De: António Alves - "País torto"
Caro Carlos Ruben
Pois é. Tem toda a razão. Mas andar eternamente a discutir o sexo dos anjos – que toda agente já sabe qual é – é totalmente improdutivo. Partamos para a exigência da Autonomia Regional e caso essa não resulte façamo-nos separatistas. Se alguém ainda está à espera que a solução venha através do estado português que espere sentadinho, de preferência com disposição para ler todos os volumes da Enciclopédia Britânica.
Na tabela abaixo podemos verificar que o saldo entre o rendimento primário per capita dos cidadãos desta região e o seu rendimento disponível depois de pagos os impostos e recebidas as transferências por parte do estado é negativo. Isto é, os cidadãos desta região, apesar de serem em média os mais pobres e enfrentarem uma grave crise económica, com o mais completo desinteresse por parte do estado central, ainda são obrigados a contribuir para a riqueza dos outros. São também as empresas desta região que com as suas exportações financiam o consumo dos outros que pouco exportam, têm uma taxa de cobertura das importações de apenas 30% e vivem à custa do investimento do estado central. Pergunta-se: que estamos nós a fazer neste estado?
António Alves
P.S. – Eu escrevo ‘estado’ com letra pequena. Se aparecer com maiúscula a culpa é do Tiago :-)