De: Rui Valente - "Quem tem medo da automomia?"
Isto está a tornar-se "monótono", mas mais uma vez, subscrevo na íntegra o comentário do António Alves. Pessoalmente, já estou cansado (desculpem a expressão) de pregar no deserto. Tudo o que havia para dizer sobre os efeitos primários e secundários do Centralismo já foi dito. Os governantes sabem-no e continuam a desprezar-nos porque, apesar de completamente autistas e irresponsáveis, têm consciência da inocuidade das forças do Norte (se é que isso alguma vez existiu). Por isso abusam e vão continuar a abusar.
O Norte tem indivíduos, não tem povo. O povo está só. Falta-lhe alguém que o saiba aglutinar e recuperar o orgulho de se sentir integrado num país. Não há país. Há colonizadores e colonizados, não há províncias ultramarinas, há província, e para cúmulo, soberba de a publicitar.
Devo ao Centralismo e aos centralistas o facto de me ter tornado num adepto da autonomia ou (como diz o A. Alves) do separatismo. Não me revejo nessa gentinha de Lisboa, em coisa nenhuma. Não me sinto português perto dela. Estou cansado de os aturar como se fossem donos e senhores do país (e são-no). Basta! Por mim, que chegue depressa o tal Movimento. Já vem tarde.
Rui Valente