De: Luís de Sousa - "Rua das Flores II"
A Cristina Santos fez no seu último post uma descrição muito precisa da realidade actual da Rua das Flores. Ainda que não concorde muito com o modelo arquitectónico de reabilitação patente na intervenção da Porto Vivo naquela rua, certo é que desde a sua conclusão já vários edifícios privados começaram a ser reabilitados, o que só por si é de louvar. Os estabelecimentos, principalmente os dedicados à restauração, são de qualidade muito razoável, o que permite a quem lá vive diariamente como eu discutir o local do almoço com amigos, tal é a diversificação da oferta. O que falta àquela rua é ver-se livre da circulação e estacionamento automóvel. O ambiente de vivacidade que a rua tem neste momento não se pode sustentar em duas faixas de metro e meio de largura feitas em cimento esburacado. Ao longo do passeio somos confrontados com os mais variados obstáculos. Ora são candeeiros públicos, ora são sinais de trânsito, ora são os próprios automóveis que abalroam o passeio. Isto torna o trânsito pedestre um caos nas horas de maior movimento, obrigando as pessoas a andarem no meio da rua já que o estacionamento é feito nos dois lados. Esta realidade é absolutamente inexplicável que continue, já que a Rua das Flores termina no Largo S. Domingos, que no momento funciona como um parque de estacionamento selvagem, que com a opção pedestre na rua ganharia uma nova dinâmica e se tornaria num espaço altamente qualificado e com níveis de ocupação insuperável por qualquer praça da cidade. A ideia de ligar o eléctrico de S. Bento ao Infante poderia passar também por esta nova via pedestre.
Cumprimentos
Luís Sousa
Designuviar