2008-08-17

De: António Alves - "Linha do Tua"

Submetido por taf em Sábado, 2008-08-23 21:03

Comunicado do Movimento Cívico Pela Linha do Tua:

Foi com profunda estupefacção e pesar que o MCLT - Movimento Cívico pela Linha do Tua, tomou conhecimento hoje pela manhã de um grave acidente na Linha do Tua, a pouca distância do apeadeiro da Brunheda. Lamentando profundamente o sucedido, desejamos uma rápida recuperação a todos os sinistrados e apresentamos as nossas condolências aos familiares da vítima mortal.

A Linha do Tua registou em 120 anos de exploração um único acidente mortal. Desde que a construção da Barragem do Tua ganhou o apoio da EDP e do Governo somam-se 4 acidentes, lamentando-se a perda de 4 vidas.

Consideramos que a situação actual da Linha do Tua é muito grave e, em consequência, o MCLT faz um forte apelo à intervenção imediata da Polícia Judiciária e do Ministério Público para investigar profundamente as causas destes acidentes que não se valem de meras e infelizes coincidências, mormente pelo conflito de interesses existente.

Reiteramos a necessidade de reforço de condições de segurança dos passageiros, quer pela adequação do material circulante quer pela instalação de mecanismos próprios como os existentes em linhas de montanha noutros países, e já aplicado inclusivamente na Linha da Beira Baixa.

É absolutamente inadmissível que uma linha que tem todas as condições para ser um atractivo turístico de excelência continue, ao cabo de ano e meio, a sofrer acidentes, envoltos neste clima de suspeição e encobrimento. Vales como o do Tua não se construíram com betão, o Vale do Tua é único e insubstituível.

Por último e, mais uma vez, o MCLT exige transparência, rigor, e responsabilização pelos "acidentes" mais recentes e, a adopção de medidas adequadas para que o transporte de passageiros seja feito em segurança e conforto na Linha do Tua.

Movimento Cívico pela Linha do Tua, 22 de Agosto de 2008

De: TAF - "Tua"

Submetido por taf em Sexta, 2008-08-22 12:35

Linha do Tua


- Linha do Tua: descarrilamento causa um morto e 25 feridos, dez em estado grave

O que é que se passa com a Linha do Tua, que agora volta e meia há acidentes? Deixaram de fazer manutenção a sério? Refere-se uma explosão, na notícia!

PS: Estive mesmo lá à beira, há dias.
PS 2: actualização, e mais outra.
PS 3: Linha do Tua encerrada provisoriamente até se apurarem causas de acidente
PS 4: Governo garante manutenção da linha do Tua

De: TAF - "Dois vídeos no JPN"

Submetido por taf em Quinta, 2008-08-21 22:45

- No Público

Nota: Ingleses ignorantes não lêem estudos da ANA :->

De: António Alves - "Petição pela Regionalização"

Submetido por taf em Quarta, 2008-08-20 14:53

Assine aqui.

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Nota de TAF: sobre o mesmo assunto - Movimento quer regiões sem novo referendo.

De: Pedro Bragança - "A medida do quarteirão"

Submetido por taf em Quarta, 2008-08-20 09:42

Caro Luís

Quanto à política de apoios à reabilitação da Porto Vivo com a medida de referência "quarteirão" - que entra em claro confronto com a da CRUARB - julgo que o vídeo disponibilizado pelo PortoRedux aqui acrescenta muito ao que se vem a falar. (Essencialmente no segundo vídeo aquando da intervenção de Rui Loza.) Mas apraz-me pensar na forma como a cidade foi construída e o factor que a torna particular no seu tecido urbano. Certamente estamos perante um caso bem diferente do plano de Haussmann para París, ou de Cerdà para Barcelona. Um dos exemplares casos em que, provavelmente, devemos olhar para o nosso passado e não para o dos outros.

A política de Realojamento do "para quem é chega" ficou politicamente enterrada com o 25 de Abril - pelo menos já ninguém assume isso. Então, com as tão frequentes notícias de problemas sociais em Bairros densos, chegou a altura de entendermos que "para quem é" deve haver um investimento ainda mais forte de modo a garantirmos uma estabilidade social aceitável a longo prazo. Agora que (parece) todos já entenderam que um semi-Bidonville não é melhor do que um Bidonville estará na altura de realojar com uma postura de democracia consolidada.

Cumprimentos
Pedro Bragança

De: Luís Gomes - "Mais um quarteirão, nova desilusão"

Submetido por taf em Terça, 2008-08-19 23:05

Quem der uma vista de olhos pelo último número da revista Municipal do Porto, na secção que dá conta do trabalho desenvolvido pela SRU, até ficaria em crer que a obra está a todo o vapor. De facto se elaborássemos uma equação onde os taipais fossem a variável principal, diríamos que a reabilitação estava imparável. Mas existem algumas incongruências:

- Infante: "Trata-se de um quarteirão que se encontra praticamente reabilitado." Portanto metade do quarteirão é composto pela frente do Mercado Ferreira Borges e pela fachada do Palácio da Bolsa. Em frente ao Palácio da Bolsa encontram-se inúmeros prédios em visível estado de degradação compondo por isso 1/4 do quarteirão. Fica como está? Ou querem ver que pelas contas da Câmara esses prédios fazem parte de um outro hipotético quarteirão? Possivelmente o quarteirão do Infante para as contas oficiais são a meia dúzia de edifícios que ficam de frente para o Ferreira Borges.

- Cardosas: "As sondagens geotécnicas comprovaram que existem condições favoráveis à criação de um parque no «miolo» do quarteirão, onde decorrem as demolições." Mas não era para estar pronto no primeiro semestre de 2008? Ainda estão a estudar a hipótese da instalação de um parque de estacionamento? Porquê? Porque só assim escritórios e hotel terão realmente atractividade..
Quanto às estimadas 54 habitações possíveis, a formula parece ser a mesma de Carlos Alberto: a sociedade promotora reconstrói, procede à venda pelo seu respectivo valor de mercado, sendo que uma parte do valor reverte para a Sociedade de Reabilitação. Volto a insistir no mesmo ponto, que me parece essencial: não basta recuperar e criar investimento.

Aos preços do Pateo Luso em Carlos Alberto estimados pelo site da SRU: "Na primeira fase foram disponibilizadas 8 fracções para habitação e 2 para comércio, com um desconto entre 5 ou 10 000 euros em preços que variaram entre os 100 mil euros e 250 mil euros. As 8 fracções da primeira fase foram já todas vendidas, os 2 T0, 3 T1 e 3 T2, estando ainda disponíveis os 2 escritórios(...)" e continua concluindo: (...) "Os jovens serão, maioritariamente, os próximos habitantes deste novo empreendimento, inteiramente reabilitado, no coração da cidade." (...).

Portanto um jovem casal, possivelmente com um filho adquire um andar de tipologia 2 na Baixa por +/- 200 mil euros (fazendo uma estimativa a julgar pelo tecto máximo descrito no site ). Acreditam? Só se algum deles tiver como a publicidade diz, um pai rico, porque custa-me a crer que existam jovens a dar os valores pedidos a preços de mercado destes imóveis. Acresce a tudo isto que, se o Plano Aleixo for avante, os promotores terão de cumprir a quota de habitantes do Aleixo que terão de passar a viver na Baixa. Deste modo as casas por recuperar na Baixa vão ficar ainda mais inflacionadas fruto das sociedades que hipocritamente terão de comprar para alojar novos habitantes.

Acresce a isto o facto de existirem quarteirões a candidatarem-se ao QREN, como o Morro da Sé. Por via deste fundo, 6,9 dos 10 milhões de euros serão contribuições comunitárias. Visto que o consórcio congrega de novo um construtor de obras, gostaria de perceber a qual será o preço de venda do património a reabilitar uma vez que se parte do valor da recuperação é proveniente de fundos comunitários o beneficio tem de ser dos proprietários actuais e futuros e não da SRU ou da construtora.

Assim pergunto a vocês, que tanto falam de mercados e privatizações, de bairros ou de assuntos colaterais, qual é a justeza de oferecer casas na Baixa a pessoas que na sua maioria vivem do rendimento mínimo garantido, e não ajudar os jovens e as jovens famílias a poder morar no Porto, jovens esses que trabalham e contribuem positivamente para a vida económica e social do pais.

Pergunta: onde pára a oposição? Anda a brincar aos mercadinhos, ora do Bolhão e agora tem outro bibelot no Bom Sucesso.

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Nota de TAF: a definição dos quarteirões está aqui.

De: Jorge Azevedo - "Feiras..."

Submetido por taf em Terça, 2008-08-19 18:02

Mas por que raio há-de a Feira de Artesanato, dita de S.Bartolomeu (...ou outra qualquer) "entaipar" um Jardim da cidade do Porto (no caso, o Jardim do Passeio Alegre), privando os cidadãos de aceder e fruir do referido jardim?!

Feira de Artesanato  Feira de Artesanato

De: TAF - "Mais apontadores"

Submetido por taf em Terça, 2008-08-19 17:41

De: TAF - "Apontadores"

Submetido por taf em Segunda, 2008-08-18 22:30

Ponte Luíz I, hoje ao fim da tarde


- Alcochete: outro erro como Beja? - sugestão de Rui Rodrigues: "O que está a ocorrer com o aeroporto de Beja também poderá suceder com a nova infra-estrutura em Alcochete, onde se pretende investir milhares de milhões de euros sem sequer existir uma política aérea adequada à região de Lisboa e ao nosso país."

- Venda de peixe no mercado do Bom Sucesso retomada amanhã
- Bancas de peixe reabrem amanhã no piso superior
- Mercado do Bom Sucesso: Solução provisória satisfaz comerciantes, mas não cala as críticas

- TNSJ acolhe projecto de colaborações artísticas até Setembro
- Governadores civis impedidos de proibir manifestações
- Procurador limita poderes das polícias municipais

De: Pedro Bragança - "Mercados de Insucesso"

Submetido por taf em Segunda, 2008-08-18 21:47

Cada vez me convenço mais da política falhada para a cidade desde o início do século XX. Ou antes até. Enquanto era das raras cidades onde ainda se morria brutalmente de peste negra o Porto avançava com monumentais projectos, normalmente suportados pela associação comercial. Foi o primeiro projecto do mercado do Bolhão, depois a Avenida dos Aliados, o edifício da Câmara do Porto, o Terreiro da Sé e todos os outros erros no planeamento urbano que ainda hoje pagamos caro.

Para muitos ainda actualmente se comentem esses erros. Vejam-se os casos da discussão gerada pela requalificação da Avenida dos Aliados, da Cordoaria, da Avenida marítima em Matosinhos, dos Leões... Entendo que os dois principais mercados – Bolhão e Bom Sucesso (excluo o espaço do Ferreira Borges) – tornam claríssimo aquilo que podemos entender do espaço urbano de hoje do Porto. O espaço é forma e é função. Ninguém está à espera da cidade, que ela aconteça, que ela crie o seu próprio desenlace. Não há observadores de partida, nem medidores, nem estatística, nem programação multimédia. Sendo que a cidade é parte de todos nós, estamos a construí-la sempre que a discutimos e questionamos, sempre que a percorremos ao Domingo de manhã, sempre que estacionamos o carro em cima da linha amarela.

Lamento as lamentações (!) sobre os problemas do espaço quando fica por pensar o uso que lhe é dado, a adaptação das circunstâncias e acontecimentos às pedras de cada rua e às fachadas de cada edifício.

À parte da indiscutível questão da urgente reabilitação dos espaços públicos do Porto – como os Mercados, como as Ilhas, como o Barredo, como a Vitória – acredito que é ainda mais prioritária a reflexão acerca do uso que queremos dar a cada espaço, a avaliação da actualização de cada matéria, seja comercial, seja cultural, desportiva… E, assim, questionarmo-nos qual o modelo de reabilitação para um espaço que vai ser um mercado de frescos, ou um centro cultural, ou uma incubadora de empresas criativas. Antes de mais, torna-se fundamental, para se decidir como fazer, saber-se o que queremos fazer e de que modo queremos traçar o futuro do espaço urbano do Porto.

Trata-se de uma questão de opções, nenhuma tem de estar necessariamente errada, mas se o espaço corresponder a um programa, tanto melhor.

Cumprimentos
Pedro Bragança

De: Daniel Rodrigues - "Mercadorias vs. TGV"

Submetido por taf em Segunda, 2008-08-18 14:09

Aqui está uma notícia que acerta em cheio no problema de construir um TGV. Mais do que nunca é preciso que o resto do país se mobilize, e exija a existência de uma linha de mercadorias em bitola europeia interligando as principais zonas industriais, libertando as restantes vias para o tráfego de passageiros.

A meu ver, a melhor solução seria começar por exigir a Espanha no seio da comunidade europeia a construção de uma linha de mercadorias em bitola europeia entre Vilar de Formoso e Hendaye, e realizar uma ligação Aveiro (Pampilhosa) - Vilar de Formoso igualmente em bitola europeia. De igual modo, como uma solução rápida e barata para integração dos sistemas, colocava em Pampilhosa uma central de transferência de carga, utilizando a bitola ibérica e unidades de transporte existentes para ligar Pampilhosa aos centros industriais no litoral. Progressivamente, e a partir deste ponto nevrálgico da rede e ligação aos mercados europeus, realizaria linhas em bitola europeia, começando por um trajecto ao longo do antigo vouguinha para norte passando as zonas industriais (Estarreja, Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, Feira, Gaia, Gondomar, Leixões, Vale do Ave, Viana do Castelo), e para Sul, preferencialmente ao longo da linha do Oeste. Em paralelo, uma ligação através do Vale do Tejo, Abrantes, Castelo Branco, Guarda, Vilar de Formoso para uma ligação rápida a Espanha. Finalmente, a substituição completa das linhas existentes para bitola europeia, a longo prazo.

Este plano tem multiplas vantagens:

  • 1. ligação de Portugal à Europa como prioridade máxima: as mercadorias são transferidas em Pampilhosa e daí ao destino não necessitam de mais pontos de paragem
  • 2. aproveitamento da infraestrutura existente sem perturbação da circulação existente. (áreas com circulação residual, como o canal do vouguinha)
  • 3. intervenção faseada, permitindo maior ou menor investimento consoante o estado das finanças públicas
  • 4. com a libertação das mercadorias para um canal paralelo, maior disponibilidade para transporte de passageiros nos canais existentes
  • 5. aumento das áreas servidas por via férrea, possibilitando uma introdução de novos comboios de passageiros circulando em bitola europeia em centros populacionais presentemente não servidos por comboio

Esta é, creio, uma solução adequada à nossa realidade. Seguramente que o custo da linha de TGV Lisboa-Madrid pagaria este projecto, pelas menores exigências na construção da linha. Idealmente, o que eu gostaria de ver num futuro a longo prazo era a subsittuição das linhas de passageiros mais saturadas por um canal para comboio magnético :)) Era uma tecnologia que creio seria adequada ao perfil do nosso território. Mas isso são sonhos. Como o TGV é para alguns...

Cumprimentos,
Daniel Rodrigues

PS: certamente contarei com o António Alves para aperfeiçoar estas ideias, (por exemplo, em vez de um, dois pontos nevrálgicos? Entroncamento e Aveiro em vez de Pampilhosa?).
PS2: certamente contarei com os restantes para começar a pensar fazer um lobby sério por uma estratégia de transporte ferroviário, focando-se no essencial: o transporte de mercadorias e o transporte de passageiros em curta/média distância.
PS3: como referência, a estratégia suíça, denominada Rail2000: votada em 1987, agora já na segunda fase: (francês/alemão ou italiano).

De: Manuel Leitão - "Que dois..."

Submetido por taf em Segunda, 2008-08-18 01:08

Esta história do encerramento da Mercado do Bom Sucesso cheira a peixe estragado… Por um lado a famigerada ASAE comandada pelo inefável Nunes (o tal que entra à borla em sítios onde os outros pagam, a pretexto de os fiscalizar) desmente que seja essa a ordem dada ao vereador Leitão (mais conhecido por Sampaio Pimentel) e que apenas as peixarias têm de fechar. Por outro, Leitão, que aproveita desavergonhadamente a oportunidade para defender a “dama” da entrega do Bolhão à atarantada Tram.Cro.Ne, vem com o “choradinho” da falta de dinheiro da autarquia para as obras no mercado, enquanto a mesma esbanja à tripa forra em “eventos” com marcospaulos e paroladas quejandas anos a fio.

Entendam-se lá, ó criaturas, e acabem com a “peixeirada”…

De: TAF - "Mais uns apontadores"

Submetido por taf em Domingo, 2008-08-17 23:55