De: Manuel Correia Fernandes - "JPV..."
Realmente, não somos todos feitos da mesma massa, não lemos todos pela mesma cartilha, nem vivemos sob um regime de castas. Mas parece que há intocáveis! De facto, JPV está muito perto da fronteira que separa o pleno uso da liberdade de critica do abuso dessa mesma liberdade e do julgamento antecipado na praça pública. Se é que não a ultrapassou já! Por mim, conheço JPV há já demasiados anos para me mobilizar pelo que diz mas tenho a certeza que nunca o desconsiderei mesmo quando o nosso desacordo foi e continua a ser grande sobre muito do que se passa neste "nosso" pequeno mundo. Conversámos muito há muitos anos mas em privado. Ele sabe. Mas se o quiser voltar a fazer mas, agora, em directo, olhos nos olhos e em público, é só marcar lugar, hora e tema. TAF pode patrocinar. Como sempre, estou disponível para a crítica aberta, transparente, saudável e construtiva e, sobretudo... leal. Para a suspeita, para a mentira e para a lama para todos menos "para mim" que sou intocável... não.
Nota: Se algum efeito produziu em mim o escrito de JPV foi o de me ter feito alicerçar melhor a convicção de que o serviço público implica o escrutínio público de quem o presta sem que para isso tenha de camuflar a realidade. Agradeço, por isso, ao JPV, o ter-me feito consolidar a decisão de que serei arquitecto como sempre fui e vereador como sou agora, neste país que desconfia sempre de si próprio. Ao JPV não posso agradecer mais nada já que, para além de me ter "dado" um filho a mais e de me ter colado um ror de "rótulos" e de "imprecisões" curriculares, só demonstra que, de facto... não me conhece! Mas ainda vai a tempo, se assim o quiser. De resto, a decisão de ser vereador e de ser arquitecto e de manter a inscrição válida na Ordem dos Arquitectos não é mais do que o exercício do direito que a Constituição da República e a lei me conferem e nos exactos termos das informações prestadas ao Tribunal Constitucional e à Assembleia Municipal do Porto, das quais consta a lista integral dos trabalhos profissionais que possuía à data da tomada de posse como vereador e com o detalhe que a plena identificação dos interesses em causa exige. Aliás, há quatro anos que exerço o cargo de vereador, exercer-lo-ei por mais quatro se Deus me der vida, saúde e paciência mas não deixarei de ser arquitecto nem de defender o que sempre defendi. Pode, por isso, JPV, "construir" de mim a imagem que mais lhe aprouver mas, ao menos, que o faça com pedras verdadeiras. É que só assim o escrutínio será legítimo. Outra coisa tem outros nomes e outras responsabilidades.
Manuel Correia Fernandes
Arquitecto