De: Cristina Santos - "O desrespeito para com os vizinhos privados dos bairros sociais de Campanhã"
O cidadão José Ferraz Alves considera que os elevadores do Aleixo deveriam ser reparados, pois a minha opinião é que a autarquia deveria indemnizar, de pronto, os proprietários das ruas das imediações desta cordilheira de bairros, pelos assaltos diários, pelo vandalismo constante às propriedades onde não há nada a furtar, e pelo lixo que a espécie de cafés que por ali proliferam, sem quaisquer condições, permite que os seus clientes depositem na via pública, pelos carros desmantelados, etc, etc.
Ainda que os moradores que restam nas ruas das imediações sejam uma pequena minoria face aos moradores dos bairros, merecem respeito, merecem segurança. É inadmissível que, pelo facto de os beneficiários sociais serem milhares, que os contribuintes que ajudaram a pagar a casa destes e pagaram também as suas sejam sujeitos a este fenómeno de criminalidade e total insubordinação. A autoridade, mesmo a polícia de investigação criminal, chamada quase de forma diária, nada pode fazer. São 2 agentes contra um grupo infindável de gente que achincalha e goza a autoridade e os proprietários daquela zona. Há que dispersar este grupo, há que dividi-lo e sem mais demoras. Se tal não for possível, a autarquia terá de indemnizar os lesados por esta amarga convivência, já chega. Na maioria das casas particulares das imediações não há elevadores, os jardins não são públicos, mas são vandalizados e partidos com o mesmo entusiasmo, quem é que paga isto? Quem é que assume? As ruas ficam cheias de lixo logo pela manha, era necessário um batalhão de cantoneiros, quem paga aos lesados?
Posso dar um pequeno exemplo: uma casa próxima ao local foi em 6 meses assaltada 7 vezes, contando apenas as que estão registadas, ignorando-se as invasões para puro vandalismo. Há idosos que vivem com as janelas e portas do logradouro pregadas.
É evidente para todos que a cordilheira de bairros tem de ser reduzida, a zona tem de encontrar equilíbrio entre habitação social e habitação privada. A cidade corre o risco de que o modo de vida, que por lá se pratica, venha a ser considerado "normal" e aceitável. É “tudo bairros” pensa-se e pensou-se durante muitos anos, agora a situação é mais grave, gravíssima. Desejar a alguém viver no Aleixo é de uma desumanidade suprema, principalmente para com as crianças, tanto as dos bairros, como aquelas que residem em casas pagas pelos pais e são obrigadas a conviver com esta decadente situação.
Cristina Santos