De: TAF - "Militância e princípios"
Caro Correia de Araújo, de facto aparentemente não faz sentido. Mas só aparentemente. De forma telegráfica, aqui vão alguns argumentos.
1) As razões para me inscrever no PSD foram explicadas aqui e aqui.
2) Considero, neste caso concreto do Porto, que Rui Rio está a violar princípios para mim fundamentais, e que a meu ver são também princípios base do PSD. Para os respeitar sou por isso obrigado a quebrar uma das regras que, mesmo dentro do PSD, é hierarquicamente menor por comparação com esses princípios, e não irei apoiar o candidato do partido. Também por respeito para com o partido.
3) Nenhum dos candidatos tem maturidade, com a eventual excepção de Rui Sá, para gerir uma maioria absoluta. (Lamento ser assim tão cru, mas a realidade é esta...) Havendo o risco de ela acontecer, voto num candidato que não terá grandes probabilidades de atingir essa fasquia.
4) Como comentei há dias, não me parece haver significativa relação entre aquilo que um partido propõe a nível nacional (onde, naturalmente, há muito de ideológico), e as questões mais locais, onde essas diferenças estruturais são menos visíveis. Nas autarquias locais o que tem mais relevância são as equipas concretas que se apresentam, por comparação com "questões doutrinárias" relevantes para o país como um todo. A militância num partido não devia pressupor o voto nas suas eventuais propostas para as autarquias locais, especialmente no caso das freguesias.
5) O que afirmei em 2) também foi válido para a liderança de Manuela Ferreira Leite nas últimas legislativas, daí o meu voto em branco. Não se pode proclamar uma política de verdade e depois aceitar gente tão pouco recomendável nas listas, nem dizer que no continente há asfixia mas na Madeira está tudo bem. Haja pelo menos vergonha!