De: Pedro Lessa - "Ainda antes dos carrinhos..."

Submetido por taf em Sexta, 2006-07-14 16:39

Cara Cristina,
ainda antes dos carrinhos, tema a que de certeza não voltarei (já disse tudo o que penso o ano passado), permita-me que lhe diga o seguinte.

Como sabe, nos tempos que aqui temos conversado nos últimos tempos, não tenho por norma entrar em diálogos. Mas abro uma excepção para lhe dizer que os meus votos de boa viagem foram sentidos. À parte a ironia, a comparação que fiz foi em termos de equipamento, que no caso em termos de infraestruturas, são bastante semelhantes, seja uma grande superficie comercial seja uma grande superficie cultural. Foi neste, e só neste, sentido que os comparei. Mas mesmo relativamente à Casa da Música, já se esqueceu da discussão que gerou na altura, com opiniões de que a localização deveria ser outra? Pois, era a isso a que eu me referia. À paralisia crónica, a aqueles que não querem mexer na cidade porque acham que faltam ao respeito(?) ao que está construído e em vias de extinção(?). A cidade do Porto tem por onde crescer e muito. Pode-se crescer sem ser geograficamente, e é com este tipo de crescimento que deixaria de "ter falta de ar, de limpeza, de pessoas, de paz..." É deste crescimento que o Porto precisa.

Quanto à localização ideal para o Corte Inglês, que entretanto também se iniciou a discussão, é por demais evidente que a Boavista seria o local ideal, no seguimento dos factores indicados por P. Espinha. Aqui há uns bons anos, quando iniciei o meu curso, já o escritório onde trabalhava na altura, mandatado pelos espanhóis, tinha iniciado contactos exploratórios para ali instalar as extintas Galerias Preciados. Aquela zona, já na altura, tinha sido identificada por eles como zona ideal para estas grandes superfícies. Ainda existia a remise, e ainda nem se sonhava com casas da música e já a Boavista despertava interesse. Não é de agora.

Cumprimentos,
Pedro Lessa.
pedrolessa@a2mais.com
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