De: Nuno Oliveira - "Comboios do Porto"
1. Na sequência da anunciada subida ao cadafalso da Linha de Leixões, já mencionada n'A Baixa, anunciam-se os cruzeiros para Leixões, uma adição bem-vinda a uma cidade que já tem um dos melhores aeroportos da Europa, bem ligado à cidade por transportes públicos. Poderia ser mais um factor em que este serviço urbano da CP poderia complementar o metro (com a linha Azul que serve os cruzeiros), se fosse cumprido pelo menos aquilo que estava anunciado. Aguardam-se cenas dos próximos capítulos.
2. A Linha do Douro não vai sofrer as obras anunciadas, não se vai tornar mais rápida ou com horários mais convenientes, nem vai voltar a acolher os ramais do Corgo, Tua e Tâmega (actualmente em "obras"). Qual é a solução para a Linha com maior potencial turístico do país, que liga o Porto a uma zona que tem a sua própria Região de Turismo, com dois Patrimónios Mundiais e um Parque Natural? Elimina-se a sua cobertura, obviamente. Falou-se em unir o Porto e Salamanca, tirando partido de uma vantajosa ligação logística de Leixões a Espanha, passando por outro património mundial (Salamanca). Nem a ligação desejada a Barca d'Alva se conseguiu. Haja quem resista.
3. Guimarães está ligada a S. Bento pelo serviço de Urbanos, a demorar actualmente 80 minutos. Foi lançada uma petição no passado dia 1 que pede a criação de serviços diários de expressos entre as duas cidades com 50 minutos ou menos, à semelhança de outras linhas urbanas. Conquistam-se clientes melhorando os serviços e os Urbanos ainda têm um longo caminho a percorrer nesse sentido. Quando um serviço público de transportes não serve a população, em vez de se conformar com a má gestão do Estado, tem a responsabilidade cívica de se mobilizar como fizeram cidadãos de Braga ou Vila d'Este, por exemplo.
Às 4000 assinaturas vamos à Assembleia.
Nuno Oliveira