De: António Alves da Silva - "Reboques"

Submetido por taf em Quarta, 2008-05-14 11:44

Caríssimo Tiago

Aqui estou a responder à proposta “indecente” que me lançou.
Não, “estas coisas não acontecem quase todos os dias”.

Mas antes, deixe-me referir que estive a reler as minhas linhas das quais já nem me lembrava e é incrível como aquilo que eu escrevi há já quase 4 anos se mantém actual. E não é despiciendo que se esteja a confirmar aqui uma vontade da CMP que vai de encontro efectivamente aquilo que foi por mim referido como importantíssimo. Sempre assumi como fulcral o aumento do “enforcement” no que respeita à fiscalização de estacionamento. Fez-se um grande esforço para aumentar os níveis de eficácia e está à vista que a nova Direcção Municipal está a seguir esse caminho definindo e quantificando objectivos com base naquilo que foram os níveis atingidos no final de 2007.

Finalmente, e quanto ao “fait divers” do reboque “perdoado” não me irei pronunciar especificamente, uma vez que não recordo o caso, nem a pessoa que o denunciou disse quem foi e, pelo que me parece, falou por ouvir dizer e sem estar de posse de todos os elementos do processo. Apenas direi que a generalização feita aludindo ao “chavão” brejeiro do filho e do enteado, é completamente falsa. Nunca foi por mim prestado qualquer tipo de favor a quem quer que fosse no que respeita a perdoar o que quer que seja. É verdade que, no decurso do meu mandato como director municipal e no exercício das competências que em mim se encontravam delegadas, mandei arquivar diversos processos bem como dei diversas ordens de desbloqueamento já que existiram, como continuarão com certeza a existir, situações de anulação de processos de contra-ordenação e reboque, por motivos analisados e julgados fundamentados, colhendo autorização e cumprindo ordens, seguindo rigorosamente a lei e no exercício das respectivas competências. Não podemos, nem devemos no entanto, cair na lusa tentação miserabilista e popularucha de daí inferir qualquer tratamento sistemático, de favor ou de discriminação.

Um grande abraço
António Alves da Silva