De: Augusto Küttner de Magalhães - "Três assuntos"

Submetido por taf em Segunda, 2010-07-19 21:48

- Café Progresso e a vida nocturna do Porto

De facto o centro do Porto está em algumas zonas a ganhar, a voltar a ter vida, movimento, às noites. Suponho que essencialmente ao fim-de-semana. O Café Progresso é um símbolo do passado onde bem se toma um bom café - prefiro o de máquina ao de saco!, mas, sem ter de ficar virado para o passado, hoje, recordando unicamente esse mesmo passado, mas indo em frente. Os empregados até são jovens o que faz que nem tudo seja antigo… E o café – bebida - continua muito bom. Sendo que aquilo a que usualmente chamamos de “Baixa” e até anteriormente dizíamos “ir ao Porto”, está a ficar vivo e recomenda-se. E a noite ao fim-de-semana tem “gente”, essencialmente jovens mas não só, a andar, a estar, a aproveitar. Já se vêm pessoas, casais de todas as idades a passear, sem medo! Não acho que a actual Avenida dos Aliados seja um pólo atractivo - ficou por demasiado desconfortável! -, mas a Rua de Ceuta, a Rua Actor João Guedes, a zona das Carmelitas, a zona em frente ao Piolho estão novamente vivas, e ainda bem que assim é!

- Pedro Figueiredo – As notícias que não passam na revista da Câmara

Com todo o gosto estou totalmente de acordo com tudo o que o Pedro Figueiredo escreve sobre o título, as notícias que não passam na revista da Câmara, e não entendo por que raio numa altura de necessárias poupanças se tem de fazer aquela revista, que não deve ficar propriamente assim tão barata. E não serve grandemente o que quer que seja que se possa querer que possa servir! No caso é sempre um auto-elogio do Presidente da Câmara ao próprio Presidente da Câmara, e talvez não devesse ser necessário, talvez a obra devesse ou não! falar por si, ficava mais barato e seria mais elegante. Esperemos que algum dia, alguém não tenha medo do comunista J. Saramago – parece que já nem comem criancinhas ao pequeno-almoço – e lhe dê, ao único – até hoje - Prémio Nobel Português da Literatura o nome a uma rua.

- Praça do Império a ficar com menos árvores

Foram cortadas e deitadas abaixo e por certo devidamente recolhidas umas grandes árvores plantadas na Praça do Império. Sendo evidente que se estavam em risco de cair em boa hora que tal não aconteceu, e que os serviços competentes da Câmara actuaram em conformidade. Sendo que, hoje, com a crise nota-se que há mais dificuldade em manter flores renovadas na maioria dos jardins públicos aqui do Porto, e é mais que acertado que assim deva ser feito. Mas seria necessário com base em estudos de segurança e beleza, e até melhor conservação da natureza, replantar quando é necessário retirar! Caso contrário vai-se tirando, tirando, tirando, e faz falta não recolocar! Isto, evidente, quanto árvores dado que em principio têm uma vida bastante longa! Flores, se não é possível fica só a relva ou erva, mas árvores, por cada uma que sai/cai/é retirada deviam entrar duas, o inverso do que se deveria ter feito com funcionários públicos. Como é evidente de modo algum se pode, nem estar a querer, nem se quer, comparar pessoas com plantas, mas a comparar situações, pela naturza unicamente dos cálculos, ou nem isso! Primeiro em tudo estão sempre e só as pessoas, mas a naturza ajuda a ajudar as pessoas, assim o queiram outras pessoas!

Cumprimentos
Augusto Küttner de Magalhães