2008-01-13

De: Pedro Aroso - "Mostrem o projecto"

Submetido por taf em Sábado, 2008-01-19 20:49

Todos os comentários que tenho ouvido acerca do projecto do Bolhão fazem-me lembrar aquelas reportagens das nossas televisões, sempre que há um acidente. Normalmente, escolhem para entrevistar alguém que não viu nada, mas que nem por isso se inibe de dar a sua opinião, como se isso pudesse ter algum interesse para informar os espectadores.

Ontem, na segunda reunião do Conselho de Delegados da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos, o assunto foi abordado, mas pouco mais fiquei a saber. Com efeito, receando que a CMP estivesse a lançar uma reedição do modelo do famigerado Concurso da Quinta do Covelo, a OA solicitou à SRU o programa do Concurso do Bolhão, de forma a analisá-lo, para posteriormente poder alertar a classe caso fossem detectadas eventuais irregularidades. A resposta foi rápida: “Quando quiserem, podem vir levantar o processo, mediante o pagamento de 500,00€, que é o valor que cobramos aos concorrentes”. Como é óbvio, a OA não pode dar-se ao luxo de esbanjar dinheiro. Na minha opinião, a CMP poderia ter facultado uma cópia, com o compromisso da sua devolução.

Para evitar mais especulações sobre este assunto, faço daqui um apelo ao Vereador Lino Ferreira no sentido de expor o projecto vencedor. Pessoalmente, estou com bastante curiosidade em conhecê-lo. Aproveito para lembrar que o projecto original do Bolhão é da autoria de Marques da Silva, indiscutivelmente o arquitecto que mais marcou a nossa cidade na primeira metade do século XX.

De: José Silva - "Porto-Minho-Vigo com muita cidadania"

Submetido por taf em Sábado, 2008-01-19 18:39

Defendi aqui um traçado litoral da ferrovia Porto-Minho-Vigo (PMV). O governo parece continuar a insistir no traçado interior e a ignorar a ligação ao Aeroporto Sá Carneiro. Assim, na sequência do trabalho de António Alves, gostaria de acrescentar alguns tópicos a esta discussão e no final fazer um apelo de cidadania.

... Continuação e imagens no Norteamos.

De: Alexandre Burmester - "Mercado do Bolhão"

Submetido por taf em Sábado, 2008-01-19 18:25

Toda esta discussão sobre o Mercado do Bolhão seria se calhar esvaziada se a Câmara aprendesse de uma vez por todas a tornar transparentes estes processos. Dá-me vontade de dizer que todos gritam e sem razão. Mas se calhar os gritos têm toda a pertinência, e a Manifestação prevista também.

Se calhar o facto de a Câmara não querer divulgar o projecto “ganhador” é porque este provocará uma discussão ainda maior. Realmente torna-se esquisito pensar como é que se vai reabilitar o mercado, com a construção de dois pisos em estacionamento, um piso intermédio, e ainda habitação nos pisos superiores. Já para não referir a aparente conflitualidade de usos, gostaria de perceber como se vai construir dois pisos debaixo do mercado sem promover a sua destruição. Bem sei que é possível tecnicamente, mas também sei a que preços.

Com tantas dúvidas vindas a público, porque será que a Câmara insiste em não tornar claro este processo? Porque que será que não mostra o projecto? Alguém saberá?

Em vez de o “Movimento cívico” se manifestar contra o que não conhece, deviam aproveitar para se manifestar exigindo da Câmara uma atitude de transparência e de clareza processual, tornando público todo este processo. E devia a Câmara parar de continuar a passar-nos a todos este atestado de cidadãos incompetentes.

Alexandre Burmester

De: Correia de Araújo - "Cá se fazem... cá se pagam"

Submetido por taf em Sábado, 2008-01-19 18:22

A propósito do post de Pedro Bismarck (Mercado do Bolhão - movimento cívico) não posso deixar de me lembrar dos primeiros tempos de Rui Rio, à frente da Câmara do Porto, em que ele contestava (quase) tudo o que vinha de trás (Plano de Pormenor das Antas, construções no Parque da Cidade, etc., etc.). Pois bem! Passados estes (poucos) anos, apetece-me dizer: cá se fazem, cá se pagam! Veja-se, entre outros, a Nun'Álvares e, agora, o Bolhão.

Nota: Perdoe-me que discorde... mas não me parece particularmente assustador o site (o bichinho até é simpático, estava à espera dum daqueles ferozes cães classificados como potencialmente perigosos). Como, de igual modo, não vejo que se possa dizer que o Bolhão está mal entregue baseando-se apenas numa simples extrapolação em torno dum site (onde, aliás, constam obras de vulto... e outras que, seguramente, serão uma referência, como a Exponor XXI).

Correia de Araújo

De: Ricardo Gomes - "Mercado do Bolhão - RTP e Sol"

Submetido por taf em Sábado, 2008-01-19 18:16

A propósito do que Pedro Bismarck referiu, a RTP e o Sol já publicaram hoje uma notícia referindo o "movimento de estudantes e arquitectos do Porto" que está em luta pela não demolição do Mercado do Bolhão. O site da TCN, que o Pedro Bismarck anunciou no blog, assustou-me igualmente. Preocupa-me o silêncio da Câmara! A conivência que o Dr. Rui Rio tem com as empresas imobiliárias é um mau exemplo para a cidade! Pelo que nos indica a notícia da RTP e observando o site da TCN, não tenho dúvidas que a especulação imobliária vá acontecer no Bolhão!

Segunda-feira, às 20:30, estarei no "gesto cívico" em frente à Câmara do Porto.

Ricardo Gomes

De: TAF - "Dois apontadores"

Submetido por taf em Sábado, 2008-01-19 18:05

- "Não me queixo de Sócrates", diz Rui Rio. Ele lá sabe...

- O projecto Frutos da Terra, por indicação de Paulo Rebelo Gonçalves, um bom exemplo de aposta na Baixa que teve agora destaque também no Expresso.

De: Pedro Bismarck - "Mercado do Bolhão - movimento cívico"

Submetido por taf em Sexta, 2008-01-18 23:10

Recebi atravês do mail a notícia de um movimento cívico contra a demolição (parcial, digo eu) do Mercado do Bolhão. A iniciativa, penso eu de um grupo de alunos de arquitectura, está a organizar uma manifestação na próxima segunda-feira, às 20h30 em frente ao edifício da Câmara Municipal do Porto. Penso que isso faz todo o sentido, dado que muito pouco se sabe sobre aquilo que vai acontecer, de facto, ao mercado, quer conceptualmente quer arquitectonicamente. Penso que é urgente que os cidadãos do Porto tomem um papel activo neste e em todo o processo de reabilitação da Baixa. Senão corremos o risco de perder muitos daqueles que sempre consideramos marcos indiferenciáveis da cidade. Os princípios que constroem e reconstroem a cidade não se podem basear unicamente na lógica do capital.

Divulguem!

Deixo aqui alguns links:
- Manifesto Bolhão
- SRU
- TCN (TramCrone) - ps: assustador este site (sobretudo o pormenor do cão): a apresentação, o conteúdo, os conceitos!! Está mal entregue o Bolhão!

Pedro Bismarck [opozine]

De: Ricardo Alves - "Convite para debate e espectáculo de teatro"

Submetido por taf em Sexta, 2008-01-18 23:05

No âmbito da estreia do espectáculo "Bucket", o Teatro da Palmilha Dentada promove um debate aberto a todos interessados na Fnac de Santa Catarina na segunda-feira, 21 de Janeiro de 2008 subordinado à pergunta "2008, Como fazer teatro no Porto?"

Mais do que respostas são as perguntas que motivam esta conversa. Será o Porto uma cidade que precisa de teatro? Ou será melhor fechar as quatro escolas de teatro da cidade? Devemos estrear apenas versões de filmes de sucesso ou apenas arriscar fazer teatro em táxis e outros espaços com menor lotação? Haverá salas a menos ou grupos a mais? Deficit de público ou demasiados criadores? O dramaturgo nacional será um animal em vias de extinção e o actor um malandro que nem segurança social paga? Serão os subsídios do Governo central uma promoção da cultura nacional ou apaziguamento da má consciência do Estado português? Porque não pode o Teatro ser uma indústria? E a lei do mecenato será uma forma do Estado se auto-financiar?

"Bucket" está em cena até 17 de Fevereiro, de 2008, de Terça a Domingo às 21h46 na Sala Estúdio Latino ao Teatro Sá da Bandeira (com excepção dos dias 30 e 31 de Janeiro, 1 e 2 de Fevereiro), com texto e encenação Ricardo Alves, interpretação de Daniel Pinto, Ivo Bastos e Rodrigo Santos, música original de Rodrigo Santos, desenho de luz e fotografia de cena de Pedro Vieira de Carvalho, apoio ao Movimento de Vera Santos e adereços de Ricardo Alves e Sandra Neves. O espectáculo é para maiores de 16 anos

Ricardo Alves
919621944

PS: informação posterior via Elena Henriques - o debate na FNAC é às 18:00.

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2008-01-18 14:02

opozine

Hoje é dia de manual de instruções para o Porto. Veja quase toda a programação cultural para o fim de semana em opozine - o manual de instruções para a cidade!

Clubbing e Adolfo Luxúria Canibal no sábado, o 555 volta a abrir para o fim de semana e hoje é o último dia da Catástrofe.

Bom fim de semana!
PB [opozine]

De: TAF - "Empreendedorismo social"

Submetido por taf em Quinta, 2008-01-17 23:59

Logo google.org

Continuo a insistir na necessidade de apostar em iniciativas de empreendedorismo social, pois é um dos melhores meios de fazer desenvolver o Norte. Leiam-se as novidades do Google.org, por exemplo na Forbes:

«Google shunned nonprofit status as too restrictive for its philanthropic aims, instead choosing to make both grants and for-profit investments. Each initiative has a director and small staff, but individual budgets are not fixed and may vary widely. Google.org wants competition for ideas and projects, and like Google's core businesses, plans to make future moves based on feedback from earlier investments.
   (...)
Executives expect a certain amount of ridicule for their unconventional and risky approach to problem-solving. "A lot (of the initiatives) could fail," says Brilliant. "They are risky and unconventional." They are also designed to break down "false choices," he says, between trade and aid. Sound cocky? "Of course, you could call us arrogant--it's Google," says one official. "But we're motivated to think big."»

Apareça capital, que eu ajudo a aplicá-lo. ;-)
A propósito, vale a pena lembrar as razões pelas quais é racional e potencialmente lucrativo investir em projectos que provavelmente vão falhar.

PS: um exemplo de desenvolvimento lusófono (via).

De: TAF - "Mais apontadores"

Submetido por taf em Quinta, 2008-01-17 21:42

De: João Medina - "Mais um «porquê» para a regionalização"

Submetido por taf em Quinta, 2008-01-17 16:59

No Público de hoje:

"A construção da nova sede do Museu dos Coches insere-se no programa Belém Redescoberta, lançado pelos ministérios da Economia e da Cultura, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, para revitalizar toda esta zona ribeirinha, e deverá ser financiada, no essencial, pelas contrapartidas financeiras que o Governo obteve ao autorizar a abertura do Casino Lisboa."

Aqui vemos o Governo nacional activamente empenhado na requalificação de uma parte de uma cidade. Qual? Nem vale a pena perguntar. Eu também queria revitalizar a Zona Ribeirinha do Porto; e a Baixa; e as Fontaínhas; e o Centro Histórico; e Campanhã; e o Freixo; e... Fico à espera do Governo (ou de quem saiba atraí-lo para cá).

De: Cristina Santos - "Mas e as mulheres do PSD, Senhor..."

Submetido por taf em Quinta, 2008-01-17 16:27

Na militância do PSD, o problema está nas mulheres que, ao que parece, não se filiaram por vocação política, por tentativa de participar activamente no rumo do país, ou por terem ideias em que acreditam. O que as moveu foram provavelmente outros conceitos, como a renda, os linhos, a costura, o passar do tempo numa equipa de militantes, as excursões. Até à data não havia problema nisso, alistavam-se, contavam para os números, o partido nem se preocupava em lhes dar formação, mas agora, com a Lei da paridade, as mulheres são definitivamente um problema, o partido vai ter que as ouvir, isto é catastrófico.

É que nem é uma questão de subalternizar, rebaixar as militantes, é o risco de perder eleições. Já não bastava para a ruína da imagem do partido um Dr. Menezes preocupado em esconder o sotaque, em usar gravata preta, em gesticular moderadamente, completamente absorto de temas tão concretos e básicos como a regionalização, e agora ter que expor as mulheres militantes sem qualidade, a aparecerem para aí nas televisões, provavelmente a dizer disparates sobre o sistema de ensino.

Vá lá mulheres do Porto, que estais em condições de aderir a um partido que finalmente está disposto a ouvir, o que tendes para dizer, caso esteja em concordância com o que os homens do partido querem ouvir, levantai-vos, filiai-vos, é preciso e urgente militar por condições políticas justas para as mulheres deste país.

De: TAF - "Mais militâncias"

Submetido por taf em Quinta, 2008-01-17 16:17

- Recebido de Michael Seufert - Tertúlia CDS-Porto: (Des)Caminhos na Cidade – Fenómenos Sociais na base da Insegurança Urbana - Café Majestic, dia 17 de Janeiro, pelas 21h30m.
- Recebido de Miguel Barbot - Moção de candidatura do Celso Carvalho à distrital do PS
- cidadedoporto.pcp.pt
- porto.bloco.org

De: Pedro Aroso - "Internet gratuita sem fios"

Submetido por taf em Quinta, 2008-01-17 15:04

Ora aqui está uma notícia que até parece uma piada do 1º de Abril, mas é mesmo verdade.
Não é só o Vereador Vladimiro Feliz que tem razões para estar feliz, nós também estamos. Obrigado.

--
Nota de TAF: sobre este assunto já aqui exprimi a minha opinião. O acesso à Internet não é gratuito, alguém o vai pagar... e neste caso somos todos nós. Não me parece mal que ele seja livre na Baixa, mas não compreendo por que razão é a Câmara (ou melhor, a obscura Associação Porto Digital) a instalar e gerir uma infraestrutura que está muito longe do seu "core business". Mais valia ter feito um contrato com uma operadora de telecomunicações. Como não podia deixar de ser, é a "a maior rede wireless mesh gratuita da Europa"...

De: Cristina Santos - "Apontadores"

Submetido por taf em Quinta, 2008-01-17 14:54

De: Correia de Araújo - "Boa sorte!"

Submetido por taf em Quinta, 2008-01-17 14:45

Parabéns, Tiago Azevedo Fernandes!

Acabou de entrar para o Partido onde militei largos anos... e que me expulsou quando, discordando do seu rumo e da sua estratégia, tive a ousadia de encabeçar uma lista independente a uma das Autarquias da GAMP. Desejo-lhe, sinceramente, melhor sorte!

Correia de Araújo

Cartão de militante do PSD

--
Nota de TAF: vamos ver quanto tempo me aguentam lá... ;-)

Caros

No presente a moda é uma de duas:
1) criar zonas de limite de velocidade de 30Km/h;
2) eliminar a sinalética e responsabilizar os condutores e os peões.

Prefiro a segunda, até pelos resultados que se têm vindo a verificar na Holanda e na Alemanha. Relativamente à primeira, é mais uma fuga para a frente. Por este caminho, dentro de alguns anos, perto da habitação, só mesmo de empurrão para mitigar o impacte acústico da chegada tardia de uns energúmenos, após farta farra de cigarros à porta de um qualquer estabelecimento pasteurizado e liofilizado com omega 3, 4 e 5. Temos uma tendência para inventarmos, quando tanto está realmente por fazer...

A propósito. A tabela estrutura, grosso modo, os tipos de ocorrências relacionadas com a utilização de veículos ligeiros em qualquer estrada ou rua. Ocorrências que são infracções a serem detectadas pelos agentes de autoridade ou, melhor, a serem prevenidas pelas autoridades e os seus agentes (desde os bancos de escola até à idade da reforma) e por todos nós.

Tabela de Ocorrências

Muito importante é a análise da probabilidade de ocorrência e da evolução dessa mesma probabilidade, tanto no sentido da prevenção como da detecção e punição e reinserção, bem como o tipo de impacte correspondente. Pergunta: No dia-a-dia, como é que se age e actua sobre a ocorrência? Vejamos:

  • - Os mono-volumes da PSP fazem o quê?
  • - Os reboques amarelinhos fazem o quê?
  • - As pick-up pretas fazem o quê?
  • - Os agentes, em hora de ponta, fazem o quê?
  • - Os serviços camarários pintam o quê, com que frequência e quando?
  • - Os responsáveis pela gestão do espaço público fazem o quê?
  • - As campanhas de prevenção fazem o quê?
  • - As escolas fazem o quê?
  • - E Nós, Fazemos o Quê?

Viva o Andante! Este, tenho a certeza que ajuda o tráfego...

Paulo Espinha

De: TAF - "Militância partidária"

Submetido por taf em Quarta, 2008-01-16 14:25

Cartão de militante do PSD

Chegou hoje, finalmente, a confirmação da minha inscrição no PSD. Pelas razões que já anteriormente expliquei, acho que é meu dever contribuir para elevar o nível lamentável a que chegou a vida partidária. Renovo por isso a minha sugestão de que nos envolvamos mais nas actividades deste ou de qualquer outro partido, corrigindo o "sistema" por dentro. Como já tenho escrito, o bom marinheiro não luta contra ventos e marés, mas sim usa-os a seu favor. ;-)

(Como deverá ser evidente, A Baixa do Porto mantém-se um espaço independente para usufruto público.)

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