De: Armando Alves - "Resposta a Nuno Quental"

Submetido por taf em Quarta, 2009-08-19 16:53

Concordo com a sua posição neste assunto. São necessárias alternativas à construção das Salas Anexas. Mas serão mesmo necessárias as Salas Anexas? Continuo sem entender porque o projecto não é viável economicamente sem estas estruturas. No documento da proposta do consórcio (Anexo I disponibilizado no site da Campo Aberto) na página 11 existe uma tabela com as previsões das receitas do Pavilhão Rosa Mota que oscilam entre 2.928 milhões de euros no ano 1 até cerca de 6 milhões de euros no ano 25. Nessa tabela é discriminado o valor do aluguer do Pavilhão Rosa Mota consoante o tipo de actividade.

Tabela


Imediatamente a seguir é estimada uma taxa de rentabilidade para a Câmara Municipal do Porto de 6,7% e é previsto que ao fim de 15 anos estará recuperado o investimento da Câmara (ver página 12 do referido anexo I). Nestes cálculos faltam estranhamente as receitas previstas das Salas Anexas. Só aparece um valor associado a esta estrutura no fim do documento na página 26, um valor diário de arrendamento e passo a citar do referido Anexo I pág. 26:

"SALAS ANEXAS: preço global/dia de 4.950 €.

Considera-se para apuramento do preço das salas anexas que estes espaços terão existência autónoma em relação à Sala Principal. E é com base nesse pressuposto, embora estes espaços possam não encerrar a dignidade e o simbolismo da Sala Principal, que serão arrendadas pelo preço global/dia de 4.950 €. Factor extremamente relevante para a proposta agora apresentada é, não é demais voltar a referir, a autonomia das Salas Anexas."

Na tabela não encontramos o valor de 4.950€/dia, logo as receitas das Salas Anexas não entram nas estimativas que mesmo assim apontam para lucro, conforme se verifica na página 12. Fica a questão sobre em que se baseia a necessidade de ter as Salas Anexas,

Cumprimentos
Armando Alves