De: TAF - "Porto Cidade Região, parte 2"
11:52 - Recomeço, com menos gente na sala. Carlos Lage, Presidente da CCDR-N, lê agora a sua intervenção, e diz que mais diagnósticos são dispensáveis. Já se sabe que a região empobreceu e que é preciso agir. Cita estatísticas, e queixa-se do atraso de 2 anos na disponibilização de dados por parte do INE (falta 2006 e 2007), que dificulta o planeamento e a tomada de decisões. Três pilares da Região: cidades, empresas, universidades e institutos de investigação. Três instrumentos: QREN, ordenamento do território, plano tecnológico. O mal dos quadros comunitários anteriores foi terem-se tornado uma espécie de self-service, em que se tentava acorrer a tudo. O QREN agora é mais focado. Aposta: exportações de natureza tecnológica - o pólo da Saúde no Porto, as nanociências e nanotecnologias em Braga. Outra aposta: energias renováveis. Outra ainda: turismo de qualidade. Mais: sistema logístico, economia do mar, sectores tradicionais. Já se perdeu a oportunidade de convergir para a média europeia em 2015, ao contrário do que acontece com a aposta da Galiza, que foi feita em tempo. A política regional tem empobrecido por culpas próprias e alheias. Precisamos de uma espécie de simplex descentralizador, com autonomia regional.
12:31 - Estive algum tempo sem rede. Fala Joan Trullén, já há algum tempo, sobre a experiência espanhola, e em particular da cooperação inter-territorial para criar clusters, como a cerâmica, o têxtil, o calçado, ou então a ciência, os conteúdos, ou ainda cadeias de valor centradas numa grande empresa como por exemplo a Citroen. Usam (em alguns casos mas não todos, tanto quanto percebi) um sistema de "candidatura aberta" em programas de incentivos, no qual os projectos são avaliados e apoiados à medida que vão sendo recebidos. Isso é um incentivo a que os promotores "se despachem".
12:47 - Jorge Gonçalves, Vice-Reitor, na última intervenção da manhã. Apresenta a motivação da Universidade no planeamento do seu futuro e do da Região. É importante a articulação da actividade da universidade com políticas regionais. É como parceira do desenvolvimento da região que a UP evolui em direcção ao topo do ranking das universidades europeias, onde as melhores estão também bem integradas nas suas regiões. A "região" de que fala a UP não é uma região com fronteiras territoriais, mas sim a que as pessoas criarem com a sua actividade. É importante tornar o Porto atractivo para investigadores de grande nível se instalarem cá. Não são precisos grandes diagnósticos, falta é "colocar a máquina a funcionar". É preciso um modelo organizativo, numa estrutura leve para levar a cabo e monitorar os compromissos a que agora se está a tentar chegar. A UP colabora, mas não quer ter excessivo protagonismo. Apela à JMP e à CCDRN para avançarem junto com a UP. Terminou por agora (13:02).