada ao piano. A leitura dos poemas está a cargo de Cláudia Novais, André Sebastião, António Pinheiro, a apresentação de Carlos Lopes e a entrada custa 2 euros.
Domingo Também é Dia, evento mensal que decorre ao Domingo ao fim da tarde, no Café au Lait (R. Galeria de Paris, Porto), pelas 19h00. Este mês a escolha recai sobre o projecto de Tiago Ferreira, Cavalheiro. A entrada é livre.
Caro Tiago
Não era minha intenção intervir a propósito das infelizes declarações da Dra. Elisa Ferreira e de todos os comentários que elas desencadearam. Há gafes que não se apagam com desmentidos, por isso, o melhor mesmo, é não falar mais do assunto.
No entanto, o seu post com o título “Não é que isto seja especialmente relevante” surpreendeu-me pela tacanhez e pobreza de espírito que ele revela. Afirmar que “Rui Rio se não se candidatar ou, candidatando-se, se não vencer a eleição, fica desempregado; vencendo fica com a situação profissional resolvida, com um salário confortável” revela, além do mais, uma profunda ignorância. É que, o Dr. Rui Rio, caso perca a próxima eleição, tem direito à reforma de Presidente de Câmara, por inteiro. Aliás, isso mesmo aconteceu com o seu ordenado de deputado, dado que atingiu o número de anos necessários para beneficiar da respectiva reforma. No entanto, como Rui Rio votou contra a lei que concede esse privilégio aos deputados, tomou a iniciativa de doar, mensalmente, essa verba a uma instituição de solidariedade social da nossa cidade.
Bom fim de semana!
--
Nota de TAF: De facto não tinha conhecimento de que um presidente de Câmara já pudesse ter a reforma por inteiro antes da idade normal para o "comum dos mortais". Afinal se calhar até é um emprego bem pago! Talvez Rui Rio queira então prescindir também de uma parte desta segunda reforma, em coerência. ;-)
A respeito desta notícia: "Comissão mista do metro propõe túnel entre Boavista e Pasteleira", queria apenas fazer notar que o "Cut and Cover" poderia ser realizado em qualquer avenida. A solução é sem dúvida mais económica, e fico contente pelos cidadãos residentes na zona da Via Nun'Álvares.
Mas não deixo de pensar que em Gaia, na Avenida da República, com uma densidade populacional muito superior, com um tráfego incomparavelmente maior, numa zona que absorve e distribui muito do tráfego para a outra margem, nunca surgiram os argumentos relativos à falta de "espaços verdes e passeios", à "impossibilidade de os carros virarem á esquerda ao entrarem ou saírem da via" ou os conflitos entre "trânsito e estacionamento automóvel".
Toda a gente que defende a honestidade intelectual contestará esta minha visão, mas não deixarei de a exprimir aqui: o que os cidadãos de outras zonas cobertas pelo Metro do Porto vêm nesta opção é um cuidado maior, um custo mais elevado de inserção, uma melhor qualidade de vida nas zonas privilegiadas. E o que dirão em família, no trabalho, revoltados, é que não têm o mesmo tempo que as pessoas da "Foz" para discutir e argumentar e pensar, porque estão a trabalhar. Verão que uns são filhos, outros enteados. Que os dinheiros públicos com que está a ser construído o metro não foram utilizados de forma justa. Que o metro vai à superfície para os pobres, enquanto atravessa os bairros sociais, e enterrado para os ricos, ao chegar à Católica.
Eu não defendo este argumento. Apenas estou a alertar para o que dirão os habitantes do Grande Porto. E se não será de exigir que haja um esforço similar para encontrar soluções melhores (como os habitantes de Nevogilde, e bem a meu ver, fizeram) noutros pontos da metrópole, bem mais necessitados.
A linha Ocidental tem capturado a imaginação de todos, gerado uma discussão incessante. Outros eixos fundamentais, outras alternativas, continuam completamente esquecidas. Para quando a 2ª linha de Gaia, a meu ver imensamente mais prioritária que a linha Ocidental, por servir desde já o Pólo Universitário do Campo Alegre, e o concelho mais populoso da urbe metropolitana, e que se prolongará para o Carvalhido, Prelada, Montes Burgos? Para quando o aproveitamento da Linha de Leixões de acordo com o que o António Alves sugeriu, e com um ramal para o Aeroporto, criando uma verdadeira circular para a rede de transportes, e permitindo ao Alfa Pendular ter o seu término no Francisco Sá Carneiro?
Estas discussões estão arredadas de blogs, dos media, da política. E esquecem-se as pessoas que em casa dizem que "andamos aqui a trabalhar, para os betinhos discutirem o metro à porta das vivendas". Eu não. Mas não deixa de me indignar que a opção na Av. da República em Gaia não tenha sido igual, um "Cut and Cover". Gostaria que a minha freguesia se tivesse mexido tanto como a de Nevogilde, e ter uma Avenida aprazível, com lugares de estacionamento, passeios, e árvores. Pergunto-me de quem será a responsabilidade por esta injustiça. Não será certamente quem luta pelo melhor para os seus.
Cumprimentos,
Daniel Rodrigues
… tem toda a relevância: pelo que depreendo da teoria do TAF, o Porto está, confrangedoramente, nas mãos de uma pessoa que tem de ser presidente da câmara para ter um emprego e arrisca-se a ficar nas mãos de uma outra que não quer ser presidente da câmara, mas que tem de fingir que quer, para poder manter o excelente emprego que já tem (onde não tem que lidar com os pobres, gestão das recolhas do lixo, os portuenses em particular e os portugueses em geral, entre outras coisas aborrecidas) e que, obviamente, lhe interessa mais.
A Democracia encontra-se reduzida, tal como Aloys Schumpeter disse, a “um processo técnico de seleccionar uma oligarquia de políticos profissionais”. E esta, segundo ele, não era composta por gente de confiança. São dependentes do seu emprego político e desejosos de o conservar.
Confrangedor tem sido também ver Paulo Rangel aos pinchos propondo mecanismos de exportação de desempregados como se isso fosse alguma coisa de original ou brilhante. Os portugueses, em particular os trasmontanos, minhotos e beirões, já inventaram isso pelo menos desde o século XIX. Milhões deles durante todo este tempo foram capazes de inventar os mais imaginosos mecanismos e esquemas de se exportarem a eles próprios que a inteligência humana é capaz. Que tal discutir, por exemplo, já que estamos em maré de eleições europeias, por que razão na Europa das Regiões o estado português insiste em manter-se em contracorrente?
Nota prévia: não se interpretem alguns textos meus recentes como uma posição contra ou a favor de quem quer que seja nas próximas autárquicas. Limitei-me apenas a partilhar algumas reflexões e a analisar a validade, ou não, de argumentos que vão aparecendo. O que eu queria mesmo era ver a proposta de cada candidato bem como as equipas que os irão acompanhar. ;-)
- HUB Porto - Já anteriormente aqui referida pelo José Ferraz Alves, uma iniciatíva de mérito da Junta de Freguesia de Paranhos
- Comissão mista do metro propõe túnel entre Boavista e Pasteleira
- Transdev unida à Efacec e a rodoviárias da região na corrida ao metro
- Materno-infantil já não terá heliporto
- Elisa Ferreira: "O metro na Avenida da Boavista não faz sentido nenhum"
- "Inner City": E se a Avenida da Boavista fosse uma sala de estar?
- Serralves em Festa abre-se à cidade para "construir a arte do futuro"
- Inaugurado Parque Infantil na Quinta do Covelo
- Do céu eu vejo o Porto
- Apresentação do livro “Deixar a Terra”, 20 de Maio, quarta-feira, 18:00
- Extéril, vídeo-convite, 16 de Maio, sábado, 22:00
- "Porto: Sítios com História", Germano Silva na Almedina Arrábida Shopping 16 de Maio, 17:00
- Debate: Europa e Políticas Culturais, 18 de Maio, 18:00
Olá Tiago,
Dizer que Rui Rio fica desempregado se não vencer as eleições não é verdade, fica como vereador. Depois sim, poderá se bem entender, tal como referiste, estudar alternativas.
Dizer que vencendo fica com um salário confortável também é discutível... preferia pagar mais impostos, remunerar melhor a classe política e atrair pessoas sérias, credíveis e competentes para a política que conseguissem pôr em primeiro lugar o país, em 2º, 3º, 4º,... também o país.
Por fim, repito, não me parece correcto que alguém diga que não está agarrado ao poder, que o objectivo é a cidade do Porto, mas que pelo sim pelo não mantenha o lugar de deputada no Parlamento Europeu. Para mim, é a prova maior de que não acredita no projecto que tem!
Miguel Aroso
Caro Tiago
O problema da situação que referes, em que o candidato não sendo eleito vai à procura de melhor ocupação, é aquilo que origina não termos oposição no Porto. Francisco Assis perdeu e seguiu o seu destino, e os restantes membros da equipa ficaram sem projecto e limitaram-se, desde aí, a fazer oposição pura e simples; propostas que pudessem ajudar esta cidade a evoluir, propostas que pudessem marcar a posição do PS, pura e simplesmente a existirem não são do conhecimento público.
Entendo a posição mas por enquanto não serve, servirá quando aceitarmos a política como um negócio, como uma empresa, mas nesse caso qualquer programa eleitoral terá de ser um contrato público, com garantias e seguros de responsabilidade, com prazos, com apresentação de contas aos accionistas, neste caso os eleitores, tudo como em qualquer outro negócio e com a opção de despedimento quando se justifique, paga-se indemnização e rua com carta para desemprego. Enquanto assim não for, caro amigo, vir aqui concorrer como quem responde a um anúncio no jornal não serve. Não serve porque que mais não fosse havia que trabalhar 4 anos na oposição, insistindo no projecto que propuseram, para o poder corrigir e vencer a seguir.
A política ainda não é um emprego, quando for cabalmente aceite essa situação também não valerá a pena estar na política.
Cristina Santos
..., pelo menos na minha modesta opinião, mas acho que há um aspecto da aposta feita por cada candidato a presidente da Câmara que é sistematicamente visto ao contrário do que seria razoável. Cá no Porto isso ainda é mais evidente. Por exemplo, comparemos a situação de Rui Rio com a de Elisa Ferreira.
- - Rui Rio se não se candidatar ou, candidatando-se, se não vencer a eleição, fica desempregado; vencendo fica com a situação profissional resolvida, com um salário confortável.
- - Elisa Ferreira tem a eleição assegurada para o Parlamento Europeu, um lugar muito bem remunerado, que já conhece e onde aparentemente tem gostado de estar; vencendo a Câmara, vem para uma posição menos confortável e com um salário bem pior.
Ou seja, quem é que "precisa" de vencer por razões estritamente pessoais? Quem é que está mais livre para defender aquilo em que verdadeiramente acredita? Quem é, afinal, que mais irá beneficiar profissionalmente com uma vitória? Mais uma vez: apesar de tudo isto é pouco importante comparado com outras questões bem mais significativas ainda por esclarecer:
- - Quem são os elementos da equipa que vai acompanhar cada candidato? Conhecem bem a cidade e/ou os assuntos que é suposto gerirem? Inspiram confiança? Conseguem congregar esforços com a sociedade civil e os municípios vizinhos?
- - Qual é o projecto afinal que defendem? Qual o papel para a autarquia a que querem presidir?
Caro Tiago,
Estou de acordo contigo, também me parece razoável um candidato propor um projecto aos portuenses e, se eles o recusarem escolhendo outro projecto alternativo, dedicar-se a outras actividades. Mas não me parece legítimo dizer que não se está agarrado ao poder e dizer que se vai à Europa assinar o nome (como quem diz, posso não ganhar, mas o mal menor está garantido), muito menos antes das eleições.
Em todo caso, este assunto levanta uma outra questão: o que é que a Dr.ª Elisa Ferreira fez pelo Porto enquanto deputada do Parlamento Europeu? E, se realmente a preocupação com o Porto é assim tão grande, pode sempre fazer mais pela cidade enquanto vereadora do que como deputada do PE, digo eu...
Abraço,
Miguel Aroso
O desmentido da Elisa Ferreira (que reproduzo abaixo num email recebido da sua candidatura) não altera as questões de fundo:
1 - O problema não se resolve com esta correcção, dizendo que o que de facto se disse foi que o dinheiro para a recuperação dos bairros "é do Estado, é do GOVERNO SOCIALISTA (e não do PS)". A questão é que o dinheiro não é do PS, nem do Governo, nem do Presidente da República, nem dos deputados, nem da Assembleia da República, nem da Câmara Municipal, etc, etc, etc. O DINHEIRO É NOSSO (CONTRIBUINTES), SÃO OS IMPOSTOS QUE NÓS PAGAMOS! Como tal os detentores dos cargos públicos devem prestar contas aos contribuintes. Por outro lado, e para alguém como a EF que defende, e bem, a regionalização, o que fica implícito é que no limite a Gestão Autárquica é perfeitamente irrelevante, porque no final de contas o dinheiro é do Governo. Ora se é assim porque é que ela se vai candidatar a um lugar que não tem qualquer tipo de poder executivo e decisório. Isto é uma questão de escolha política de decisão de investimento.
2 - A justificação para o "vou assinar e já volto" parece-me insustentável. Ou ela se candidata a uma coisa ou a outra. Na minha opinião é uma questão de coerência. É estar com um pé num lado e no outro. Não é, por exemplo, uma situação comparável com a da Ilda Figueiredo (V.N.Gaia), uma vez que os dois cargos (deputada europeia e vereadora) são acumuláveis e as pessoas sabem que ao votar nela, ela vai cumprir esses mandatos. O que o TAF diz não é totalmente descabido, no entanto uma coisa era a EF candidatar-se à CM Porto e no caso de não ser eleita, posteriormente candidatar-se ao Parlamento Europeu ou a Assembleia da República ou à Presidência da República, outra coisa é a candidatura ser simultânea. Não é leal para com os eleitores nem para com as funções em questão. Pode-se dar as voltas que quiser mas isto é incontornável.
Cumprimentos,
Luis Filipe Pereira
--
From: Cristina Guerra
Sent: quarta-feira, 13 de Maio de 2009 22:40
Subject: Elisa Ferreira - Desmentido
Caros amigos,
Teremos de viver com notícias falsas ou distorções da verdade durante a campanha. No entanto, citarem-me dizendo que o dinheiro da recuperação dos bairros "é do Estado, é do PS" como publicitou o JN no passado dia 9 é excessivamente grave.
Felizmente tenho a gravação do que disse: nunca falo do PS, apenas (duma política ....., fica implícito) do "Governo Socialista", o que faz toda a diferença, e é verdade. A jornalista propôs-se fazer ela a correcção e acabou por sair nos termos que anexo e vou dar o assunto por encerrado, pelo menos até ver.
Já agora, quando ao "vou assinar e já volto", de facto se for eleita a 11 de Outubro terei estado por pouco mais de um mês no novo parlamento depois de instalado (depois das férias de Agosto, até às autárquicas, haverá uma única sessão plenária e uma "mini sessão") o que, realisticamente não permite que me comprometa a fazer nada de visível (relatórios, propostas, etc.); foi este o espírito e enquadramento da minha frase. Claro que se correr mal no Porto (cenário que não quero discutir agora) poderão todos continuar a contar com o meu trabalho profissional e determinado durante os cinco anos; mas hoje não é esse cenário que quero discutir....
Obrigada por poder contar convosco!
Um abraço a todos e até dia 16 às onze na nova sede!
Elisa Ferreira
- De Nuno Casimiro - Guimarães Capital da Cultura: "No Baixa não me pareceu ver grande impacto sobre esta questão, recomendo a leitura deste post do Eduardo Brito, no seu blogue A Divina Desordem."
- De Cristina Santos - 4ª Edição da Festa Na Baixa | 20 a 23 de Maio
PS: mais uma - Seminário de Elisa Ferreira na Univ. Católica - hoje, 18.30, em directo via net
Simpatizo com a Dra. Elisa Ferreira e sei, por experiência própria, que dentro do meio político não pode ser acusada de falta de trabalho. Mas esta campanha tem-me vindo a confundir um bocado. Ainda não sei em quem vou votar, mas preciso de um esclarecimento para não eliminar "a priori" uma das hipóteses.
A candidata ao Porto e à Europa diz que quer mesmo é vir para o Porto, mudar o Porto, e só empresta o nome à lista de candidatos a Eurodeputados do PS. A minha pergunta é:
Sendo que a motivação para ajudar a cidade é tão forte, o que faria a Dra. Elisa Ferreira caso não fosse eleita? Estaria disposta a assumir a posição que lhe fica reservada por direito na câmara (no mínimo, vereadora)? Ou a única forma de ajudar a cidade é mesmo ser presidente da câmara?
Parece-me uma pergunta razoável e que os cidadãos têm o direito de ver respondida.
--
Nota de TAF: Esperando não transmitir nenhuma informação errada, julgo que a candidata já deu essa resposta: se perder as eleições não assumirá o lugar de vereadora. Devo dizer, já agora, que me parece razoável um candidato propor um projecto aos portuenses e, se eles o recusarem escolhendo outro projecto alternativo, dedicar-se a outras actividades. Qualquer candidato com o objectivo de ser eleito Presidente. A escolha é do povo. (Penso também que a posição de Rui Rio é a mesma.)
Não percebo a exaltação para com as palavras da Dr.ª Elisa Ferreira. Ao contrário da maioria considero que falou bem, foi honesta e até indicia o pensamento de muitos portuenses. De facto aqui pelo Norte quando pagamos o IRC, as tributações autónomas, o IRS, o PEC e todos os outros impostos, sentimos, ou pelo menos alguns sentem, que estamos a sepultar dinheiro na máquina partidária, pois outro efeito não se vê.
Aliás a maioria está até a ser incoerente, queixam-se da carga fiscal, da falta de investimento na nossa região e depois escandalizam-se quando alguém corajoso afirma em público que o dinheiro é do PS. Mas alguém tinha alguma dúvida, não é disso que reclamamos há tanto tempo, não é por isso que continuamente suspeitamos dos aumentos tributários, das duplas tributações?
Elisa Ferreira falou bem, espero que o seu próximo passo seja garantir que tudo fará, aqui ou na Europa, para que mais nenhum partido português se arrogue no direito de considerar que o dinheiro que resulta do suor dos portuenses e dos portugueses é sua pertença.
Com certeza que a candidata não está satisfeita com o facto do dinheiro ser do PS, com certeza que a candidata tudo fará para que o dinheiro seja dos portugueses em geral e nunca de um partido. A candidata apenas terá que, em vez de lutar contra o Porto, lutar contra esses que se dizem donos do dinheiro, que também o Porto gera e que se gera cada vez menos, é simplesmente porque esses donos do nosso dinheiro, não redistribuem, não partilham, são bolsos sem fundo que é preciso coser com urgência. Eu concordo, aliás nunca duvidei.
Cristina Santos
Foi hoje votada e aprovada pela Comissão das Obras Públicas da Assembleia da República a Lei que estabelece a qualificação profissional exigível aos técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projectos, designadamente de Arquitectura, bem como fiscalização e direcção de obra, e que implica a revogação expressa e definitiva do famigerado Decreto 73/73. Na próxima sexta-feira dia 15, às 10:00 horas, vai ser votada no Plenário da Assembleia da República, revogando finalmente o 73/73.
Significa isto que, a partir de agora, a Arquitectura só poderá ser exercida por arquitectos.
Aproveito a ocasião para prestar a minha homenagem ao Eng.º Nuno Abecassis que, em meados dos anos 80, na altura em que era presidente da Câmara Municipal de Lisboa, teve a coragem de aprovar uma deliberação, em vigor até hoje, estipulando que nessa autarquia só seriam aceites projectos elaborados por arquitectos.
- Extensão do festival IndieLisboa de 19 a 23 de Maio no Plano B
- Exposição de Fotografia "A Rota do Vinho do Porto", de José Miguel Ferreira - Fotografia muitíssimo recomendável
- Do Porto... com valor!, sugestão de Correia de Araújo
- Apresentação pública da candidatura de Rui Rio a 19 de Maio
- Elisa Ferreira desmente declarações polémicas - Não consegui encontrar na net este desmentido (falta de cuidado de Elisa Ferreira!) corrigindo esta versão publicada pelo JN. Aqui fica abaixo a rectificação "soft" publicada pelo JN, cortesia de José Reis Santos, que relata o caso com mais pormenor.
PS: no site de campanha encontrei apenas uma discreta referência a esta rectificação do JN. Não se percebe...
Caras Associações
Eu vou ser muito sincero e directo.
O processo dinamizador das indústrias criativas juntou muitas entidades e personalidades em Serralves. Por sua vez, o Presidente da Junta de Paranhos lançou, ontem, o HUB do Porto. Eu vi lá muitos notáveis, de outra estirpe, que não são as mesmas pessoas de Serralves.
Custa-me estar a viver e a contribuir para a criação de situações artificiais, por muito louváveis e meritórias que o sejam, e deixar cair, por egoísmo e miopia, as situações e os apelos reais, para as quais nada fazemos. Entretanto, só porque não está ao alcance dos nossos olhos e, sobretudo, por não ser uma luta originada por nós, deixamos engenheiros construir uma barragem que vai contribuir para "reduzir a nossa dependência energética de combustíveis fosseis", e matamos todo um potencial de ligação turística e de mercadorias do Porto de Leixões até Salamanca, que efectivamente rompa com a interioridade e potencia o nosso desenvolvimento regional?
É nisto que dá ir debater a regionalização a todos os lados onde o assunto é aflorado? Ficamos depois cansados na hora da verdade. E a defesa dos nossos problemas e das nossas causas bem reais? Isso dá trabalho e é pouco visível? Eu estou farto de "fetiches de engenheiros" com as suas barragens. Que Conselhos de Administração ausentes e distantes decidam mais do que poderes eleitos como, por exemplo, o Sr. Presidente da Câmara de Mirandela. Estou cansado de ouvir arquitectos, engenheiros e economistas a falar de reabilitação da cidade como se isso tivesse a ver com obra física, quando a reabilitação que é precisa é a social, de criação de negócios de proximidade, de desenvolvimento de projectos que criem emprego, de afirmação nos mercados internacionais, de retenção de riqueza na cadeia de valor... e depois a recuperação física aparece feita. Estou farto que se peguem nessas discussões, dando um triste espectáculo de supostas rivalidades ou ajustes de contas do passado,
Eu peço a todos que nos unamos e façamos as redes e as Associações da Região Norte falar em defesa e apoio a uma pessoa e a uma causa que foram deixadas sozinhas nesta luta, "o Sr. Presidente da Câmara de Mirandela e a manutenção da linha de caminho de ferro do Tua". Destrói-se a nossa história, o nosso ambiente e nós estamos aqui a ver se criamos mais razões de luta e de existência das Associações... Perdoem-me, mas artificialidades não são causas e são um bom exemplo de falta de altruísmo na luta contra efectivas injustiças. Não sejamos míopes e percebamos quando outros precisam da nossa ajuda. Nem todos precisam de estátuas na Terra.
O Douro, o Porto, o Norte e o país vão beneficiar com esta linha a funcionar. Não se sentem revoltados quando bandos de advogados se preparam para defender em tribunal que o espírito que está subjacente à necessidade da EDP reconstruir, a outra quota, a linha do Tua, tem a ver com a essência do serviço a prestar e que esse pode ser feito por barcos? Apenas para evitar custos excessivos à EDP. E o que pensam desta mesma empresa poder fazer mais pela nossa competitividade nacional se reduzisse as suas tarifas para o nível do praticado por nossos concorrentes empresariais, nomeadamente em Espanha, do que em criar com os excessos de resultados da sua actividade Fundações e outras artificialidades dedicadas a causas e à responsabilidade social? Não faria mais por essas causas se fosse mais justa nos preços que pratica, com isso contribuindo para não asfixiar tanto os seus clientes empresariais e particulares, sem ser depois preciso ir atrás com ajudas sociais? É que as entidades empresariais focam a sua atenção na rubrica Custos com Pessoal, quando a sua sobrevivência depende mais dos tais FSE's, onde os custos com energia são variável marcante, do que das despesas com pessoal cuja função final é alimentar a dimensão do seu próprio mercado interno de clientes...
É possível criar uma rede ferroviária entre Leixões e Salamanca que até seja sustentável financeiramente e essa é a forma, pela positiva, do Sr. Presidente da Câmara de Mirandela liderar a última hipótese que terá de evitarmos um erro irrecuperável. Com as redes e as Associações a unirem-se em torno desta causa.
José Ferraz
ACdPorto
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