De: António Alves - "Portugal e a bitola europeia"
«Já há muito tempo que a renovação da via férrea a nível nacional está a ser feita com travessas monobloco de betão prevendo já uma adaptação para bitola europeia. Grande parte da extensão das linhas já electrificadas na região Norte permite já esta adaptação»
Cara Lurdes Lemos, infelizmente o que afirma no seu post não é bem verdade. Nas renovações feitas, tanto na Linha do Norte como nas Linhas do Douro e Minho, embora tenham sido colocadas travessas de betão monobloco as mesmas não suportam a bitola europeia, i.e., não são bi-bitola. Na Linha do Norte apenas um pequeno troço na região de Santarém, renovado recentemente, é que foi equipado com estas travessas. Foram também implementadas no Ramal do Porto de Aveiro e na variante de Alcácer do Sal na Linha do Sul. No Minho e Douro nem um metro. É verdade que tudo isto demonstra uma gigantesca falta de planeamento e visão estratégica. Todas as travessas até agora estendidas ao longo de centenas de quilómetros em recentes renovações terão que ser retiradas e substituidas por outras quando se decidir mudar a bitola. O que encarecerá a operação. Mas enfim, é o nosso "fado". No entanto concordo consigo: o ministro tem razão no que respeita à prioridade da mudança de bitola e devia ter sido esse desde sempre o objectivo. Algo em que também é urgente mudar de bitola é na capacidade de planeamento estratégico :-).