De: Emídio Gardé - "O enorme custo do eléctrico único - II"
Corroborando a opinião de F. Rocha Antunes, gostaria de acrescentar uma "máxima" relativa a qualquer sistema de transportes: ninguém normal (ie, sem outro tipo de motivação: deficiência física, transporte de cargas pesadas, curiosos, turistas, etc.) espera por um veículo de tranporte público mais tempo do que aquele que demoraria a fazer o mesmo percurso a pé. Consequentemente, um eléctrico de vai-e-vem que passa a cada 50 minutos (30 minutos de horário e 20 de atrasos acumulados) não vai, de forma alguma, atrair nem fidelizar quaisquer clientes. E mesmo os turistas terão de ser muito pacientes para o conseguirem ver passar.
De certa forma entendo a atitude do Museu do Carro Eléctrico (e não da STCP, como referido no blogue, já que não é a operadora directamente que explora os eléctricos, mas sim através do Museu) de colocar apenas um veículo em circulação; mas que não é, de forma alguma, aceitável. As adequadas 'movimentações' internas terão de ser feitas para que o eléctrico na Baixa do Porto não se torne num fisco semelhante ao fogo de artifício nos Aliados na entrada do século...
Emídio Gardé