De: Pedro Aroso - "Comparações surrealistas"
Caro Carlos Lacerda
No seu post, começa por referir que, quando está em Portugal, reside a vinte metros do Porto. Depois de ler todo o texto, a conclusão que tiro é a de que passa muito pouco tempo nesta cidade. Com efeito, aqueles que moram no Porto todo o ano sabem que a dita pista (também conhecida como Pedras Rubras + 1) tem outras funções, designadamente durante a Queima das Fitas, onde se realizam vários concertos, passando a denominar-se Queimódromo. Quando há corridas de automóveis, funciona como paddock. Além destes eventos com carácter periódico, a que se junta a Red Bull Air Race, que no último ano foi presenciada in loco por mais de 600.000 espectadores, este espaço tem vindo a ser palco de outros acontecimentos, como ainda recentemente sucedeu com o encontro dos preparadores de tuning.
Quando à placa em latão na entrada Nascente do Parque, em que "A Ordem dos Engenheiros decidiu incluir o Parque da Cidade na lista das 100 melhores obras de engenharia realizadas em Portugal no século XX" parece-me uma atitude abusiva por parte dos engenheiros, já que o seu autor (Sidónio Pardal) sempre se intitulou “arquitecto paisagista”. E, já agora, permita-me que lhe diga uma coisa: comparar o Parque da Cidade com a Torre dos Clérigos, a Muralha Fernandina ou a Ponte Luiz I é, no mínimo, surrealista.