De: Assunção Costa Lima - "Insuportável mesmo..."
Não, na obra de D. Manuel II/Túnel de Ceuta há atitudes inconscientes!... Estas obras são o espelho do dono da obra – a Câmara Municipal do Porto e a GOP. Rocha Antunes está enganado: há multas de estacionamento na zona! Só que de forma incompreensível (ou compreensível?) não afectam alguns sectores, ou afectam apenas outros.
Familiares meus foram multados, numa sexta-feira à noite, por terem o carro em cima do passeio na fase em que a Rua Clemente Meneres esteve de novo impedida para rever o pavimento nos meses de Julho e Agosto e não havia mais qualquer hipótese de estacionamento. Eu mesma fui severamente interpelada por ter encostado o carro, nessa fase, na ponta final da Travessa Jaime Rios de Sousa para poder entrar no carro uma pessoa idosa com dificuldades motoras!... Durante quase dois meses não pude chegar com o carro junto à porta de casa. Tal estava proibido e era severamente controlado.
Mas havia uma excepção: as viaturas da obra (incluindo largo número de carros ligeiros que presumo pertenciam aos trabalhadores da mesma) podiam circular livremente na zona interdita com local de estacionamento privilegiado no amplo terreno onde está instalado o estaleiro!... A situação atingiu o cúmulo do ridículo quando a obra colocou um equipamento pesado (um rolo) no trajecto para que qualquer morador atrevido não tivesse a pretensão de passar! E claro, para que as viaturas privilegiadas o pudessem fazer, colocou um funcionário para avançar e recuar o rolo e pôr e tirar a grade sempre que necessário. Interessante, económico, eficaz, não?
As obras na Travessa Jaime Rios de Sousa previstas para menos de uma semana (cf. informação telefónica da GOP do início de Agosto) arrastam-se há mais de um mês sem se vislumbrar o seu fim. Quase nem mesmo a pé se consegue cruzar a travessa. Esta manhã apenas um e um só operário desenvolvia trabalho nessa área.
Caro Sr. Rocha Antunes: eu sei que todas as obras causam incómodos. Mas há uma diferença substancial entre o incómodo civilizado e o incómodo arrogante e selvagem. A forma como há sete anos tenho obras à porta de casa é o exemplo acabado do desrespeito total pelos cidadãos que habitam a zona do Carregal/D. Manuel II ou que dela são utentes. Sete anos é muito tempo: é uma parte da vida. Não é credível que ao longo deste período a Câmara nunca tenha detectado a forma execrável com são tratados os seus cidadãos.
Assunção Costa-Lima