De: Jorge Oliveira e Sousa - "Representatividade III"
Compreendo perfeitamente o problema do Tiago e o do Pedro. O pior é quando nos sentimos incluídos num certo espaço político e dentro desse mesmo espaço a nossa contestação só encontra eco em nós próprios. Nunca escondi que sempre votei PSD, mas nos anos mais recentes sempre critiquei os dirigentes. Fiquei tão contente com a saída de Pedro Santana Lopes como agora com a de Marques Mendes. Considero que Rio Rio é um autarca honesto, preparado, em suma profissional, mas não lhe perdoo, por exemplo, o Metro na Avenida da Boavista. E por outro lado não me esqueço que Valentim Loureiro era um barão do PSD e que Madaíl, essa personagem “ofidiesca”, que tem estampado no rosto o tipo de pessoa que é, pertence ao PSD tal como o ditadorzeto madeirense. Lembro-me das lágrimas de Luis Filipe Menezes… e não gostei.
Mas também gosto do estilo de Teresa Patrício Gouveia. Acredito que o Zé Pedro Aguiar Branco possa defender a causa, mas não gosto de quem gere actualmente a nossa concelhia. Não me consigo ver a construtivamente tentar contribuir para o bem geral, com “Madaís” ao lado e são muitos. E como tal, continuo a “segurar” o meu voto dentro do espírito que Sá Carneiro me formou e a poder pensar pela minha própria cabeça. Não consigo perceber a lógica da disciplina partidária na Assembleia da República e preferia saber quem era o meu representante, saber, como acontece em Inglaterra que ele ou ela recebe os seus apoiantes um dia por semana, em local dentro do círculo que o elegeu, representa os seus interesses da zona e os leva ao Parlamento. E agora o que temos é a possibilidade de um fulano qualquer de Lisboa ser eleito pelo Porto onde ele nunca põe os pés.
Isto não tem lógica e, portanto vou-me manter independente. Quando aparecer finalmente um partido que cumpra as minhas exigências, inscrevo-me e pago pontualmente as quotas…
Jorge de Oliveira e Sousa