De: Augusto Küttner de Magalhães - "Feira do Livro e novo Governo"

Submetido por taf em Quinta, 2011-06-09 17:56

Caro Ricardo Fernandes

Penso ser muito salutar as ideias que estamos "aqui e agora" a trocar sobre a Feira do Livro do e no Porto. Como é evidente voltar a espaços fechados, como chegou a acontecer no Espaço do Pavilhão Rosa Mota, estaria totalmente fora de questão. Mesmo com este tempo tão incerto - de quase Verão - e em tempos de necessária contenção, está fora de causa ter de gastar energia eléctrica para haver luz e ar forçado/condicionado, para além de que se nos for possível estar "ao ar", só nos faz melhor.

Logo, e como tem anos já aconteceu, a Feira do Livro deveria ser na Rotunda da Boavista, dado que é um espaço grande e hoje, facilmente com as passadeiras que ali existem, podemos sem grande perigo de ser atropelados ficar na placa central. E tem imensas árvores e ainda mais espaço, que presumo não é "ainda" ocupado pela Feira do Livro por se pretender a todo o custo fazer dar vida ao Centro da Cidade. É por essas e por outras se deixou ir o Corte Inglês para Gaia, e se vão perdendo outras oportunidades. Claro que o centro da cidade está bastante morto, é um facto, mas... terá de ser reanimado, sem dúvida... à força? Talvez! Ou não!

Sendo que não parece haver qualquer inconveniente em fazer a Feira do Livro se ainda for possível em 2012? na Rotunda da Boavista. E nos Aliados, como sabe, para circular dento da Feira tem de atravessar passadeiras e apanhar muito sol, na Rotunda nada disso acontece. Quanto ao grandes livreiros e os seus - deles - grandes espaços, é o tal big is beautiful, e vai ser muito difícil fazer diferente, a não ser que todos os outros "pequenos" se coloquem em círculo e criem o seu espaço de independentes! Talvez? Quanto a feiras alternativas, claro que há uma no Península - nada em conta! -, há outra em Serralves - muito da especialidade Arquitectura - mas não é bem a mesma coisa. E há livrarias das que lá estão nos Aliados, e que têm nas suas lojas bons livros a bons espaços. E noutras ocasiões na Fundação Cupertino de Miranda. A Avenida dos Aliados não parece convencer e não é saudosismo, é estar-se ou não bem, em determinado local... mas gostos e vontades...

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Cara Vânia Castro

Por certo este seu post foi unicamente uma provocação? Não estará sequer a imaginar que este governo descentralize, o que quer que seja da Capital = Lisboa? Nunca lhe passou isso pela cabeça, a não ser num momento de tremendamente boa vontade! Claro que quanto a esse aspecto nada irá mudar, tido igual ou pior vai ficar! As desculpas serão o FMI, a UE, o Sócrates, etc… E se não acredita, o TAF por certo nos deixará aqui referir essa “igualdade”, antes do fim deste ano.