De: Ricardo Fernandes - "Feira do Livro"
Caro Augusto Küttner de Magalhães,
Concordo com alguns pontos que apontou relativamente à feira. Na minha opinião é melhor de que estar confinado ao espaço do Pavilhão Rosa Mota como se encontrava há poucos anos. Valorizo esta descida na medida em que se abre à cidade e demonstra como é que o espaço público pode ser rentabilizado e apropriado. Quanto à questão do sombreamento, actualmente a avenida possui maior quantidade de árvores do que antes da intervenção na mesma. Além de que possuía mais atravessamentos e estacionamento que subjugavam o peão ao desordenamento dos automóveis, fazendo com que a sucessão de placas ajardinadas fosse mais instável do que o plano contínuo, com menos de metade de atravessamentos, aumentando assim o conforto e a segurança das pessoas.
Contudo, concordo também com o facto de existir uma influência danosa por parte das editoras. O próprio director da livraria Lello apontou essa competição desleal entre as editoras e os livreiros. Senão, veja-se a criação de uma espécie de zona lounge que uma grande editora criou, fechando-se em si mesma, contrariando a distribuição dos restantes representantes. Como resposta a este sintoma pôde-se verificar algumas feiras alternativas em paralelo.