De: Augusto Küttner de Magalhães - "Flexibilidades e inflexibilidades"

Submetido por taf em Quarta, 2010-06-02 19:03

Permito-me pensar – devo estar errado! – que a Cristina Santos tem boas ideias, mas muito de gabinete e muito pré-formatadas, logo, sabendo eu que não tenho nenhum dom especial e que tenho muitas dúvidas e faço muitos erros, permito-me acrescentar:

Inflexibilidade da Lei Laboral: um pouco confuso, absentismo tem que de facto ser mais reduzido, mas nada tem a ver em conceito, com produtividade, esta tem de ser incentivada com menos tempo de permanência nas empresas/dia, mas quando lá se está é para trabalhar, trabalhar, trabalhar, produzir no duro, sempre e com melhores métodos, logo muitos empregadores também têm de melhor aprender a sê-lo. Claro que os empregados não o podem ser só de nome. Privada com demasiada equiparação ao público? Não acho. Despedimento por justa causa, pode e deve ser alargado, mas quando tivermos gestores/empresários mais bem formados!

Horários, evidentemente que tem de haver muito mais flexibilidade, mas melhor assumida, e dando valor a sugestões dos próprios empregados, dado que por vezes são bem-vindas e dão bom resultados, até numa óptica de conjugação com a vida familiar! Também existe!?

Inflexibilidade na mobilidade será por tudo menos pelo que aponta! Ainda há muito boa gente que gosta de viver nos grandes centros, no litoral, pelo que não é retirando impostos das ajudas que se mudam mentalidades. É antes mudando mentalidades!

Desemprego de longa duração tem de ir sendo resolvido por antecipação, não dando oportunidade a que o desempregado assim fique muito tempo.

Fiscalização: já se faz muito, nomeadamente quanto a baixas – as juntas funcionam bem melhor que há meia dúzia de anos - e convido-a a visitar o local apropriado aqui no Porto, na Avenida Marechal Gomes da Costa, mas evidentemente que ainda tem de se fazer mais. Mas já se faz!

Posturas sociais: permita-me que discorde em absoluto do que refere: primeiro por que muito estudantes trabalham, segundo por que não há empregos quando acabam as licenciaturas, vai haver antes? Como? Onde?

Pedro Figueiredo – Mais medidas para flexibilizar.

Achei interessantes as suas ideias, sendo que por certo está ciente de alguma utopia contida nas mesmas. Mas algo por certo se irá aproveitar. Sendo que o muito necessário neste momento são valores em falta, que de modo algum será ir buscar o que funcionava há 40, 30, 20, 10 anos, mas com a experiencia da história e pela história, criarem-se valores que sejam mais do que: petróleo, dólar, euro… e se adaptem a uma era da Internet...

E juntando as ideias da Cristina Santos, do Pedro Figueiredo e de mais pessoas que positivamente queiram também contribuir, talvez se conseguia melhor viver – sentido lato

Abraços
Augusto Küttner de Magalhães