De: F. Rocha Antunes - "Uma boa, mas difícil, solução"
Meus Caros,
Há cerca de 3 anos eu, o Tiago Azevedo Fernandes e o Alexandre Burmester fomos ao Aleixo algumas vezes para perceber melhor o problema. Falámos com as pessoas que lá estão e tentámos coligir toda a informação que já tinha sido produzida sobre o assunto pelos diferentes especialistas que estudaram o problema, mas essa tentativa de recolha não teve sucesso, por falta de resposta das entidades a quem as pedimos. Desse esforço inconsequente apenas aprendi que a Rosa do Aleixo não mora no Aleixo mas nas Condominhas e que, tal como o meu amigo Hélder Sousa, não perde a oportunidade de se dizer do Aleixo. Também me lembro da recepção gelada com que as pessoas que trabalham na Associação de Moradores sempre nos brindaram, ao ponto de esporadicamente ainda nos mandarem uns reparos.
No Aleixo há dois problemas: a excessiva concentração de famílias com fortes debilidades económicas e o tráfico de droga que se aproveita desse escudo humano para proliferar. É claro que o segundo só existe se o primeiro se mantiver. Uma das ideias com que fiquei na altura foi que se deveria começar por resolver o problema de 4 das 5 torres e nessa altura a problemática torre 1, uma vez isolada, deixaria rapidamente de o ser.
A solução agora avançada pela Câmara do Porto é a que faz mais sentido. Basta ler, entre outros sítios, o que aqui se escreveu nessa altura para se perceber que esta solução está no caminho certo. Agora falta o mais difícil, que é ter a capacidade de perseverar o necessário para se resolver de facto o problema, com sensibilidade e determinação.
Francisco Rocha Antunes
PS. Meu Caro Hélder, estou completamente de acordo contigo no repúdio ao comentário do Senhor Artur Gomes. Era só o que faltava. E eu moro na Baixa, não no Aleixo ;-)