De: Augusto Küttner de Magalhães - "Artur Santos Silva e MPN"

Submetido por taf em Quinta, 2010-12-02 22:56

A Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, agraciou a 30 de Novembro de 2010 o Dr. Artur Santos Silva com o grau de Doutor Honoris Causa, pelo excelente contributo que tem vindo a dar à Cultura não só do Norte – Porto Capital Europeia da Cultura 2001; Fundação de Serralves, Casa da Música - como do País, para além do contributo muito activo e muito positivo em muitas mais áreas, desde a governação à criação do banco BPI. Atribuição não só merecida como devida, e que já deveria há muito ter-lhe sido atribuída. Mas foi, agora, e bem. Parabéns, muito merecidos.

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Como é mais que evidente a cidadania pela cidadania neste nosso País não vai a sítio algum. Podendo haver muito boas ideias, como bem diz José Ferraz Alves, os partidos “instituídos” não as deixam “passar” dado – acréscimo meu- que têm a noção de que na primeira vez que o fizerem, perdem espaço, e nas seguintes deixam de existir. Em Julho, por acaso, José Ferraz Alves e eu assistimos, no Convento de S. Bento da Vitória a um dia de uma excelente conferência promovida pela CCDRN sobre Regionalização, e todos os oradores portugueses e estrangeiros deram um excelente contributo, no mínimo para fazerem entender o que pode ser a Regionalização. No fim os chefes – leaders tem mais carisma, acho! - das bancadas parlamentares dos vários partidos, ao falarem, quase conseguiram destruir tudo o que tinhámos ouvido durante o dia todo. E tinha sido muito bom. Logo, tudo tem de ser diferente, e positivamente diferente, e está evidentemente José Ferraz Alves numa fase da vida em que entendeu que para defender a cidadania, que não está a ser conseguível fazer “melhor passar”, terá que o fazer enquadrado num partido novo, e diferente. Por certo será a única possível alternativa. E espero que resulte. Entretanto outros, alguns como eu, que não estamos enquadrados, formatados, aos partidos existentes, e não estamos em fase de vida de muito ser influentes, ficaremos de fora, de longe, com muito pouco, mas mesmo muito pouco espaço, por certo cada vez menos – vá-se lá saber, porquê! - para escrevendo, ir opinando, haja uma única pessoa seja onde estiver que nos leia....

Augusto Küttner de Magalhães