De: José M. Varela - "A Culturporto e o Rivoli"
Referi num post anterior que o processo de concessão dos auditórios do Rivoli era mais um acto numa peça de teatro que era a extinção da Culturporto e a criação de novas estruturas controladas directamente pelo presidente da CMP. Todo este processo foi aliás um requintado exercício de hipocrisia política, em que se justifica a sua extinção com as consequências do processo de asfixia que ele próprio criou. Logo em 2002, apesar de o Vereador da Cultura da época ter algumas propostas interessantes a verdade é que nunca teve meios nem apoio político do presidente.
Esta achega serve para chamar a atenção para uma interessante (e importante) carta do ex-programador João Alpoim ao ex-vereador Marcelo Mendes Pinto e que foi publicada no Nortadas com toda a história do processo da Culturporto entre 2001 e 2004 e que de certa forma vem confirmar algumas coisas que eu escrevi anteriormente.
Nota Final: O César Costa interrogou-se noutro dia sobre a natureza do negócio entre o "Mira-Clube" e a CMP relativo à venda de um imóvel junto à Árvore. Efectivamente, conforme dizia a notícia do JN foi vendido por €700.000,00 e a Árvore declarou-se "perplexa" com a notícia. De referir que esta entidade tinha tido anteriormente um contrato de arrendamento com a CMP por cerca de (salvo erro) €25 mensais e que caducou em 2001. Nessa altura a CMP moveu um processo em tribunal para reaver o imóvel (na altura já desocupado e sem actividades), com o objectivo de viabilizar a ampliação da Árvore. Este ano os advogados da CMP receberam instruções para retirar o processo porque "podia prejudicar a CMP". Quanto à natureza do "Mira-Clube" penso que esta notícia deve ser esclarecedora.
José Manuel Varela