De: Cristina Santos - "A justiça e o número de gangs"
A justiça também falha no mundo do crime, um deles morre, ninguém se rala com isso. Se o autor do primeiro assassinato fosse detido, não seria morto e o sentimento geral seria outro, assim e enquanto a polícia desvaloriza o problema, recusando o apoio que merecemos e pagamos com os nossos impostos, há um gang que, aparentemente, continua solto, só se conhece a detecção de membros do «gang da ribeira». É necessário que as entidades competentes esclareçam se existem ou não outros gangs, e a existirem por que razões estão a beneficiar deste lapso de tempo e actuação. Crimes desta natureza não podem ficar impunes, sob pena de poderem suscitar novos acertos de contas.
O Porto deve retirar deste caso uma lição importantíssima, é preciso investir nas áreas carenciadas, investir em força, para evitar ver a nosso centro histórico e os seus habitantes envolvidos neste tipo de situação. A cidade está triste, não nega o desgosto com a Ribeira, mas no fundo todos se sentem um pouco culpados, foram vários anos de desprezo que resultaram neste desfecho triste e penoso para todos os portuenses.
Quanto aos Super Dragões, infelizmente gostam de se expor ao conflito, ainda não compreenderam as verdadeiras virtudes do sucesso do seu clube. Antes do livro da Carolina, temos o livro de Fernando Madureira, nenhum merece credibilidade à maioria da população. Tragicamente para muitos dos jovens esses livros são bíblias de um universo à parte, onde se sentem justiçados pelo poder do grupo. É francamente uma pena, o futebol devia ser um catalisador de boas energias.
Cristina Santos