2007-11-11
Enquanto esperamos que a petição seja disponibilizada ao público em geral (notícia Público 14/11), deixo-vos o endereço de e-mail da administração do Shopping Cidade do Porto, para onde poderão direccionar os vossos pedidos contra o fecho dos cinemas:
geral @ shoppingcidadedoporto . com
Este tipo de contributo poderá revelar-se tão ou mais importante que a petição, já que permite que os clientes dos cinemas exponham os seus argumentos à administração sobre as graves consequências da decisão tomada, que prejudicará em primeiro lugar o centro comercial que esta gere e que deveria salvaguardar.
Pedro Leitão
Cine HighLife
Acho que quem precisava de provas que as pessoas vão à Baixa se para tal forem motivadas, ficou esclarecido:
"A manhã de Domingo de muitas famílias foi passada na Baixa do Porto. Tentados pela curiosidade, milhares de pessoas vieram em passeio até à zona comercial de Santa Catarina para conhecer o novo centro comercial Porto Gran Plaza. E a viagem a pé foi feita de contrastes. Pelas ruas e em passo lento, as famílias espreitavam as montras nas lojas fechadas do comércio de rua, enquanto ambos os centros comerciais tinham as portas abertas aos clientes."
Esta semana passei por Aveiro, mais concretamente pela zona do Rossio e gostei da ideia. E pensei porque não uma solução parecida para algumas zonas comerciais da Baixa do Porto? Anexo fotos.
Os meus melhores cumprimentos.
Sérgio Aguiar
Não sendo uma pessoa profundamente viajada, não pude deixar de reparar na dinâmica de 3 dos centros históricos que considero mais fascinantes da Europa, a ver Santiago de Compostela, Salamanca e Coimbra. Em comum têm os três o facto da zona universitária se encontrar completamente integrada na zona velha da cidade, com repercussões por demais evidentes ao nível imobiliário, de lazer, conservação, cultura e qualidade de vida em geral. E no Porto, uma cidade com tradições tão académicas? Porquê esta solução provinciana betonizante de construir campus afastados do centro e consequentes vias de comunicação de raiz? Por falta de condições estruturais? E depois vemos surgir zonas comerciais monstruosas como o novo Plaza que colocam à evidência o contrário. Será que a solução milagrosa para a Baixa do Porto não seria afinal tão simples como conservar a universidade (e os estudantes) no centro da cidade?
Hugo Faustino
Ao passar e repassar nas fraldas da gigantesca árvore que plantaram na nova e clean Avenida dos Aliados, lembrei-me que os recordes nunca se alcançam só nos máximos, mas também nos mínimos. Para o ano, talvez o Dr. Rui Rio convença o Millennium, talvez aí já BPI e não BCP, a montar cá a árvore mais pequena da Europa que, com uma estratégia de marketing bem montada, atrairá também imensa gente.
Especialmente se o resto do dinheiro do Millennium servisse para proporcionar aos miúdos dos abrigos, das casas de acolhimento e outras cá da terra um Natal mais calmo e mais feliz ou, até, um ano sem tantas carências e com mais actividades, com mais roupa e comida.
Fica a sugestão.
- Olha, olha! Será que afinal a ERC cai ainda antes de eu passar à clandestinidade? ;-)
- Câmara e CDU aplaudem decisão da ERC sobre site da autarquia - Pois eu não! Os fundamentos estão errados.
- Cidadãos vão assinalar classificação como Património Mundial
- Câmara confiante em mais visitantes na época de Natal
O Porto vive um momento fértil em matéria de recordes.
Ele é a árvore mais alta da Europa... ele é o maior lançamento de aviões de papel... ele é o maior desfile de pais natais...
Mas, será mesmo destes recordes que precisamos?
Correia de Araújo
Aqui fica o manual de instruções para o fim-de-semana!
A não perder, as inaugurações do recém-nomeado "circuito cultural" de Miguel Bombarda, no sábado a partir das 16h. Mas também há Música Barroca na Casa da Música, há o FRAME - Festival de Video-dança, há Teatro, há Música e há o Porto. Divirtam-se!
Bom Fim-de-semana!
PB [opozine]
A propósito da deliberação da ERC sobre o site da Câmara, o que me preocupa é que a mesma argumentação pode perfeitamente servir para um blog como A Baixa do Porto ou outros. (Leiam-se também os comentários ao texto no Blasfémias.)
Veja-se o caso deste:
- - há um critério editorial, no sentido de que qualquer post passa por mim antes de ser publicado;
- - há um tema claro, que é o Porto e a sua região;
- - há um trabalho de editor (eu faço alguma revisão de texto, tratamento de imagens e inserção de links nos comentários);
- - há regularidade na manutenção de um serviço de "revista de imprensa" - eu ou a Cristina Santos quase todos os dias seleccionamos apontadores de notícias;
- - ...
Não será isto já um "órgão de comunicação social", ou semelhante, aos olhos da ERC? Apesar de o servidor estar fisicamente alojado nos Estados Unidos, o "alvo" é evidentemente a região do Porto e eu também resido cá... Cai portanto na alçada da Lei portuguesa. Será que vou ter que emigrar para onde não haja acordo de extradição com Portugal, ou passar à clandestinidade, se não estiver disposto a ser supervisionado pela ERC e pagar as taxas que parece seriam obrigatórias? É preciso existir uma ERC para garantir o respeito pelos direitos dos cidadãos? Não é suposto os tribunais servirem para resolver os problemas que eventualmente existissem por mau uso do blog ou dos "meios de comunicação" em geral?
Bom, nisto tudo há pelo menos uma vantagem potencial: se as audiências do blog já têm vindo pacificamente a subir, que faria se houvesse um conflito público com a ERC! Era o estrelato! ;-)
PS:
"From: Tiago Azevedo Fernandes
Date: Nov 16, 2007 12:41 PM
Subject: ERC e "A Baixa do Porto"
To: info@erc.pt
Exmos. Senhores
Atendendo às características específicas d'A Baixa do Porto explicitadas neste post, gostaria de saber se a ERC tem ou não poderes de supervisão relativamente a este blog, e se é suposto por esse facto serem pagas algumas taxas que me dizem poder existir.
Os melhores cumprimentos."
- Saneamento pleno em 2009
- Última «festa das artes» de 2007 realiza-se sábado
- Realizador triste com encerramento das salas de cinema do Porto - com vídeo
- Sites não-jornalísticos sujeitos a supervisão da ERC
- FC Porto SAD passa de prejuízos a lucros de 2,3 milhões
- CMVM publica brochuras sobre regras do investimento em mercados de capitais
- Na penúria em Lisboa
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Nota de TAF:
- Aniversário da classificação da UNESCO vai este ano ser celebrado no Porto
- Arquitectura - marginal de Lisboa em 2010: o Centro Champalimaud
- Caminhar na Granja
- Quadrilátero do Baixo Minho une-se para apresentar candidaturas a verbas do QREN
Recomendo a todos os que querem perceber como se organiza uma parte substancial do território a que geralmente se chama o "Norte", a visita a este site e a leitura dos textos disponibilizados nas informações complementares: arquitecturalc.org.
Manuel Moreira da Silva
Caro Tiago, não é para o desmoralizar, acredite, mas ao ler isto lembrei-me de si.
Não faço ideia se já se filiou na política partidária ou se ainda o vai fazer, mas, caso não tenha lido, sugiro-lhe a leitura da crónica de Hélder Pacheco no JN de hoje. Acho-a bastante profiláctica para (desculpe-me a piada) caloiros...
Abraço e Boa Sorte
Rui Valente
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Nota de TAF: ainda não, comentei isso no final deste post. Mas não vou esperar muito mais. :-)
Aqui (PDF), descoberta pelo Gabriel, sempre atento. Muito há que meditar sobre os poderes que a ERC julga ter e dever ter. Um dia destes vou fazer queixa à ERC contra A Baixa do Porto para saber se este blog está ou não sob a "supervisão e intervenção" dela...
- Porto: «O Governo é um aluno calaceiro»
- 90 novos 'shoppings' projectados até 2010
- Universidade Lusófona do Porto tem novo reitor
- Teatro: Uma fábula política no TeCA
- Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) da Zona Oriental de Lisboa
«O autarca confirmou que recebeu várias cartas, algumas anónimas, com queixas sobre situações irregulares na SRU Oriental, que encaminhou para o Ministério Público, a quem compete a investigação das mesmas. Ao que o DN apurou, neste momento há, nada mais na menos, que 37 processos de inquérito relativos à autarquia de Lisboa que estão a ser investigados pela Polícia Judiciária.»
A SRU do Porto é uma SA, não se rege pelos mesmos estatutos das actuais Sociedade de Reabilitação Urbana em Lisboa, no entanto espera-se que as vendas na ordem dos 14 milhões feitas pela CB Richard Ellis Predibisa, sempre associada à Porto Vivo, sejam claras e inequívocas. A sociedade civil tem alguma dificuldade em tolerar estas associações de empresas com capitais públicos a promotoras imobiliárias, e 12.500m2 vendidos por uma só empresa pode suscitar algumas dúvidas. Aliás, a oposição já solicitou por diversas vezes a apresentação de contas e planos da SRU, e Rui Sá não pára de contestar as expropriações. Esperamos que em caso de auditoria, suspeita, ou desencontro financeiro, a que todas as empresas estão sujeitas, a Porto Vivo esteja preparada para explicar e apresentar, sem embaraços, o seu expediente.
Desde Junho que a estátua do D.Pedro IV na Praça da Liberdade está assim! Basta!
Não se vê ninguém a trabalhar na alegada recuperação do monumento! Das três uma: ou a CMP não sabe o que se passa, nas suas barbas ou a empresa Openline é incompetente, ou o banco ali anunciado quer fazer cumprir o contrato publicitário! Para acabar com isto sugiro que paguem ao dito banco o que falta para o fim do contrato publicitário e retirem imediatamente os taipais da obra!
P.S. Já agora, se não o fizerem, pelo menos os serviços camarários vão lá com uma lata de tinta branca e pintem aquele graffiti...
Caro TAF
A sua fotografia ao eléctrico com a chapa «22-Batalha» fez-me lembrar aquela velha frase bem portuense, agora adaptada aos amarelos: "Os eléctricos vão no Batalha"!
1. Ainda a propósito do post da Cristina Santos sobre a Rua de Cimo de Vila, devo confessar que fiquei surpreso com o seu relato... designadamente no que concerne à presença multicultural que tão bem descreveu. Eu, que até nasci por ali (mais propriamente no Hospital da Ordem do Terço), devo confessar que tenho andado um pouco arredado daquelas paragens. Porém, este seu texto veio, com toda a certeza, aguçar-me o apetite para (re)visitar aquele local.
2. Quando num post recente intitulado "Guardas-nocturnos" me referi à praga dos grafitis, fi-lo tendo perfeita consciência de que há, por um lado, o grafiti enquanto expressão artística tendencialmente urbana, e, por outro lado, coisa bem diferente que se chama vandalismo urbano, como é o caso da pichagem feita de forma maldosa e gratuita. Por uma questão de simplificação/compreensão acabei por generalizar a expressão "grafitis", embora tenha usado também, nesse mesmo texto, as palavras "pichagens" e "vandalismo urbano" como forma de distinguir os planos. Deixe no entanto que lhe diga, meu caro Rui Oliveira, que até há grafitis belíssimos ("arte urbana", como lhe chama... e bem!), mas que deixam de o ser se forem selvaticamente produzidos, por exemplo, mesmo em cima da montra ou da fachada (vidros e caixilharia, incluídos) de um estabelecimento comercial (em actividade, pasme-se!), como vem acontecendo profusamente por aí. Nada tenho contra as novas correntes artísticas, desportivas, etc., etc.,... bem pelo contrário! Enquanto vereador num dos municípios da GAMP sempre defendi a criação de espaços para o desenvolvimento deste tipo de actividades (arte urbana tipo grafitis, desportos radicais, etc., etc.)... só que para tudo devem existir regras.
3. O Porto Gran Plaza foi pensado segundo o conceito "urban entertainment center", que mais não é do que uma ideia desenvolvida nos Estados Unidos e baseada na criação destes "centros urbanos de lazer" com o objectivo de revitalizar determinadas zonas das grandes cidades. A filosofia deste projecto aponta para a instalação de algumas lojas âncora, normalmente associadas a marcas de renome internacional, e, em lugar de primazia, o cinema e o lazer. Só que, entretanto, o cinema... foi-se! Ainda assim, esperemos que resulte... a bem da Baixa (que bem precisa!).
PS: Por falar em cinema... Abaixo-assinado tenta evitar encerramento dos cinemas do Shopping Cidade do Porto
Correia de Araújo
Aproveito o post para responder ao convite do João Anacoreta e para retribuir o abraço. Se bem percebi, trata-se de revelar o que diz a linha 5 da página 161 do livro que estiver mais próximo. Pois bem, o livro é este. A página 161 é uma tabela, por isso escolho algo da 160:
"Clear controls are needed to describe how the project will be kept on track so that it stands a greater likelihood of meeting its stakeholders' expectations."
"Pretty obvious", eu diria. :-) Mesmo ao lado está também este, que não tem 161 páginas, e do qual roubo uma imagem da Ponte Maria Pia em 1964, do fotógrafo Bruno Barbey.
Presumo que seja suposto agora eu enviar publicamente 3 outros convites, não sei com que critério. Aqui ficam então, sem critério nenhum, para o Funes, para o Manuel e para o Daniel Carrapa. Deixo um convite extra ao Pacheco Pereira que nunca mais me devolveu os papéis assinados para eu concretizar a minha inscrição "subversiva" no PSD e que por isso me vai obrigar a arranjar outro proponente...
Dia 16 - Sexta-feira - é o último dia de inscrições para o concurso Cidades Criativas organizado pela Universidade de Aveiro e pela Associação Portuguesa de Planeadores do Território e destinado aos alunos do 12º ano da Área de Projecto. Neste momento já se inscreveram 420 concorrentes. O concelho do Porto é um dos menos representados e apenas duas escolas públicas manifestaram, até à data, interesse em participar neste importante iniciativa (parabéns ao Filipa de Vilhena e ao Garcia da Orta). Parece que muita gente ainda não percebeu que o Porto vive os primeiros dias do resto da sua vida. Vamos lá. Ainda há tempo.
David Afonso
davidafonso @quintacidade.com
Boa noite.
Antes de mais apresento os meus parabéns pelo blog, do qual sou um assíduo visitante. Junto envio um link para um excelente artigo de opinião relacionado com sinistralidade rodoviária (e não só), nomeadamente sobre as qualificações dos projectistas/gestores de infraestruturas rodoviárias.
Qual a relação com a baixa do Porto? A meu ver, toda!
Não é por um arquitecto ou um engenheiro ter a carta de condução, que está habilitado a fazer projectos de vias.
- Sinistralidade rodoviária: A essência do problema
Cumprimentos,
E. A. Ferreira
1. Queria dizer que a Casa do Livro, ocupando o espaço devoluto onde funcionou uma excelente casa livreira justamente chamada Casa do Livro (onde poderíamos encontrar, por exemplo, algumas edições espanholas), terá mais a ver com copos do que com livros. A livraria propriamente dita morreu muito jovem apesar do esforço por se afirmar no espaço cultural portuense. Eu ainda lá fiz grandes achados. Ficou a carcaça que foi agora ocupada por um bar que teve a lata de manter o mesmo nome. Os livros só aparecem por lá a título decorativo e bem trancados nos armários - não vá alguém os ler ou qualquer coisa assim. Em todo o caso, toda esta cautela parece-me escusada porque ninguém teria pachorra para ler uns velhos números da revista Ecclesia ou as obras completas de Maximo Gorki. Só numa biblioteca de aparato comprada ao quilo é tal encontro poderia suceder.
2. Como se não bastasse, o novo centro comercial na Baixa do Porto – o Porto Gran Plaza – abriu sem o único trunfo que poderia ter: os cinemas. Sem as salas inicialmente previstas estamos perante mais um clone e ponto final. É espantoso como o promotor trocou os cinemas por um health club da Virgin. Vai bem este Porto vai. Uma cidade que repudia as livrarias e os cinemas em favor de um culto esteticista é uma cidade a caminho da irrelevância. Brindemos pois a isso!
PS: E parece que os cinemas do Bom Sucesso também têm os dias contados…
3. Caro dr. Rui Rio
Ponha os olhos nisto: uma Câmara Municipal atreveu-se a convidar os cidadãos a participarem na elaboração das Grandes Opções do Plano para o orçamento de 2008 abrindo para isso um período informal de consulta popular. Não, não se trata de um devaneio esquerdista, mas de uma sábia decisão de Hélio Maia que preside a uma coligação CDS-PSD em Aveiro. Será um portuense menos cidadão que um aveirense? Será Hélio Maia menos presidente que Rui Rio?
David Afonso
davidafonso @quintacidade.com