De: Cristina Santos - "Aparte um Governo de visão, não nos falta nada"
Soumodip Sarkar no livro “Empreendedorismo e Inovação” diz-nos que na China o reality show mais visto dá pelo nome de “Wise Man Takes All”, em concurso está o melhor plano de negócios. Enquanto isso, na Europa o programa mais visto dá pelo nome de “Big Brother”.
Portugal faz parte da Europa. Para os mais incrédulos relativamente a esta pertença, argumenta-se que Lisboa dá nome à “espécie” de constituição Europeia, a Europa pode ser encarada como um ambiente “que requer elevado nível de empreendedorismo” aos estados membros, uma vez que reúne tecnologia em constante desenvolvimento, produtos e processos complexos de produção, competitividade no potencial máximo e diferentes indústrias. Portugal tem uma geração capacitada, bem formada, como nunca teve. Então, se estamos integrados no ambiente propício, se temos formação, porque não empreendemos? Não temos capital? Bem, mas temos formação para fazer planos de negócios alavancados por crédito e rentáveis, e sabemos como fazê-lo, de cor e salteado.
Só não temos, quanto a mim, um Governo de visão estratégica, uma cultura que suporte o fracasso, que trate o risco como natural, que incentive a iniciativa, que forme adultos cada vez mais e de forma contínua. Uma visão que inclua no plano estratégico deste país as terras remotas e a exploração das suas potencialidades, a visão do país como um todo, reunido e centrado no goal – Europa. E todos a produzir, porque quando assim for não haverá desculpas, é necessário colocar o país a laborar, temos a teoria, onde a podemos por em prática?
Não foi a ADDICT que falhou, nada resulta enquanto não conseguirmos ver Portugal alargado ao periférico, e assim avistar a Europa. Temos de nos livrar destes Governos PINeais, se é que o termo existe.
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Cristina Santos