2008-03-30

... em que vou estar pouco tempo online, fica só o apontador para uma fotografia que vale a pena ver. "Algo mesmo novo", como se referiram a ela, eu não diria, mas merecedora de atenção e reflexão isso sim.

Revela que o Norte anda a dormir. FRANCISCO CARBALLO-CRUZ já o explicou aqui. Continuando com referências galegas, que o Norte tanto gosta de se comparar, gostaria de perguntar aos senhores do cluster da «Economia do Mar» da UP se consideram ou não o Porto de Leixões um elemento importante dessa política. É que na Galiza, que fabrica desde barcos de recreio até porta-aviões e exporta Pescanovas, de certeza que a evolução estratégica dos portos não é ignorada. Há realismo ou credibilidade em propor uma «Economia do Mar» quando assuntos básicos como a intermodalidade logística associada ao Porto de Leixões não avança? Provas:

- ler o resto no Norteamos.

É com enorme satisfação que vimos comunicar que procedemos ao pagamento de todas as despesas que foram feitas aquando da comemoração do 11º aniversário da classificação do Porto como Património da Humanidade.

O esforço de todos, em especial dos envolvidos na organização, foi essencial para que pudéssemos atingir um dos nossos objectivos: fazer uma festa de cidadãos paga exclusivamente pelos cidadãos. Conseguimos graças também ao seu esforço e participação, quer comprando lanternas e autocolantes, quer transferindo dinheiro para a conta conjunta, quer ainda por ter participado na festa Olhos nos Olhos no dia 30 de Janeiro no Passos Manuel. Por essa razão também o nosso Obrigado.

Vamos agora reorientar a nossa atenção para as próximas acções, uma vez que já concluímos completamente a primeira. Das nossas intenções, da vontade de alargar substancialmente as participações a todos e da forma como tencionamos continuar a defender e a celebrar o Porto Património da Humanidade, iremos dar-vos contas durante o mês de Abril. Até lá, contamos como sempre com o vosso interesse em fazer o mesmo, celebrar e defender o Porto enquanto Património da Humanidade.

Até já.
Cidadãos do Porto - Sociedade Aberta

001# Manual de Instruções para este fim-de-semana no opozine!
002# Arquitectura em Trânsito no Porto: Andrea Deplazes [Conf] + CinemaArchitecture [Seminário] + Arquitecturas em Palco [Exp]
003# Black BoX - A Praça de Lisboa I
004# Carnet de Route - Índia: viii capítulos
005# Cityscope - Mercado do Bolhão num Sábado de manhã

No âmbito do "Concurso Cidades Criativas - uma reflexão crítica sobre o estado das cidades portuguesas", vai decorrer no Salão Nobre da Escola Salesiana Colégio dos Órfãos do Porto um Sarau de Poesia e Música denominado "O Porto como tema". O Sarau realizar-se-á no Sábado, dia 05 de Abril, pelas 21 horas, pelo que convidamos, desde já, todos os nossos visitantes a marcarem presença. Para a realização desta actividade contaremos com a presença da professora Maria de Lurdes dos Anjos, do poeta Leandro de Carvalho, da poetiza Maria de Lurdes Rodrigues entre outros.

A que horas chegar?
Dia 5 de Abril, Sábado - às 21 horas
Como chegar?
De autocarro: 206, 207, 800, 801, 401, 303, 305.
De metro: linhas: roxa, vermelha, azul e verde. Saída na estação do campo 24 de Agosto.
A pé: Depois de chegar ao Campo 24 de Agosto desce a rua Duque de Saldanha até ao Largo Padre Baltazar Guedes.

- «Cluster» da saúde criado amanhã
- Avenida AEP: Não mais
- Bolhão: Tensão entre comerciantes
- Novo Código Municipal aposta na desburocratização
- Artes: Festival Black & White arranca
- JPNa4

Realidades virtuais:
- Ministro vê poucos licenciados no desemprego (com áudio) - eu, se fosse Primeiro-Ministro, tê-lo-ia demitido de imediato!
- Ministério avança dados sobre desemprego entre licenciados
- Ministro da Ciência diz que licenciados não sofrem de desemprego

Talvez por causa da complexidade das “technicalities” jurídicas, parece que boa parte dos jornais não compreenderam o que verdadeiramente disseram os especialistas presentes no seminário organizado pelo departamento jurídico da CMP. O que eles disseram (sobretudo Fernanda Paula Oliveira e Mário Aroso de Almeida) foi que para legalizar o Bom Sucesso uma de duas coisas tem de acontecer:

• - ou se põe a realidade de acordo com as normas, legais e regulamentares, que o Tribunal Administrativo considerou violadas na sentença que ditou a nulidade do licenciamento (hipótese que desemboca na inevitabilidade da demolição);
• - ou, alterando-as a posteriori, se põem as normas violadas de acordo com a realidade (o Bom Sucesso, tal como ele está).

Em abstracto, respeitados certos limites (alguns escrúpulos que um Estado de Direito ainda não dispensa), estaria nesta segunda alternativa a salvação do edifício. Como foi explicado no Seminário, na insuspeita exposição do Dr. Filipe Avides (do Departamento Jurídico da CMP), a sentença do Tribunal Administrativo reconheceu e declarou 3 ilegalidades no licenciamento do Bom Sucesso:

• - violação do PDM então em vigor;
• - violação de uma lei de 1949;
• - violação de um preceito do RGEU (Regulamento Geral das Edificações Urbanas).

A CMP pode alterar o PDM, é certo. Mas a CMP não pode alterar duas leis gerais da República. Nem uma. Nem que fosse um município da Região Autónoma da Madeira. Portanto, não está nas mãos da CMP legalizar o Bom Sucesso. A tarefa está completamente fora do seu alcance. E em nome de quê haveria a República de mudar as suas leis para salvar um só edifício?

Paulo Duarte
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Nota de TAF: admitindo que só a primeira das duas alternativas é viável, será que a reparação do erro terá que assumir a forma de demolição? Não será possível fazer com que as normas violadas passem a ser cumpridas através de soluções deste tipo, eventualmente recorrendo a esta sugestão de Emídio Gardé?

Odes ao vinho, à vida e à morte é o apelativo tema da sessão de poesia, organizada pela Livraria Poetria, que decorrerá Sexta-feira, 4 de Abril, no Café Progresso.

Além de uma performance sobre o vinho, levada a cabo por Isaque Ferreira que, com Susana Guimarães, dirá poemas de Fernando Pessoa, Omar Khayyam, Sophia de Mello Breyner, Jorge Sousa Braga, Daniel Jonas, Rui Reininho, Manuel de Freitas, Charles Baudelaire, Alexandre O'Neill, Vinicius de Moraes, Arthur Rimbaud, José Gomes Ferreira, Malcolm Lowry e Natália Correia, haverá ainda, para compor a noite, a música de um saxofone e duas guitarras, a cargo de Nuno Brito, Luís Carneiro e Fábio Fernandes. A não perder!

Carlos Romão

Depois de um dia muito ocupado e sem tempo para o blog, aqui ficam alguns apontadores.

- Shopping do Bom Sucesso: Câmara evita demolição
- Demolições por ordem judicial sem consenso
- Demolição do Bom Sucesso poderá ser evitada

No caso do Bom Sucesso, o que me parece fundamental é garantir que os responsáveis pela situação sejam punidos e suportem solidariamente penalizações equivalentes ao custo da demolição (com tudo o que ela implica de indemnizações), mesmo que se encontre uma solução que substitua a demolição por outra opção qualquer. O caso não pode ficar impune e "branqueado" por uma legalização forçada a posteriori. Caso contrário estaremos mesmo numa república das bananas e, como já antes foi dito, de bananas...

- Prédios do Morro da Sé vendidos à SRU
- Câmara aprova venda à Porto Vivo de 16 prédios na Sé
- Preço das casas nas Fontainhas pode subir
- Expropriados terrenos para a Metro
- Escolas do Viso e Campo 24 de Agosto terão obras

- Bial desiste da investigação em alergologia e vende a holandeses a fábrica de Espanha
- Cluster português da saúde vai arrancar

- Banha da Cobra Neo-Liberal - sugestão de José Silva
- Prolongamento da Taxiway na Portela (PDF) - sugestão de Rui Rodrigues: "Os benefícios do prolongamento da taxiway na Portela, relativamente à segurança, movimentos e ruído, superam largamente os custos do investimento."

Modernas oficinas dos pendulares em Contumil

Segundo notícias vindas a público em alguns órgãos de informação, como o jornal Sol de 21 de Março ou no Telejornal de hoje da RTP1, o governo pretende construir no Barreiro uma espécie de ‘Cidade Ferroviária’. Esta infra-estrutura, segundo os citados órgãos de informação, está incluída no projecto de alta velocidade ferroviária, mas também pretende concentrar toda a manutenção dos actuais pendulares e comboios das linhas suburbanas. Diz-se que esta ‘cidade’ criará mais de 200 novos postos de trabalho. Não se diz que extinguirá pelo menos 60 postos de trabalho altamente qualificados no Porto. Porque os mais distraídos sobre estas coisas da ferrovia talvez não saibam, mas a manutenção dos pendulares é feita, desde o início da sua introdução em Portugal, no complexo ferroviário de Contumil. Ainda hoje muita gente no mundo ferroviário se espanta com o facto de ter sido instalada a manutenção dos pendulares no Porto e não na zona de Lisboa. Enquanto uns se espantam, outros nunca tal coisa aceitaram de bom grado e tudo têm feito para tentar ‘transferir’ esta valência para o sul. Pelos vistos o governo vai fazer-lhes a vontade. Diga-se a propósito que toda a equipa de manutenção dos comboios pendulares em Contumil é de excelente qualidade profissional e tem feito um trabalho notório, pela sua dedicação e proficiência técnica, desde os engenheiros que coordenam as equipas até ao mais jovem operário-estagiário, muitas vezes com enormes carências tanto de tempo, stock de sobresselentes e a eterna falta de meios financeiros. Sendo o destino mais do que provável dos comboios pendulares, depois de construída a alta velocidade entre Lisboa e Porto, a Linha Porto-Vigo, cujas características serão justamente as indicadas para comboios desse tipo, não se vislumbra qualquer lógica para que a sua manutenção seja ‘drenada’ para o Barreiro.

Zé Locomotiva

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Nota de TAF: o autor do texto, apesar de se ter identificado perante o moderador do blog, prefere manter publicamente o anonimato adoptando um pseudónimo.

O Plano B - Associação Cultural está a organizar a extensão do festival de cinema INDIELISBOA no Porto nas antigas salas do Cinema Trindade, uma das salas mais antigas e emblemáticas da cidade, de 8 a 15 de Maio, com um programa bastante representativo da diversidade do festival que irá acontecer em Lisboa de 24 de Abril a 4 de Maio.

Mais informamos que será realizada uma festa de antecipação do festival no dia 11 de Abril, Sexta-feira, no Plano B, com exibição de 4 curtas-metragens:

SUPERLOVESTARPOWER 2 (aka The Album Project), Goody-B Wiseman, exp., EUA, 2006, 12'
Este tríptico tem por base três icónicas capas de álbuns clássicos da música dos anos 60 e 70 assinados por Paul Simon e Art Garfunkel, Carole King, e John Lennon e Yoko Ono. Ao som das suas canções, numa espécie de videoclips póstumos, THE ALBUM PROJECT é um divertido exercício que imagina insólitas situações para o momento específico captado pela câmara fotográfica para a capa desses álbuns.

PATTERNS 3, Jamie Travis, fic., Canadá, 2006, 18'
PATTERNS 3 faz parte de uma trilogia e encerra-a. Através da música Pauline e Michael revelam a natureza da sua enigmática relação e dos gestos, por vezes absurdos, com que comunicam.

DEEP INSIDE, de Camille Henrot, exp., França / France, 2005, 7'
DEEP INSIDE é um vídeo baseado num filme pornográfico. O filme original demonstra as possibilidades que três indivíduos caberem num determinado espaço. O resultado do novo filme é uma história de amor.

FILHOS DO TÉDIO, Rodrigo Fernandes e Rita Alcaire, doc., Portugal, 2006, 48´
A atitude é um pequeno detalhe que faz uma grande diferença. FILHOS DO TÉDIO leva-nos a redescobrir Coimbra. O documentário de Rodrigo Fernandes e Rita Alcaire conta-nos a história dos "Tédio Boys", um grupo de jovens músicos que se tornaram um dos ex-libris da cidade dos estudantes. Através das vidas destes músicos aprendemos novos significados para velhos conceitos: vida nocturna, exagero, diversão, criatividade e música. O documentário é uma reflexão sobre um dos mais curiosos fenómenos da cena musical de Coimbra da última década com dimensão internacional. FILHOS DO TÉDIO descreve-nos a realidade desse período de transição, com enfoque nos seus diversos momentos-chave.

M. Cumprimentos,
Plano B
Rita Maia

Caros Participantes e Leitores,

Nas próximas quinta-feiras, vai decorrer um 1º ciclo de debates, organizada pela Plataforma de Intervenção Cívica do Porto, sobre questões ligadas ao Património da Cidade - Mercado do Bolhão, nas seguintes vertentes: A) Humano e Arquitectónico B) Comercial e Cultural. Realiza-se da seguinte forma:

QUINTA-FEIRA - DIA 3 ABRIL - NO ORFEÃO DO PORTO (Praça da Batalha)
18:30h - 20:30h PATRIMÓNIO HUMANO E ARQUITECTÓNICO
Mercado do Bolhão - Projecto de Reabilitação aprovado pela Câmara e IPPAR em 1998

Mesa redonda com:
Moderadora: Ana Caridade, jornalista
JOÃO TEIXEIRA LOPES, SOCIÓLOGO
JOAQUIM MASSENA, ARQUITECTO
JOSÉ RODRIGUES, ARTES PLÁSTICAS - ESCULTOR
LINO TAVARES, ARQUEÓLOGO
MANUEL CORREIA FERNANDES, ARQUITECTO

QUINTA-FEIRA - DIA 10 ABRIL - NO ORFEÃO DO PORTO (Praça da Batalha)
18:30h - 20:30h PATRIMÓNIO COMERCIAL E CULTURAL

Mesa redonda com:
Moderadora: Ana Caridade, jornalista
JOAQUIM MASSENA, ARQUITECTO
JOSÉ EMÍDIO, ARTES PLÁSTICAS - PINTOR
MANUEL CORREIA FERNANDES, ARQUITECTO
RUI MOREIRA, ECONOMISTA

Cumprimentos,
PIC-PORTO
Rui Silva

toda a informação em: manifestobolhao.blogspot.com

Deve ser a tal peta do primeiro de Abril... Custa a acreditar, mas será que o senhor Presidente da Agência de Energia do Porto (AdEPorto), Eduardo de Oliveira Fernandes, enquanto o Estado por via do Governo anuncia que 45% da electricidade a ser consumida no país será proveniente de fontes renováveis, a AdEPorto propõe que se passe a gastar... gás natural argelino?!

Mais grave ainda para quem há não muitos anos foi pioneiro no país com a construção da famosa Casa Solar e tem um C.V. dedicado à procura de soluções nas energias renováveis.

Extraído de et verde. Mas pode ser lido na totalidade aqui e aqui.

João Carvalho e Costa

- Seminário discute demolição do Bom Sucesso
- Terreno regressa à órbita da autarquia
- Porto: Criado serviço telefónico para esclarecer dúvidas dos munícipes
- Rui Rio inaugura novo serviço de atendimento telefónico da Câmara do Porto
- Câmara do Porto: Obras fora de prazo

- Casas no Centro Histórico acima dos 1400 euros/m2
- Compare com outras zonas
- Câmara aliena prédios para intervenção da SRU no morro da Sé

- Arrendamento Jovem: Movimento Porta 65 Fechada congratula-se com alterações introduzidas, mas considera-as insuficientes
- Comboios: CP encurtou tempo viagem na linha Braga/Porto e criou cinco ligações mais rápidas nas horas de ponta
- CP encurta tempo de viagem e acrescenta nove comboios à linha Braga-Porto
- Via Interna de Ligação ao Porto de Leixões é inaugurada hoje pelo primeiro-ministro

- Serra do Pilar: Comissão de Acompanhamento do processo agiu "na clandestinidade"
- Serra do Pilar: Vereador classifica situação de "extraordinariamente perigosa" sem desalojamentos

- "Na Universidade do Porto está tudo a cair de podre" - Dito assim parece um bocadinho excessivo...

- XIV Semana Sociológica no Porto - sugestão de Sofia Brandão
- Concurso Intervenção Galeria Plano B - sugestão de Plano B

PS:
- Porto de Leixões: Sócrates incentiva APDL a construir porto de cruzeiros
- Comunistas afirmam que "Rui Rio não cala o PCP"
- Marcelo Rebelo de Sousa "satisfeito" por ser preferido para liderar oposição
- A propósito do Prós & Contras que está agora a decorrer: a diferença de “dantes” para “agora” não está nos alunos, mas sim no facto de que dantes a indisciplina tinha consequências imediatas para os alunos, agora não.

- Tráfico "foge" para o Cerco
- Na fila para comprar
- Faltam respostas integradas

Esta situação é em grande parte resultado da incapacidade de as entidades envolvidas conversarem decentemente umas com as outras: Câmara do Porto, Fundação Porto Social, Ministério da Saúde, IDT, Junta de Freguesia de Campanhã, Fundação Filos, PSP, etc., etc..

Pode ser que existam más-vontades e maus-feitios. Pode ser que haja razões de queixa de uns contra os outros. Pode ser que o oportunismo político se sobreponha frequentemente aos interesses da cidade e do país. Pode ser que se verifique muita incompetência. Mas, bolas, não estamos seguramente a falar de instituições tomadas de assalto por bandos de malfeitores! Haverá de certeza possibilidade de, assumindo a postura "descomplicadora" adequada, se encontrarem plataformas mínimas de colaboração que produzam resultados visíveis. Falta aqui alguma mediação social entre os próprios agentes responsáveis por encontrar soluções para estes casos.

PS: atitudes que não ajudam.