De: F. Rocha Antunes - "O enorme custo do eléctrico único"

Submetido por taf em Sábado, 2007-10-13 00:06

Meus Caros

Pegando naquilo que o Alexandre Burmester escreveu hoje, e depois da proposta que fiz há algum tempo, gostaria de lembrar que o custo do actual eléctrico único a circular entre o Carmo e a Batalha é altíssimo, e que há uma forma simples de o reduzir: multiplicar por 12 o número de eléctricos em circulação!

O custo de um sistema de transportes é o resultado da soma do amortização do custo da infraestrutura e do custo de exploração de cada passageiro transportado. Imaginando que o custo da actual rede de eléctricos foi de cerca de 10 milhões de euros, em investimento directo da STCP, aos quais é necessário acrescentar os custos de interrupção das várias ruas centrais durante 8 meses, mais as quebras de facturação de largas dezenas de comerciantes, o aumento de consumo de combustíveis provocados a todos os que demoraram o dobro do tempo a circular pela Baixa durante esse tempo, temos mais uma dúzia de milhões de euros. É esse o custo total da infraestrutura dos eléctricos no novo circuito entre o Carmo e a Batalha.

A pior forma de rentabilizar esse importante investimento feito por todos, desde os contribuintes em geral aos comerciantes e utilizadores da Baixa em especial, é fazer com que toda a rede criada seja utilizada por apenas um eléctrico que circula de meia em meia hora, isto quando não se atrasa significativamente como aqui já se disse. Não conheço os custos de exploração concretos, mas seguramente que são insignificantes quando comparados com o peso da amortização do custo do investimento. Por essa razão, a melhor forma de amortizar esse custo é aumentar substancialmente o número de eléctricos em circulação e parece-me que o desejável é que os eléctricos pudessem circular com um intervalo máximo de 5 minutos entre cada um.

Claro que não sou entendido em transportes, e por isso espero que os especialistas reduzam a pó estes meus argumentos, ou então, como bem perguntou o Alexandre, justifiquem o que andam cá a fazer.

Francisco Rocha Antunes
promotor imobiliário