De: Daniel Rodrigues - "Clarificação"
Caro António Alves
Lamento mas está enganado. Inicialmente indicou que 100 era o número de trabalhadores, dos quais presumiu 14 são administradores. Na realidade, 100 é o número de colaboradores, aos quais acresce 18 administradores. Pode verificar este valor na p. 39 do relatório e contas da Metro do Porto. Como o relatório da Metro do Porto (ao contrário do da CP) está num formato transparente, facilmente pode também encontrar a rubrica "Gastos com pessoal", e encontrar a pág. 81. Aí poderá retirar o seguinte dado: Gastos com pessoal: 5.847.558€. Nessa linha encontra uma indicação para ver a Nota 23 (imagem anexa). Para além da constatação do número médio de empregados (118), poderá retirar os dados adicionais, como o detalhe das Remunerações e os Encargos Sociais.
Concluindo, a remuneração média dos órgãos sociais foi de 632.740 / 18 = 35.152€, enquanto o do pessoal foi de 4.002.602 / 100 = 40.026€, excluindo encargos sociais. Pode ainda ler os detalhes da remuneração de cada um dos membros do conselho de administração nas páginas seguintes (125, 126, 127), e dos órgãos de fiscalização na página 128.
Se é por causa da transparência na gestão que apelida a MP de "neo-liberal", então espero que em breve este paradigma contagie as restantes empresas portuguesas, em particular a CP. De facto, a MP é uma empresa "anã", face a outra que gere as seguintes subsidiárias, supomos cruciais para atingir os seus objectivos:
- Saros - Sociedade de Mediação de Seguros
- Fernave - Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria em Transportes e Portos, S.A.
- Ecosaúde - Educação, Investigação e Consultoria em Trabalho, Saúde e Ambiente, S.A.
- Pactogest - Prevenção, Controlo, e Tratamento de Dependências Sociais, Unipessoal, Lda.
- Fergráfica - Artes gráficas, S.A.
Cumprimentos,
Daniel Rodrigues
*Declaração de Interesses: Não tenho qualquer interesse na Metro do Porto, para além da demonstração de que o paradigma neo-liberal é muito mais ajustado e eficiente na gestão do capital que a alternativa (feudos político-partidários a partir do diktat aparelhístico).